A um passo do "Investment Grade"

Agência Fitch melhora classificação de risco do Brasil

A agência de classificação de risco Fitch elevou nesta quinta-feira (10) a nota do Brasil de BBB- para BB+, o que deixa o país a apenas um passo do chamado "grau de investimento". Segundo a Fitch, a elevação reflete as melhorias significativas da balança de pagamentos externa brasileira, com base nas políticas macroeconômicas estáveis, além de um aumento da poupança doméstica. "O acúmulo de reservas internacionais – US$ 36 bilhões desde o começo deste ano – ressalta o contínuo fortalecimento da balança de pagamentos externa e a resiliência aos choques externos", afirmou Shelly Shetty, diretora do Fitch's Sovereign Group.

Depois da divulgação da novidade, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou que estar muito satisfeito com a elevação da classificação de risco. "Estamos a apenas um degrau do grau de investimento. Isso significa o reconhecimento de que o Brasil está cada vez melhor. O Brasil está sólido, a economia está crescendo e a gestão da dívida está melhorando, o que torna o Brasil confiável e seguro", afirmou o ministro. Ao ser questionado sobre se o grau de investimento poderá vir em 2008, Mantega respondeu que prefere não fixar data e que isso também não o preocupa. "O que me interessa é que haja esse reconhecimento, o que permite que o Brasil usufrua das vantagens de ser um país seguro", afirmou Mantega.

Ele disse que a melhora na classificação de risco permite ao Brasil buscar juros mais baratos no mercado internacional e reduz o custo das captações do Brasil no exterior. Mantega também lembrou que o Tesouro Nacional está realizando uma captação em reais no valor de R$ 750 milhões e com taxa de juros em reais abaixo de 9% ao ano. O ministro destacou que a última colocação teve uma taxa de 10,28%. O ministro da Fazenda afirmou ainda que as outras agências de classificação de risco "não vão ficar para trás". Na sua avaliação, cada uma tem o seu ritmo, mas todas estão analisando a dinâmica da economia brasileira. (AE)

Agora, falta o upgrade da Moody's e Standard&Poors... mas antes o Brasil tem que fazer o seu dever de casa: diminuir os juros, a dívida pública, a burocracia, a corrupção, a evasão escolar, etc, etc, etc.

Sds