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18.4.07

Copom -0,25%

A taxa Selic agora é 12,50%, a menor da história!
E mesmo assim, ainda é a maior do mundo...


Dividido, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve o ritmo de corte da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, nesta quarta-feira (18), em 0,25 ponto percentual. Com isso, confirmou a expectativa do mercado financeiro e reduziu os juros ao menor patamar da história, para 12,5% ao ano. A Selic estava em 12,75% ao ano.

A decisão do Copom, entretanto, não foi unânime. Quatro diretores votaram pela redução de 0,25 ponto percentual, mas outros três queriam uma redução mais agressiva. Isso indica que o Copom pode optar pela volta de cortes mais ousados, de 0,50 ponto percentual, nas próximas reuniões. Até janeiro deste ano, o BC vinha reduzindo os juros mais rapidamente.

Mesmo no nível mais baixo da história, os juros reais brasileiros, isto é, descontados a inflação, ainda são os mais altos do planeta. Dados da consultoria Up trend indicam juros reais de 8,5% ao ano, com a decisão desta semana do Copom. O segundo colocado da lista é a Turquia, com juros reais de 6% ao ano. Os juros reais médios praticados em 40 países selecionados pela consultoria estão em 2,2%.

Fonte: G1

Um comentário:

Seagull disse...

Complementando a notícia:

- Entrada de dólares -
Um dos efeitos do alto nível da taxa de juros brasileira, na comparação com outros países, é o ingresso de recursos na economia - que gera a queda do dólar. Dados do BC mostram que US$ 21 bilhões já ingressaram no Brasil até meados de abril deste ano, valor acima dos US$ 18,6 bilhões que entraram em igual período do ano passado.


Em 2006, o volume de ingresso de dólares foi recorde: US$ 37,2 bilhões. Para evitar uma valorização maior ainda do real, o BC compra dólares no mercado financeiro - recursos que ingressam nas reservas internacionais brasileiras.

O Banco Central, por sua vez, argumenta que os cortes efetuados de setembro de 2005 até o momento, de 7,25 pontos percentuais, ainda não surtiram plenamente efeito na economia brasileira. Especialistas explicam que um corte nos juros demora cerca de seis meses para ter impacto pleno.



- Dança das cadeiras -
Esta provavelmente foi a última reunião da qual participa o diretor de Política Monetária do BC, Rodrigo Azevedo. Ele será substituído por Mário Torós. Entretanto, como Torós ainda tem de passar pelo crivo da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, Azevedo participou da reunião desta semana.



No encontro do Copom de março, aconteceu um fato inusitado. O então diretor de Política Econômica, Afonso Bevilaqua, participou do primeiro dia, no qual acontecem as exposições sobre a economia brasileira, mas não do segundo dia - quando é definida a taxa de juros. Na época, o BC explicou que a exoneração de Bevilaqua havia sido publicada no último dia do encontro.




- O que faz o BC -
O BC define a taxa de juros com base no sistema de metas de inflação. Para este ano e para 2008, a meta central estabelecida é de 4,5%. Como existe um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima e para baixo, pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Ao baixar os juros, o Banco Central estimula o consumo e, ao elevá-los, impede o crescimento dos gastos da população e, consequentemente, da inflação.

Ao final do encontro desta semana do Copom, o BC divulgou a seguinte frase: "Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom dediciu reduzir a taxa Selic para 12,50 ao anoo, sem viés, por quatro votos a favor e três votos pela redução da taxa Selic em 0,50 ponto percentual".