Plus500

8.7.07

Na prática, a teoria é a outra.

Na sua carta semanal publicada hoje (vale a pena ler) o Ghit, cujo nome mais parece um nick, enfoca os aspectos teóricos do cassinão e do derivativo opção.

Elogia, com razão, as qualidades positivas do derivativo e ressalta não ver razões para o pequeno investidor deixar de utilizá-lo, ao afirmar:

" Porisso, não há porque um pequeno investidor deixar de utilizar uma ferramenta que está assim posta a sua disposição: entretanto, precisa se vacinar previamente quanto às besteiras e crendices que espalham a respeito de opções no Brasil, geralmente vigaristas travestidos de professores que tentam criar uma atmosfera falsa de ciência oculta para espicaçar a cobiça dos outros (a cobiça alheia é a matéria prima dos contos do vigário...). "

Putzgrila, será que o Ghit passou a sexta vendendo e vendido em opções da Petro? Eu até acho que sei de que paróquia é o professor autor dos contos-do-vigário, mas essa não confesso à ninguém, nem às paredes...

- Ô mico, kikéisso, bicho, deixa de dar palpite nos negócios dos outros senão você vai à pique... Se manca ae, manooooô.

- Desculpe, dona consciência, foi um onzelize, digo, deslize que quebrou minha resistência e não mais se repetirá, ao menos na frase seguinte.

Voltemos à carta, marcada pelo conselho dado ao investidor pequeno, no sentido de que deve implementar em suas compras o uso adequado e oportuno da opção, exaltando-a ao frisar:

" Se o interesse for investimento, pode-se manter uma posição de medio e longo prazo comprando-se opções de compra (e ir passando de um vencimento para outro), com a vantagem específica de ter um risco limitado ao prêmio pago em cada compra."

O Ghit tá certo, ao menos na teoria, pois de fato a opção é uma ferramenta extremamente eficaz quando se quer fazer uma compra a prazo sem recorrer ao termo ortodoxo ou flexível, com juros privilegiados em relação aos juros embutidos nas opções, mas que carrega consigo a desvantagem de ser um contrato irretratável.

Na compra com opção paga-se mais caro, mas têm-se a vantagem de desistir da compra se o ativo despencar.

Mas o que eu quero lhes dizer, é que a coisa aqui tá braba, é muita gente... desculpem, esqueçam, vou desligar o Chico...

O que deve ser dito é que a opção é realmente uma boa opção para compras a prazo, tendo como alternativa a opção de desistência.

No entanto, ou poucos sabem disso, ou os muitos que sabem não se propõem a tirar vantagem dessa, teoricamente, vantagem. Os números do mercado provam isso, como se verá abaixo com os dados relativos à série vencida em junho.

O mico mata a cobra e mostra o pau, não faz como muitos que só ficam a mostrar e não matam nada.

Como vocês muito bem não devem saber, a quantidade de exercícios em relação às quantidades negociadas em cada série é pifia, irrisória, insignificante, insípida e outros ins que evidenciam ser out o exercício.

Na F foram negociadas 2.481.122.000, pombas! DOIS BILHÕES E QUASE QUINHENTOS MILHÕES DE OPÇÕES!!!

Sabem quantas foram exercidas?

Chutem aí...... Já chutaram? não? estão com medo de errar? Não há motivos para não chutar por medo de errar, façam como a seleção do Dunga, perfeito anão ao dirigir a seleção, podem errar à vontade que não lhes acontecerá nada, o Ricardão, o do futebol, garante.

Pasmem, pasmem mais uma vez, foram exercidas apenas 18 milhõeszinhos, exatos 18.338.900, que representam mixurucas 0,74%, ou 0,074%?, por favor confirmem aí, tô ruim de conta hoje, e sempre.

Gentem, uma coisa é discorrer em tese sobre um determinado fato ou ato, e outra, completamente diferente, às vezes até oposta, é fazê-lo trazendo à colação exemplos reais, concretos e de preferencia númericos, principalmente quando se trata de falar do mercado e dos seus temas marcados e surrados.

Opção é bom? claro que é, só que precisa ver pra quem, considerando-se os valores de cada operação.

É bom comprar a prazo usando opção? em tese é, claro que é, mas é preciso saber se convém pagar-se as taxas exorbitantes embutidas nos prêmios, cada premião, hein!! Os juros cobrados numa opção ITM ou ATM são normalmente 3 vezes maiores que os cobrados num termo flexível, que tem a vantagem extra de permitir fazer-se várias operações com um único financiamento.

Essa situação me faz lembrar da distorção muito comum, recorrente ( pra não dizer da mentira grosseira e maliciosamente utilizada nas propagandas enganosas de cursinhos) praticada quando se afirma que as grandes instituições financeiras e fundos são os maiores operadores das opções nas suas operações de hedge. Isso aí é dito só para iludir iniciantes, é uma grande mentira, porque essas entidades são responsáveis por menos de 10% do volume financeiro do Cassinão111%.

Finalizando conclue-se, ou concluindo finaliza-se constatando que será muito útil para todos, se os comentaristas e críticos em geral passarem a ilustrar suas brilhantes teses com exemplos reais e objetivos, de preferência com valores atualizados.

A par de propiciar ao autor a oportunidade de, ao escrever, testar se sua tese ou crítica são procedentes, teria também a vantagem de nos poupar de ler muitas bobagens e teses vazias, já que nesses casos o crítico abortaria sua publicação. Como é o caso desta, aqui e agora, exemplo exemplar que não deveria ir para o ar...

mas já foi...

bom fim de semana, micaiada

3 comentários:

Seagull disse...

Rssss..

O seu texto está bom, mico!

Talvez melhor do que o do Ghit.
Aliás parece que andou lendo suas missivas e captou algumas mensagens!!! ;-)

Será que ele também correu do canil...?

Abs ^v^

Seagull disse...

Artigo completo (ou o primeiro capítulo)

OPERANDO COM OPÇÕES

Usando estratégias

Muito se fala no "jogo das opções", algo que se diz deveria ser evitado pelos pequenos investidores, mas o assunto é tratado com muitos lugares comuns e pouca objetividade, infelizmente por gente que apenas posa de experiente e informada.

Os derivativos em geral são uma grande conquista do mundo de negócios, na medida em que simplificam e descentralizam a introdução do crédito nas operações. O crédito é essencial para a evolução da indústria, do comércio e dos serviços e é mais fácil comprar (ou vender...) opções ou futuros de um ativo do que tomar caixa ou o próprio ativo emprestado para operar...Nesse caso, o risco é limitado para as duas partes, o que torna o derivativo tão mais barato e popular.

Porisso, não há porque um pequeno investidor deixar de utilizar uma ferramenta que está assim posta a sua disposição: entretanto, precisa se vacinar previamente quanto às besteiras e crendices que espalham a respeito de opções no Brasil, geralmente vigaristas travestidos de professores que tentam criar uma atmosfera falsa de ciência oculta para espicaçar a cobiça dos outros (a cobiça alheia é a matéria prima dos contos do vigário...).

Esqueça o que dizem que é feito pelos "tubas", a alegada guerra dos comprados&vendidos, as linhas mágicas, as gregas, a volatilidade e outros conceitos que, naturalmente, têm sua base científica e/ou empírica, mas não vão levá-lo a uma fortuna imediata...

Na Bovespa, há liquidez para opções em PETR4 e VALE5, principalmente. Se o interesse for investimento, pode-se manter uma posição de medio e longo prazo comprando-se opções de compra (e ir passando de um vencimento para outro), com a vantagem específica de ter um risco limitado ao prêmio pago em cada compra. Isso equivale a comprar à vista e ter um stop de prejuízo no valor desses prêmios, com a vantagem (a ser comparada com os custos) de permitir uma gestão bem ágil do investimento, se isso for possível e desejável. Com alguma reserva quanto à liquidez, isso também pode ser feito em mais alguns dos principais papéis.

Outra utilização viável das opções, é quando a intenção for uma especulação de curto prazo em PETR4 e/ou VALE5, por razões vinculadas às próprias empresas ou ao mercado em geral, do qual elas são as líderes.

Nessa hipótese, recomendável apenas para os que têm alguma prática, as opções proporcionam alavancagem e com isso, aumentam a rapidez e a extensão dos ganhos ou dos prejuízos...

Os prêmios geralmente podem ser controlados usando-se fórmulas como a de Black-Scholes (a mais empregada pelo mercado), que estão amplamente disponíveis em muitos sites pela Internet; influem no cálculo do preço justo para as opções, o preço à vista, o tempo restante para o vencimento, a taxa Selic e a volatilidade do ativo-base, também amplamente disponível pela Internet.

A análise técnica que prevalece é a da tendência do ativo-base e vale a pena lembrar algumas coisas óbvias e práticas, como a natural perda de valor relativo das opções com a passagem do tempo, especialmente nos fins de semana...Não se preocupe com as posições cobertas ou descobertas, estudá-las não leva a nada de concreto, inclusive porque muita coisa se pode fazer para disfarçar esses dados...
As estratégias combinadas (travas, borboletas, operações mistas com o à vista e o futuro do índice) são importantes e interessantes, mas é um assunto que deixo para próxima semana.


fonte: http://ghitnick.com/analise.html

Seagull disse...

Esse Ghit... ou nick, as vezes acerta no ponto!

Lendo o texto rapidamente, tem frases que parecem copiadas dos artigos do mico!!!

Outras, lembram coisas que eu escrevo habitualmente.

Em suma, nada de novo, sem fugir do óbvio, ele falou muitas verdades!!!
E deixou em aberto o assunto para depois abordar as COMBS!

Vamos aguardar as cenas do próximo capítulo (mas acho que já assistimos esta novela - Vale a pena ver de novo?) ;-)

Abs ^v^