O dólar teve nesta segunda-feira (4) a maior alta diária desde o final de fevereiro e se reaproximou de R$ 1,93, depois que uma forte queda da bolsa de Xangai motivou um dia de ajustes nos mercados em geral.
A moeda norte-americana encerrou a R$ 1,928, com avanço de 1,37%. O leilão de compra de dólares do Banco Central perto do fechamento ajudou a impulsionar a cotação. Na sexta-feira, o dólar chegou a ser vendido a R$ 1,90 real, mas desacelerou levemente a queda no fechamento.
O principal índice da bolsa de Xangai caiu mais de 8% no pregão de segunda-feira, com os investidores ainda refletindo a decisão do governo, na semana passada, de ampliar a taxação sobre operações com ações para conter o superaquecimento do mercado. A correção na China afetou os negócios nas bolsas de valores norte-americanas e na Bolsa de Valores de São Paulo.
Segundo relatório da corretora de câmbio NGO, a reação da moeda reflete o movimento dos investidores aproveitando para embolsar lucros. "O mercado chinês, dadas as suas características muito pontuais e ambiente de forte especulação, a rigor, não tem vasos comunicantes que possam interferir pesadamente nas bolsas americanas e por conseguinte nas demais bolsas importantes do mundo", ponderou.
A corretora lembrou que o mercado local já estaria propenso a um começo de semana mais cauteloso, diante da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e do feriado no Brasil na quinta-feira.
O Copom anuncia a decisão sobre a taxa básica de juro na quarta-feira, depois do fechamento dos mercados. Profissionais do mercado acreditam que um corte de 0,50 ponto percentual da taxa Selic pode fazer com que o dólar tenha algum ajuste para cima.
Um comentário:
E o maior volume financeiro da história da Bovespa foi em grande parte devido ao leilão da Arcelor.
Depois de cair mais de 1% no início dos negócios, a Bolsa de Valores de São Paulo começa a semana com volume negociado no dia de R$ 15 bilhões.
O principal índice da bolsa paulista, o Ibovespa, fechou em leve queda de 0,34%, aos 53.242 pontos.
A principal razão para o volume tão alto, segundo analistas, foi a oferta pública de ações ordinárias - aquelas que dão direito a voto na empresa - da Arcelor Brasil. Só essa operação movimentou R$ 10,3 bilhões.
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