Segundo projeção do geólogo Giuseppe Bacoccolli, as reservas de óleo leve encontradas pela estatal a mais de 6 mil metros da superfície, em águas ultraprofundas, não deverão ter um custo inferior a US$ 30 por barril, ante os US$ 7,5 hoje gastos pela estatal, conforme divulgado no balanço financeiro da companhia.
Mesmo assim, o geólogo e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) acredita que a exploração pode ser viável, graças à manutenção dos preços do barril em nível mais elevado no mercado internacional. "Ninguém espera uma queda do valor do barril para algo inferior a US$ 60. E isso já justificaria produzir na área de Tupi, comentou. Isso sem contar a compra dos equipamentos pesados necessários à produção.
A dificuldade de acesso, a atual elevação dos custos de equipamentos do setor de petróleo e ainda a larga extensão do campo devem dificultar o trabalho da Petrobrás e encarecer os investimentos. Para o geólogo, seriam necessárias entre seis e 12 plataformas, do tipo FPSO, que são sistemas flutuantes de produção e armazenagem.
Em razão da profundidade a que estarão conectadas, as unidades não podem ser fixas, explicou o professor. Para produzir em média um milhão de barris por dia, cada uma delas terá de ser ligada a dez poços ou 15 poços. Considerando que a Petrobras gastou em torno de US$ 240 milhões para perfurar o primeiro poço em Tupi, e reduziu esse custo para US$ 60 milhões nas investidas seguintes, Bacoccolli estima que os próximos poços devam ter seu custo em torno de US$ 30 milhões.
O geólogo observa, entretanto, que esse volume de investimentos seria apenas para explorar os cerca de cinco bilhões a oito bilhões de barris de óleo equivalente existentes em reservas de petróleo na área de Tupi, sem considerar o volume potencial que pode ser confirmado, caso seja comprovado que há uma continuidade dessa mesma reserva em outros pontos da extensão de 800 quilômetros da camada pré-sal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
3 comentários:
Belo post.
Acho que muita gente tinha idéia do quanto vai ser difícil tirar petróleo de quase do centro do mundo.
O tal do movimento de 16% da petr foi mesmo intensificado pela especulação.
Depois da mínima de 50,00 na 4a.-feira, a Vale hoje fechou nos 52,00 (como ela tá gostando de número redondo)...
Enfim, só tô mandando este comentário pra dizer que hoje (mesmo contrariado)tive que trabalhar e por isso não deixei de ver o que aconteceu no mercado (rs...).
Sds,
Fala Roger,
só tem um pequeno detalhe: essa reportagem postada aqui pelo Monitor transcreve uma matéria publicada no Estadão. E ele (a editoria do jornal) cometeu um grande equívoco na escala de profundidade do poço. Na verdade, não são 6 mil km... e sim, 6.000 metros. Seria quase um "Everest" de cabeça para baixo como foi feita uma analogia em comentários anteriores.
A seis mil kilometros a reserva estaria no núcleo NIFE (níquel-ferro), praticamente no centro da terra, como vc reforçou e muito bem observou o amigo Ncrab!
Pode ter sido um erro de digitação, mas para uma mídia com o alcance de um "Estado de São Paulo", o revisor de textos comeu uma mosca do tamanho da diferença que ele deixou passar antes de autorizar a publicação! ;-)
Abs ^v^
De fato esta matéria havia sido tirada de uma newsletter da revista Amanhã, que citava como fonte o jornal Estado de São Paulo.
A correção no texto publicado aqui já foi efetuada.
Postar um comentário