Plus500

17.8.09

Quem tem bola de cristal?

Tem um artigo do WSJ que publiquei também no Monitor, falando justamente sobre isso: a dificuldade em fazer previsões.

Neste cenário de crise (há quem diga que já terminou) fica mesmo complicado arriscar palpites... minha opinião não mudou. Já passamos de onde acreditava que o mercado poderia chegar no rally.

Mas eu também posso estar errado... e como o resultado financeiro de nossos investimentos depende muito mais daquilo que fazemos do que "achamos", ainda mantenho minha pequena posição (relativamente concentrada em poucos papeis com alguma condição especial), e não perco a oportunidade de realizar os lucros quando estes são substanciais.

A leitura que faço do momento para curto/medio prazo é a seguinte: a alta das bolsas está pelo fim de linha - já entrou na "reserva" do carretel. Pode subir mais um pouco? Talvez, mas seria o golpe de misericórdia nos late buyers - também conhecidos como compradores de topo.

Imagino que teremos então uma procura fugaz pelo dolar (aqui também), na busca de segurança (?) para os ganhos obtidos neste repique. As bolsas devem ceder... e na hora que o selloff começar, o movimento não vai ser moderado, com o disparo frequente e sucessivo de ordens stop. Se o novo fundo vai ser desenhado em 40k, 30 ou ainda abaixo (no caso da Bovespa), quem sabe? Não duvidaria de um FD para a "sopa de letrinhas" transformar depois o suposto V em W, dentro daquele grande L, de longo prazo.

Penso que até o final do ano/meados 2010, dependendo de como a China trabalhar os títulos americanos que detém, podemos ter uma alta nos juros decorrente do aumento de inflação (hiper?) nos EUA e Europa, em função da quantidade de dinheiro emitido e enxurrada de moedas colocadas no mercado. O preço a ser pago vai ser alto, e os responsáveis não ficarão impunes.

A partir de então dolar perderá muito valor... embora seja difíicil se transformar em pó. Os metais, como ouro e prata (principalmente), podem se tornar as mais atrativas de todas as aplicações. A busca por novas referências para transações internacionais deve promover outras divisas como base dos negócios, e o R$ tem chance de voltar a se apreciar quando a segunda perna ascendente do W se pronunciar, e a nova ordem mundial de forças estiver sendo estabelecida.

Enfim... o tempo é o senhor da verdade, os fatos vão nos mostrar como será o futuro. O Brasil vai conseguir seu destaque, mas antes ainda temos um bom percurso pela frente, com todos os países de mãos dadas em uma economia globalizada, onde qualquer hipótese de descolamento é muito frágil para ser sustentada iminentemente.

Abs ^v^

PS: lembrando que estamos apenas falando de cenários, hipóteses e "palpites". Afinal, ninguém tem mesmo uma bola de cristal para prever o futuro.

2 comentários:

Anônimo disse...

E aí Seagull, tranquilo?

Tô pensando mais ou menos como você... Lembra daquela época: "a 60 eu vendo, a 30 eu compro"? Pois é, bateu um certo dèja vu...

Eu ainda estou só de olho, mas parece mais fácil cair 10 mil pontos do que subir.

Quem sabe não dá uma vendinha boa - pelo menos até os 45k? Tudo com cautela e stop, claro.

Um abraço,

iggy

Seagull disse...

Fala Iggy!

60/30... bom spread, rs

Eu começo a olhar para outros investimentos, já que a RF está mais para renda fraca - embora garantida.

Se pintar uma vendinha, vamos de minis.

E acompanhando os preciosos (metais)... ;-)

Abs ^v^