No cassino dos derivativos, ficamos mesmo pelo exercício das D28... daí para frente é pó puro!!!
Recebi muitos emails perguntando o porquê do tom de cautela que venho adotando ultimamente. Acredito que eu esteja sendo bem claro em minhas leituras e tentando passar tudo com a maior fidelidade em minhas postagens, como essa no Fórum do Monitor .
Motivos não faltam mas, basicamente, a experiência e uma postura sempre realista e isenta me levam a isso.
Ninguém pode afirmar o que ainda vai acontecer, mas é percetível o clima de melhora nas transações do mercado. Só que isso não significa que os problemas da economia estão resolvidos. E coincidentemente, hoje, ao receber minha assinatura de jornal - que nem sempre leio - a principal manchete da capa traz uma síntese do pensamento que pauta minhas decisões no momento.
A expressão do presidente do BC reflete bem a minha postura:
Presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, critica 'otimismo exagerado' e pede cautela
- Leia mais: Piora a estimativa do mercado para o PIB
Enfim, lucro apropriado nunca quebrou ninguém. E dinheiro no bolso sempre faz bem para a conta e à saúde. O patrimônio agradece...
Abs ^v^
2 comentários:
Depois de "Crise é Oportunidade?"
Quem ainda não leu não a edição dos artigos do Fernando Blanco na homepage deve fazê-lo.
Crise e a Retomada da Economia
Ontem ele publicou um outro texto bem interessante no seu excelente Blog do Crédito
O novo realismo de F.Blanco
Caros - eu nunca vesti a carapuça de “pessimista”, nem mesmo nos dias em que dizia que os piores dias estavam à nossa frente. Era realismo puro e, lamentavelmente, eu estava certo.
Agora, o meu novo cenário é de que, finalmente, o pior já passou no Brasil.
Este post da Miriam Leitão mostra uns gráficos interessantes sobre a indústria e o comércio. Vale a visita.
O emprego também melhorou, conforme previsto no mês passado pelo Ministro Lupi - que eu havia chamado de “vidente”, lembram? O movimento ainda é discreto, tímido, mas parece-me que é tendência, o que é positivo (mesmo continuando tímido).
Como estamos vivendo uma retomada em função de ajuste de estoques na economia, não veremos grandes arrancadas, afinal, não há crescimento global nem crédito vigoroso aqui dentro.
Mas estou confiante que iniciamos um círculo virtuoso. Espero estar certo de novo.
Com meu abraço, F.
Entre outros valiosos comentários a esta postagem, acho que fui voz contrária...
Sinceramente, temo destoar de tão nobres leituras, o que não o faço por ignorar uma melhoria nas condições gerais, perceptíveis por qualquer cidadão menos capacitado em estudos macroeconômicos.
Mas quando falamos em realismo não podemos nos deixar influenciar pela propaganda de quem tem interesse em vender a ideia de que estamos salvos.
Nem pessimista, muito menos otimista. Receio pelo clima de euforia exagerada que voltou a tomar conta dos mercados. Já fui uma vez chamado de cavaleiro do apocalipse quando a bolsa estava beirando os 70 mil pontos. Rótulos não me incomodam, mas a sensação de que acham mesmo que voltamos ao paraíso.
O mercado é um reflexo do humor dos investidores, e, mesmo ciente de que ele costuma se antecipar a uma recuperação da economia, adoto, particularmente, neste momento, uma posição extremamente cautelosa.
Talvez como auto-defesa, ou uma “capa” de proteção natural contra ilusões precipitadas, eu já presenciei (ao vivo) a força de um tsunami, sei como é ver miragens no deserto, mas não culpo ninguém por acreditar em dias melhores. Estes, certamente virão… mas ainda acho cedo para comemorar. Estará sendo esta nova fase de aparente calmaria a tal suposta “marolinha”?
Enfim, sou muito realista, e acima de tudo isento, para preservar uma postura comedida.
A hora ainda não é de abaixar a guarda. Devemos cuidar dos empregos (dos nossos e subordinados), gerir as finanças com responsabilidade, e administrar o patrimônio com sabedoria.
Para quem comparou esta crise com a pior de todos os tempos até então, supor que a mesma está superada em pouco mais de 6 meses pode soar ingênuo demais pela experiência que adquirimos nesta vida cheia de percalços. Somos quase "highlanders", os sobreviventes do arrastão que varreu milhões de investidores da renda variável. Mas não somos imortais...
Abs ^v^
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