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16.8.07

O Brasil realmente está blindado contra a crise?

A mesma cantilena tem sido repetida pelo governo e pelos analistas e repercutido no noticiário em geral: o Brasil hoje tem bons fundamentos e não deve ser tão afetado pela crise de crédito que varre os mercados financeiros mundiais.

Não é o que pensam analistas ouvidos pelo Financial Times. A BBC Brasil resume a matéria do jornal inglês:


Os ativos financeiros brasileiros sofreram quedas significativas na quarta-feira na medida em que a turbulência nos mercados globais ameaça chegar a uma parte do mundo que parecia relativamente intocada, afirma reportagem publicada na edição desta quinta-feira do jornal britânico Financial Times.

Um analista ouvido pelo jornal diz que “o Brasil não é imune” à crise e que o país “está claramente mais exposto à economia global e aos mercados financeiros globais do que antes”.

Segundo o jornal, grande parte das quedas nos ativos brasileiros é explicada pelas vendas dos investidores que precisam cobrir perdas em outros mercados. “Mas a extensão dessa queda sugere que os investidores podem estar sentido que os ativos são mais arriscados do que eles pensavam”, diz a reportagem.

O jornal cita a desvalorização do real, com o dólar ultrapassando a barreira dos US$ 2 pela primeira vez em três meses, e a queda acentuada da Bolsa de Valores de São Paulo, que acumula perdas de 15% no último mês.

Dívida

“Há pouco tempo, na semana passada, administradores de fundos disseram que os mercados brasileiros eram imunes ao contágio, já que estavam livres de papéis de alto-risco, sem liquidez”, afirma o FT.

O jornal observa, porém, que alguns analistas já “argumentam que investidores estrangeiros ficaram expostos a créditos de alto-risco no Brasil por meio de grande quantidade de dívida tomada no exterior pelas instituições financeiras do país”.

“No ano passado, US$ 18,8 bilhões entraram no Brasil como dívida externa, a maior parte tomada por bancos. Eles investiram parte disso em títulos públicos de alto rendimento, mas uma grande quantidade foi repassada como crédito ao consumidor”, diz a reportagem.

A matéria original pode ser lida aqui

6 comentários:

Seagull disse...

Não existe blindagem!!!

Para vermos que os U$150 bi em reservas não é tanta coisa assim...

Faz a conta de quanto os BCs da Europa, EUA, Japao, Austrália, já injetaram no mercado.

Mas o risco deles é outro. Acho que o Brasil não sofrerá nenhum ataque especulativo de tamanhas proporções que venha a afetar seriamente a economia.

O maior problema deve ser a escassez de compradores para nossas commodities.

No resto, a política... bom, deixa prá lá! ;-)

Anônimo disse...

Especulação em cima de que?

Vão retirar os dólares que não colocaram?

É o que eu digo, o "histórico".

A caixa-d'água está cheia, mas não é de $ emprestado.

Há saída de capitais, claro.

Mas o fluxo paga, fluxo de exportações.

O Bacen ainda não mexeu nas reservas, o que tem de neguim prá fechar câmbio é brincadeira.

O Financial não é o mesmo das armas de destruição em massa do Iraque?

É, um governo do PT, uma droga!!!

hehehe, sem reverso e sem freio!

Pimon

Anônimo disse...

E com pista molhada, com chuva!

Um absurdo, deveriam climatizar a F1!

Fora, slick!

Pimon, sem vergonha de ter votado no Lula, ao contrário!

FMI, ciao.

Seagull disse...

Tem tudo isso também... e ai voltamos para a questão da credibilidade.

Ainda acho que vamos conseguir sair (quase) ilesos, apesar de resvalar umas fortes bordoadas!

Anônimo disse...

Bordoada, a gente tá acostumado.

Engraçado, acho que é bordunada, de borduna.

Vou pesquisar.

Pimon

Anônimo disse...

Pesquisei.

Há os dois termos, um é com bordão e outro com borduna.

Pimon