Plus500

31.5.07

Os gajos anunciam

A administração da PT aprovou uma proposta que servirá de base negocial para o lançamento de uma oferta amigável sobre a Telemar.
Pedro Marques Pereira e Alda Martins

O conselho de administração da Portugal Telecom aprovou na segunda-feira as bases de uma proposta para a aquisição da Telemar, a maior operadora de telecomunicações do Brasil, que é particularmente forte na rede fixa e cujo valor de mercado equivalia, a preços de ontem, a quase 7 mil milhões de euros.

O objectivo da operadora nacional de telecomunicações é lançar uma oferta amigável sobre a empresa brasileira, que opera mais de 40 milhões de linhas em 15 dos 26 Estados do Brasil, incluindo o Rio de Janeiro. O sucesso da operação depende de um acordo com o grupo controlador da Telemar, que domina cerca de 40% do capital da empresa, e, a partir daqui, conseguir pelo menos metade das acções da Telemar.

No mínimo, a operação envolveria assim um investimento de 3,5 mil milhões de euros. No entanto, além de um pagamento em ‘cash’, a estrutura da oferta deverá incluir uma fatia paga em acções.

O namoro da Portugal Telecom à empresa brasileira não é novo, mas a oportunidade ganhou urgência numa altura em que a PT procura alternativas à Vivo para assegurar a sua presença no mercado brasileiro, independentemente do que possa vir a ser acordado com a Telefónica em relação ao futuro da maior operadora móvel da América do Sul, controlada a meias entre a PT e a maior empresa de telecomunicações espanhola.

Ao que o Diário Económico apurou, o conselho de administração de quinta-feira discutiu a proposta, preparada pela comissão executiva da PT com a ajuda do Caixa BI e do Banco Espírito Santo de Investimento, mas alguns administradores terão sugerido alterações ao documento, que foram introduzidas durante o fim de semana.

Em primeiro lugar, alguns elementos do conselho de administração consideraram o valor da proposta demasiado elevado. Em segundo lugar, alguns accionistas manifestaram a preocupação de que as suas posições na operadora portuguesa ficassem demasiado diluídas após a operação.

Estas preocupações terão sido ultrapassadas pelo conselho de administração na segunda-feira. O próximo passo é agora chegar a um acordo com os brasileiros, com quem a administração liderada por Henrique Granadeiro tem mantido alguns contactos.

Telemar um alvo muito apetecido no Brasil

Desde 2005, que a Telemar surge como um potencial alvo de compra por parte de grupos internacionais, como a Vodafone, a mexicana Telmex e a própria Portugal Telecom. Mais recentemente, o Expresso noticiava que a Telemar e a Brasil Telecom eram alternativas da Portugal Telecom à Vivo. A Telemar é a maior operadora global do Brasil em facturação e em número de telefones instalados, tendo alterado a marca para Oi depois da aquisição da operação móvel. Disponibiliza serviços de acesso à Internet (com a marca Oi Velox), transmissão de dados e imagens e videoconferência, telefonia móvel (através da marca Oi), entre outros. O ‘backbone’ da Telemar é composto por uma rede de fibra óptica e além disso agrega o ‘backbone’ da empresa Pegasus. É na rede fixa que a empresa é mais forte, apesar da Oi ser a quarta operadora móvel brasileira, com uma quota de 13% do mercado no final do primeiro trimestre de 2007, segundo dados da Anatel. No fixo, a empresa está presente em mais de metades dos Estados brasileiros, entre os quais Minas Gerais e nordeste, onde a Vivo está em ‘roaming’. No final de 2006, a Telemar registou receitas no valor de 6,41 mil milhões de euros.

Fonte: http://diarioeconomico.sapo.pt/

3 comentários:

Seagull disse...

Apesar do mesmo idioma(?) existem formas particularizadas de expressão;

MIL milhões chega a ser engraçado...

Aonde tem fumaça... há ACÇÕES! :-)

Seagull disse...

(31/05) TELEMAR PART (TLMP) - Oferta Publica de Aquisicao de Acoes Preferenciais (“OPA”).
DRI: Fabio Schvartsman

Enviou o seguinte comunicado:
“Tendo em vista a recente decisao do Colegiado da Comissao de Valores Mobiliarios divulgada em comunicado datado do dia 29 de maio de 2007, no sentido da desnecessidade de registro da oferta publica de aquisicao de acoes (OPA), a Companhia vem novamente ao mercado para informar que mantem seu firme proposito de prosseguir com a decisao de realizar a OPA objeto dos fatos relevantes datados dos dias 10, 17 e 20 de abril.

A companhia informa, adicionalmente, que a realizacao da OPA ainda depende (i) da aprovacao dos termos da minuta do edital submetido a Bovespa, (ii) da realizacao de assembleias gerais de debenturistas das 6 e 7 emissoes, cuja convocacao se dara no proximo dia 1 para se realizar no dia 18 de junho de 2007 e (iii) da conclusao dos contratos para o financiamento da OPA.

Em seguida a realizacao das assembleias de debenturistas, e conforme o resultado dos eventos descritos em (i) e (ii) acima, a Companhia dara continuidade ou nao a OPA, comunicando imediatamente ao mercado, atraves de fato relevante, ou publicando o edital, se for o caso.

No caso de voluntariamente optar por.nao formular a OPA, a Companhia se compromete a nao propor nova OPA em prazo inferior a 6 (seis) meses.

Anônimo disse...

Levo fé nos galegos, não.

Em telefonia, não.

Pimon