06/04/2007 - 08h36m - Atualizado em 06/04/2007 - 10h08m
BRASKEM E PDVSA SE UNEM EM PROJETO DE US$ 2 BILHÕES
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, está perto de se tornar o mais novo parceiro estratégico da petroquímica Braskem. A companhia brasileira e a Pequiven - braço petroquímico da estatal Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA) - anunciam nos próximos dias investimentos de aproximadamente US$ 2 bilhões (cerca de R$ 4,06 bilhões) na construção do Complexo de Olefinas de Jose, o maior da América Latina.
O empreendimento, localizado numa região a leste de Caracas, marcará a definitiva internacionalização da Braskem, empresa controlada pelo grupo baiano Odebrecht, e hoje a maior produtora latino-americana de resinas termoplásticas, produto usado em vários bens de consumo.
O movimento da companhia posiciona o Brasil na nova configuração do setor petroquímico mundial, ainda que o negócio tenha como sócia uma companhia usada como instrumento do governo bolivariano de inspiração socialista de Hugo Chávez.
O acordo com a PDVSA de Chávez é semelhante ao que a Braskem persegue na Bolívia de Evo Morales, mas há uma diferença. Na Bolívia, o projeto petroquímico pode envolver a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), mas também a Petrobrás, que explora gás natural.
A estatal brasileira assinou recentemente um aditivo ao contrato de importação do gás natural da Bolívia a partir do qual aceitou pagar mais pelas frações de etano e propano existentes no insumo, as mesmas que serão processadas em solo venezuelano. A Braskem poderá industrializá-lo para fornecer na cadeia do plástico. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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