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12.7.07

Gerdau Chaparral

Agências de risco colocam rating da Gerdau em análise

(Reuters) - As principais agências de classificação de risco - Moody's, Standard & Poor's e Fitch, colocaram nesta quarta-feira em perspectiva negativa o rating da siderúrgica Gerdau. Moody's e S&P também colocaram em perspectiva negativa a nota da Gerdau Ameristeel, subsidiária do grupo brasileiro na América do Norte.

As decisões foram anunciadas após a Gerdau Ameristeel divulgar que fechou um acordo para comprar a Chaparral por 4,2 bilhões de dólares. "A aquisição, de tiver sucesso, deve ser financiada por montante significativo de dívida nova", afirmou a Moody's em comunicado.

A agência afirmou também que o rating da Chaparral está em revisão, mas que a direção ainda é incerta.

A Standard & Poor's também divulgou a possibilidade de revisão nesta quarta-feira, dizendo esperar a colocação dos ratings na listagem de risco nos próximos três meses, após obter mais "detalhes sobre a estrutura de capital e os planos de desalavancagem quando o processo de aquisição for concluído". "As ações de rating refletem o aumento esperado na alavancagem financeira tanto da Gerdau quanto da Gerdau Ameristeel para financiar a operação", informou um comunicado da agência.

"Embora a aquisição melhore o escopo de produto da Gerdau Ameristeel e expanda sua diversificação geográfica dentro da América do Norte, o elevado valor da aquisição, que será pago integralmente em dinheiro, enfraquece bastante as métricas financeiras da empresa", relatou a nota da S&P. A Fitch também reconheceu que a compra da Chaparral "fortalece a posição de negócios da Gerdau Ameristeel no competitivo mercado norte-americano de aço".

Mas a agência ressalvou que "a observação negativa reflete a incerteza da estrutura financeira que será perseguida pela Gerdau Ameristeel".

4 comentários:

Seagull disse...

Isto sempre acontece após o anúncio de uma grande aquisição, que envolve um pagamento acima do esperado e neste momento gera uma descapitalização da empresa. Para MP, entretanto, a compra da Chaparral deve trazer resultados positivos.

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Por que a Gerdau pagou mais pela Chaparral

A Gerdau acaba de concluir a maior aquisição de sua história. Por US$ 4,2 bilhões, incorporou as operações da siderúrgica norte-americana Chaparral Steel, uma empresa de grande porte e rentável – diferente, portanto, daquelas que o grupo brasileiro costuma adquirir. Ao todo, a Gerdau pagou cerca de US$ 1,5 mil por cada tonelada de aço que a Chaparral é capaz de produzir. É quase quatro vezes mais do que o valor médio de todas as compras que realizou nos últimos sete anos. Engana-se, porém, quem pensa que a Gerdau alterou sua estratégia de crescimento, que sempre se baseou na compra de usinas de menor porte e com baixa rentabilidade. Na verdade, o conglomerado brasileiro está apenas acelerando o processo de internacionalização para se adaptar à atual conjuntura do setor siderúrgico.

Desde 2006, quando a Mittal adquiriu a Arcelor, o mercado global de aço atravessa uma fase de consolidação intensa. Nesse cenário, era de se esperar que o Grupo Gerdau também realizasse algumas aquisições mais arrojadas – até para conseguir se defender do assédio dos competidores maiores. “A Gerdau é consolidadora e vai continuar crescendo e comprando empresas pequenas, médias e grandes. Dificilmente ela será o alvo de uma aquisição e fusão”, avalia Carlos Fernando Kochenborger, analista de siderurgia da corretora Geração Futuro. As plantas da Chaparral produzem 2,9 milhões de toneladas de aço por ano. Com a compra, a Gerdau se torna a quarta maior siderúrgica da América do Norte, com uma participação de 20% no mercado de aços longos da região. “A Gerdau evitou que outro concorrente comprasse a Chaparral, que era estrategicamente muito importante para seu portfólio”, sustenta Germano Mendes de Paula, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

A Chaparral é especializada em aços estruturais, de maior valor adicionado. Sua margem Ebitda (lucro antes dos impostos, amortizações e depreciações), de 15%, é maior do que a da Gerdau Ameristeel, outra subsidiária americana da Gerdau. Em parte, isso explica o preço pago pela companhia. “Crescemos ao longo dos anos fazendo aquisições eficientes e, hoje, podemos pagar mais”, salienta Osvaldo Schirmer, diretor de relações com investidores da Gerdau. “Vale a pena pagar este preço, pois a rentabilidade da empresa também é maior”, explica André Gerdau Johannpeter, presidente do grupo.

Seagull disse...

Zarautz,

valeu pela relevância da notícia. Até coloquei uma foto ilustrativa na sua postagem! ;-)

Abs ^v^

Anônimo disse...

Prezados,
Como investimento para longo prazo, sem considerar a liquidez, qual seria mais interessante as GGBR3 ou as GGBR4 sendo que as duas pagam os mesmos dividendos; ou ainda as GOAU 3 e 4.
Desde já agradeço

Seagull disse...

Então Carlos.

Entre ON ou PN a maior diferença está na preferência para recebimento dos proventos (caso da PN) e no direito a voto - além do Tag Along - que fazem jus os detentores das ações ordinárias.

Sem considerar a liquidez, a GOAU tem um maior histórico na distribuição de dividendos e, se este é o seu objetivo, sob este aspecto parece ser mais indicada.

Entretanto, sendo acionista de qualquer uma delas, GGBR ou Gerdau Metalurgica, vc estará muito bem posicionado.

Basta que o mercado (ou algum fator negativo que o influencie diretamente) não apronte uma surpresa!

Abs ^v^