O governo anunciou um aumento no IOF para investimentos estrangeiros em renda fixa. O imposto, que já havia subido de 2 para 4% no início do mês, passou agora a ter uma alíquota de 6%. Além disso o valor cobrado sobre a margem de garantia dos investimentos estrangeiros no mercado futuro também aumentou de 0,38% para 6%.
Já que não podem - ou não querem? - reduzir os elevados juros no país com o intuito de manter a inflação controlada, tomaram mais uma medida paliativa para tentar conter o ingresso de dolares no Brasil. Com a nossa moeda apreciada, perdemos competitividade no mercado internacional, e os exportadores ficam penalizados.
O que se pode esperar desta decisão: pelo comportamento da Bovespa hoje - descontando o fato de que foi dia de vencimento em opções - a expectativa é que o Real pare de apreciar, e a relação cambial com o dolar fique mais equilibrada. Houve alta nas ações da mineradora VALE (onde boa parte do lucro depende de suas exportações) e queda acentuada nos papeis da BVMF.
Mau sinal para a renda variável? Logo quando o índice está testando o rompimento de resistências no topo...
Se tudo vai funcionar como esperam que seja é outra pergunta.
2 comentários:
Perceba que com toda a valorização do real a inflação ainda está assustadoramente alta. Se o governo tiver sucesso em desvalorizar nossa moeda seremos ainda mais penalizados com a perda do poder de compra. Para reduzir os juros e não explodir a inflação é preciso que o governo não gaste mais do que arrecada - e isso parece fora de cogitação no Brasil, infelizmente.
Eu tenho uma pergunta, não sei se você pode me ajudar a responder: eu gostaria de saber por que temos a menor taxa de poupança entre os emergentes já que temos um dos juros reais mais altos do mundo. Com juros altos as pessoas deveriam ser estimuladas a poupar mais e não a se endividar. O que passa no Brasil???
Caro almoço,
Vc mesmo já respondeu sua pergunta. Um governo que não controla suas despesas pode ser exemplo para o povo...
Ao invés de estimular uma poupança responsável incentiva o consumo desenfreado, as custas de endividamentos, apenas para afirmar um crescimento abaixo de seus pares emergentes.
O fato é que a eleição está aí e tudo pode continuar do mesmo jeito - ou pior!
Lamentável sermos (como nação) uma massa de ignorantes vendidos e manipulados.
Estudar que é bom ninguém quer; trabalhar também não... e assim caminha o Brasil.
Abs
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