Telecom

A Portugal Telecom (PT) informou, nesta terça-feira (5/6), que encerrou os contatos com os acionistas da Oi (ex-Telemar). Segundo a companhia, as conversas mantidas com os sócios da operadora foram "preliminares" e visavam "à análise de eventuais oportunidades de negócio no mercado brasileiro".

No final de maio, o presidente mundial da PT, Henrique Granadeiro, visitou o Brasil e encontrou-se com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, e com representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com o objetivo de cobrar rapidez na realização do leilão de freqüências previsto para este mês.

Na ocasião, Granadeiro confirmou à imprensa que os principais acionistas da Oi foram procurados pela PT, e destacou o interesse pela companhia. O executivo descartou a possibilidade de realizar uma oferta hostil de compra da Oi, e disse preferir "um entendimento amigável". Granadeiro não divulgou que sócios foram procurados. Entre os principais acionistas da Oi, estão a AG Telecom, com 10,3% da Telemar Participações (holding que controla a Oi), a BNDESPar (25%) e a Fiago (19,9%).

Hoje, porém, durante evento realizado em Portugal, Granadeiro negou que esteja à procura de um novo negócio no Brasil. "Não fizemos nenhuma proposta sobre a Telemar, nem amigável, nem hostil", afirmou à Agência Lusa.

Vivo

Segundo analistas, a Oi é uma alternativa para que a PT continue atuando no setor de telecomunicações. Os portugueses dividem com a Telefónica o controle da Vivo, maior operadora de telefonia móvel do Brasil. Mas, no final de abril, os espanhóis confirmaram que estão rediscutindo com a PT o controle da empresa brasileira. Pelos termos do acordo, não confirmados pelas companhias, a Telefónica ficaria com 100% da Vivo. O negócio só seria fechado, porém, se a PT encontrasse um outro modo de continuar investindo no mercado brasileiro de telefonia.

Também nesta terça-feira (5/6), Granadeiro negou que a PT negocie sua saída da Vivo. "Nunca foi assumido que quiséssemos vender a Vivo, nem que andássemos energicamente à procura de uma alternativa à empresa", disse. Segundo o executivo, os sócios estão empenhados na participação da Vivo no leilão de freqüências da Anatel, e em elevar a rentabilidade da operadora.

Atualmente, a Oi prepara uma oferta de recompra de ações, com o objetivo de retirar de circulação os papéis pertencentes a minoritários. A reestruturação societária é apontada pelo mercado como um possível passo para a fusão com a Brasil Telecom – hipótese apoiada pelo governo federal, que gostaria de ver um forte grupo brasileiro operando no setor.

Com informações do Diário Econômico.