Diante da altíssima volatilidade da Petro e principalmente de suas opções, parece ser oportuno divagar e debater sobre a utilidade prática do cálculo da VI, volatilidade implícita das opções, utilizando-se o modelo B&S.
Proponho, então, aos colegas participantes deste blog que externam sua opinião sobre a questão:
O acompanhamento das VIs nas várias séries da Petro teria sido suficiente para diagnosticar no início da semana a vigorosa alta que ocorreu?
Com a palavra os nobres colegas.
Proponho, então, aos colegas participantes deste blog que externam sua opinião sobre a questão:
O acompanhamento das VIs nas várias séries da Petro teria sido suficiente para diagnosticar no início da semana a vigorosa alta que ocorreu?
Com a palavra os nobres colegas.
5 comentários:
Complicado, pois a volatilidade é prevista em comportamento passado.
A variação poderia ser trabalhada com a alta do petróleo, o atraso da PETR, mas com o vencimento tão perto, praticamente impossível prever. Meados de Maio a Vale teve uma alta expressiva também, era esperada mas não tanto, algo em torno de 700%. Essa foi prevista devido as ADR, preço dos metais, complementando a tabela B&S. Nada se comparado aos 8900%.
Isso mesmo Zé, na época também teve alguma coisa com a Rio Tinto que também ajudou a impulsionar os papéis da Vale (não me lembro o que). No dia, teve uma opção da Vale que chegou a variar 2000% (mas foram aquelas que saem dos R$0,01, e fecha nos 2,00), nada comparável com os 16% da Petr.
Prezado mico,
neste caso específico, com as altas de até 9000% nas oções OTM, até pela proximidade do vencimento, fica dificil seguir algum parâmetro (em referência ao modelo de B&S) devido às distorções nas gregas e às altas volatilidades (além da VI nos deriva a VH no ativo também andava bastante elevada). Uma outra "dica" foram os strikes do pó, quase 20 reais acima da cotação do papel em mercado. Quem pegaria uma PETRK88 por R$0,02 com o ativo na faixa dos 68/70???
O que não faltou foram indicações: pela AT os gráficos, em tempos mais curtos, desenharam mastros e bandeiras, mas, como falei anteriormente, a mais bem sucedida análise, foi mesmo a AI - Análise da Informação (privilegiada?).
Na quarta-feira, o grupo da rede de voleibol na praia, aqui em frente de casa, comentava que o Lula havia chamado em torno de 15 governadores da sua base. E avisou que faria um "anúncio" impactante envolvendo a questão energética e a Petrobras.
Imagina o efeito cascata desta conversa!!! De 15 escolhidos (além de seus ministros), passaram para 300, que comentaram com outros 500, e foi assim que a banda tocou!
Por isso até me desculpo por uma abordagem um tanto mais política em meus últimos textos (o que não é meu costume), mas o fato foi essencialmente político. O que havia de novo nesta "descoberta" de mais de um ano atrás?
Apenas a maneira como a coisa foi colocada.
E segue a barca que a maré está como no Nordeste: sobe exageradamente, para depois vazar...
Eu já vazei!!! Agora é hora de ficar esperto para ver se continua secando ou pode pintar uma outra oportunidade especulativa! ;-)
Abs ^v^
não. Só serve para ver que o mercado estava calculando risco. VI alta é uma forma de vendido tentar "compartilhar" o risco com o comprado. É que não temos puts, mas o VI delas estaria alto também e nem por isso o mercado cairia. VI alta = VE em demasia = theta desprecificado = expectativa de movimento forte, para ambos os lados. Mas aqui só temos como referência as calls, então muitas vezes a rapaziada associa alta com VI alta de call. Mas nas quedas vertiginosas as VIs também ficam altas.
abs Mico.
AnônimoX
Muito obrigado ao Zé e ao rogrm2 pelo interessante enfoque que deram ao assunto, comparando com a Vale em situação pontual semelhante.
Obrigado também ao Seagull que, eclético com é, abordou o assunto num cenário amplo, pródigo na utilização das variadas ferramentas de análise bursátil.
E um obrigado especial ao AnônimoX, pela forma extremamente técnica com que abordou o assunto sob o enfoque do B&S e especificamente da VI, que era exatamente o ponto que eu pretendia ferir, mas que por incapacidade minha não deixei suficientemente claro ao sugerir o debate.
Achei corretíssimas as observações e conclusões do anonimoX, ressaltando que a alta volatilidade implícita pode ser tomada como indicadora de grandes porradas pra cima ou pra baixo.
Aliás, o meu antiquado modelo jeitão de ver as coisas, opções aí incluídas, costuma apontar sua seta para vigorosas oscilações quando as taxas praticadas nas opções fogem aos percentuais historicamente praticados no cassinão em tempos de ondas tranquilas.
Parece-me, SMJ ou sqj, que no fundo são formas senão semelhantes, mais ou menos primas de analisar essas distorções de preços.
Obrigadão, turma, pela colaboração. Acho que esse tema é um tema teimoso e a êle deveríamos voltar oportunamente.
até de repente
ps: AnônimoX, estou a lhe desvendar as digitais literárias...
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