Menos mal...
Um dos maiores bancos da Europa, o francês BNP Paribas anunciou hoje que dois fundos de investimento que haviam sido congelados por conta dos problemas de crédito imobiliário nos Estados Unidos perderam menos de 2% do valor. Após a notícia, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acelerou o ritmo de alta.
O banco havia sido um dos principais responsáveis pelo aumento da turbulência nos mercados de ações do mundo inteiro. No início de agosto, o BNP Paribas impediu seus clientes de sacarem de três de seus fundos. A partir do dia 9, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caiu 13,1% até o dia 16.
Dois desses fundos foram reabertos ontem. Hoje, o banco anunciou que as perdas foram de 0,97% em um deles e 1,78% em outro. O terceiro tem abertura prevista para amanhã à tarde (de manhã, no Brasil).
Bolsa acelera alta
O Ibovespa, principal índice de ações do Brasil, já operava em alta desde a abertura dos negócios desta quarta-feira e passou a subir mais acentuadamente durante a tarde. Às 16h30, meia hora antes do fechamento dos negócios, o índice subia 2,12%, atingindo 52.741 pontos e recuperando-se parcialmente do tombo de quase 3% levado ontem.
As Bolsas de Nova York também operam em nível positivo nesta quarta, com a expectativa de que o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) reduza sua taxa básica de juros. "Hoje a pressão está mais baixa", disse Marc Pado, estrategista para o mercado norte-americano da Cantor Fitzgerald, em San Francisco.
Na Europa, a alta foi reforçada durante a amnhã por mais um socorro do Banco Central da região, que injetou 50 bilhões de euros no sistema financeiro.
Crédito imobiliário
Os investidores avaliam uma pesquisa divulgada hoje que constata uma redução de 4% no volume de pedidos de hipotecas na semana passada.
Ainda, um veículo de investimento gerenciado pelo "hedge fund" britânico Cheyne Capital Management afirmou que está tentando se reestruturar depois de ser forçado a vender ativos para pagar dívida.
O veículo Cheyne Finance, que analistas dizem que soma cerca de 6,6 bilhões de dólares, é o mais recente da série de fundos a fracassar devido a estratégia de tomar emprestado dinheiro de curto prazo para investir em títulos de prazo mais longo.
Queda na Ásia
Na Ásia, as Bolsas tiveram hoje a maior queda em um dia desde 16 de agosto, auge da turbulência. Os investidores repercutiam a pesquisa, divulgada ontem, de que o preço das casas nos Estados Unidos teve uma queda recorde no segundo trimestre, em relação a um ano antes.
Também afetava os mercados asiáticos o estudo que a confiança do consumidor norte-americano caiu para o ponto mais baixo em quase dois anos. Uma decisão do Merrill Lynch de reduzir a nota de alguns grandes bancos dos EUA também afastou investidores do mercado de ações.
O governo chinês cogita tomar novas medidas para conter a inflação. Isso pode provocar uma redução do crescimento econômico do país, reduzindo as exportações de outros países - como o Brasil - para o mercado chinês.
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