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18.11.07

Crise das hipotecas nos EUA

Não há razão para pânico no Brasil - ao menos por enquanto, dizem analistas

A crise do subprime ameaça ou favorece o Brasil? Um temor ronda a mente dos investidores norte-americanos há pelo menos duas semanas. Eles temem que a turbulência do mercado de hipotecas de risco (a conhecida crise do "subprime") atinja outras modalidades de crédito e resulte em mais perdas para o sistema financeiro dos Estados Unidos.

Obviamente, um novo colapso poderia trazer prejuízos para os investimentos feitos ao redor do mundo. Porém, qual é a real chance de que isso venha a acontecer, e como o Brasil seria atingido? Foram ouvidos economistas a respeito, e a julgar pelas análises não há razão para pânico – ao menos por enquanto. Entretanto, cabe um alerta: o mercado de crédito norte-americano acusou o golpe. Alguns bancos menores devem anunciar em breve perdas muito fortes ainda como conseqüência da turbulência de agosto.

Como os títulos de dívida foram criados com base em derivativos, Paz avalia que as conseqüências aparecerão por muito tempo em outros setores do crédito. "Não veremos uma nova crise, mas sim apenas um ajuste", declara, contundente. Guilherme da Nóbrega, economista-chefe da Itaú Corretora, acredita na possibilidade de uma pequena desaceleração da economia norte-americana, mas nada que atrapalhe investimentos lá e aqui. "O consumidor, de algum modo, levou prejuízo. Por isso a economia pode sofrer uma freada", prevê.


Fonte: Amanhã Online

Um comentário:

Seagull disse...

Os custos da economia dos Estados Unidos decorrentes da crise no segmento de crédito subprime poderão chegar a US$ 2 trilhões, afirmou em relatório o Goldman Sachs Group

De acordo com o banco, as perdas das instituições financeiras causadas pelas execuções de hipotecas poderão chegar a US$ 400 bilhões. Todavia, estas perdas não deverão se limitar às instituições financeiras do segmento, uma vez que poderão ser amplificadas à medida que bancos e hedge funds que tomaram empréstimos para financiar seus investimentos reduzam estas posições.

Efeito multiplicador

Segundo os analistas, uma perda de US$ 1,00 com crédito hipotecário, poderia resultar em uma redução de empréstimos em mais de US$ 10,00. As perdas com o segmento, afirmam os analistas do banco, representam um risco macroeconômico expressivamente maior do que normalmente se identifica.

A título de comparação, as estimativas de perdas do Goldman Sachs para a economia norte-americana representam aproximadamente duas vezes o Produto Interno Bruto brasileiro registrado em todo o ano de 2006, já que, segundo dados do Banco Central, o PIB acumulado no ano, em dólares, foi de US$ 1,067 trilhão.