Plus500

18.8.07

Mercado Financeiro

Bovespa passou por uma sexta-feira mais volátil do que a vivida pelas ações em Nova York, mas prevaleceu a trajetória positiva, em reação a uma decisão de política monetária do banco central norte-americano. O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, avançou 1,13% e encerrou aos 48.559 pontos. O Federal Reserve anunciou na sexta-feira uma redução na taxa de juros que cobra de bancos aos quais faz empréstimos. A chamada taxa de desconto (equivalente à taxa de redesconto brasileira e diferente da taxa básica de juros da economia) foi reduzida em meio ponto porcentual, para 5,75% ao ano. A medida ajuda os bancos que necessitam de empréstimos e não os conseguem de outros bancos, em meio à crise de crédito que os Estados Unidos têm vivido nas últimas semanas. Mas, segundo analistas, sugere também que o Fed está disposto a agir caso o mercado passe por mais dificuldades.

Pela manhã, em reação ao anúncio, o Ibovespa chegou a subir 3,28%. Mais tarde, contudo, inverteu o sinal e atingiu baixa de 2,37%, apesar de as Bolsas de Nova York registrarem ganhos. Analistas disseram que a Bolsa paulista foi pressionada por saques em fundos de varejo, por parte de estrangeiros e locais. O Ibovespa acumula agora perda de 10,38% em agosto. No ano, o índice registra alta de 9,19%. Em Nova York, o índice Dow Jones subiu hoje 1,82% e o Nasdaq avançou 2,20%.

Dólar anula alta, mas fecha acima de R$ 2

Os mercados europeu, norte-americano e brasileiro tiveram um alívio nas tensões na sexta-feira com a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), pela manhã, de fazer um afrouxamento monetário voltado às instituições financeiras. Por isso, o dólar anulou a alta registrada no dia anterior em relação ao real. O dólar comercial, negociado no mercado interbancário, encerrou o dia em baixa de 3,20%, a R$ 2,025. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista recuou 3,30%, cotado a R$ 2,024. Em agosto, o pronto acumula alta de 7,60% e, no ano, a queda ante o real é de 5,20%. Mesmo com o recuo do dólar nesta sexta, o BC não realizou leilão de compra da moeda, pelo quarto dia seguido.

Na quinta-feira, o dólar pronto subiu 3,20% reagindo o pânico nos mercados por causa do aparente contágio da crise no setor imobiliário norte-americano sobre as operações de crédito comercial e a economia real em vários países. A reunião do Fed hoje foi comentada nas mesas de negociação ontem à tarde e favoreceu a devolução dos exageros nas Bolsas ainda ontem. Mas o dólar não teve tempo de reagir, o que ocorreu hoje com a confirmação da reunião e decisão pelo corte de juro para as operações entre o Fed e as instituições financeiras (AE).

Um comentário:

Seagull disse...

Valeu Lauro pela resenha do final de semana!

Abs ^v^