Senhores, como vão indo?
Aparentemente muito bem, conforme as boas postagens dos colaboradores e grandes lucros que as bolsas têm oferecido aos investidores de todas as partes do planeta. Como sou declaradamente um aplicador convencional em títulos do governo americano, toda esta euforia que vem contagiando os mercados poderia, de certa forma, estar-me causando algum tipo de desconforto diante o comparativo entre as rentabilidades proporcionadas pela renda variável e as aplicações convencionais.
Talvez por isso, eu não seja a melhor referência para quem tem mais apetite ao risco, contrariando todo o incentivo e material de estudos enviado por nosso caro Seagull, que vem se esforçando, segundo suas próprias palavras, para "abrir um pouco a minha cabeça", no sentido de buscar uma maior diversificação em meus investimentos e remunerar melhor minhas economias. Agradeço o empenho, mas continuo um "osso duro de roer".
Explico: foram anos de trabalho árduo, porém recompensante, que proporcionaram a relativa tranquilidade com que gozo atualmente na minha aposentadoria. Tudo que construí foi para meu bem-estar e conforto dos filhos e netos, sempre na esperança de que o investimento em estudos possa permitir a todos que multipliquem o legado durante suas vidas produtivas.
A situação que vivenciamos não admite aventuras. Sei que muitos interpretarão como tolice, mas a segurança, no meu entendimento, traz-me um conforto que eu seria capaz de jurar improvável àqueles que vivem dos altos e baixos (concordo que bem mais altos ultimamente) do mercado de capitais. É isto que julgo insensato.
As leis americanas asseguram um valor aplicado de até U$ 100 mil para a conta bancária por instituição. Assim, tornei-me cliente de várias delas, minimizando os riscos - que nunca vão deixar de existir. Não quero aqui fazer um anti-marketing da proposta altamente responsável de apoio que os amigos se propõem a compartilhar. E longe de ser um piloto (apenas passageiro de avião por extrema necessidade), prefiro manter os pés no chão. O que se vê, aqui nos States, parece um conto de fadas que não convence nem mesmo o autor da fábula. Mas não serei um candidato a desmanchar ilusões. Apenas sugiro uma leitura mais aprofundada dos fatos para que todos tenham ciência do real quadro que a maior economia do mundo está desenhando.
Quando a carruagem virar abóbora, não vão faltar famintos para entender o que é ficar sem jabá para acompanhar o jerimum. Não é assim que se diz na região nordeste? Felizes os que lutam contra a miséria e agradecem pela farinha e rapadura do dia. Conheci bem esta área e sei como é a luta deste sofrido povo que vive com bravura e orgulho de ser brasileiro. Na América, a população acostumou-se à fartura, mas as disparidades sociais vêm sendo encobertas por uma vaidade e por um patriotismo que opõe tudo contra todos. O império está em decadência, e salvar-se-ão apenas os que preservarem seu maior bem: o sentimento humanitário, tão em falta neste dias de soberba. A ambição pode ser uma virtude, mas nunca confundida com ganância.
Desculpe-me, Márcio, pelo tom pouco alinhado com o momento de prosperidade que os noticiários tentam disseminar. Quem vive aqui sabe que a realidade é bem diferente da prepotência com que invadem terras alheias. Os ciclos passam e a humanidade teima em não evoluir. Fico com os meus trocados, mas (ainda) durmo relativamente tranquilo.
É isso aí.
Um abraço
PS: se considerar esta mensagem lesiva aos interesses de sua comunidade, não receie em abstraí-la. Possivelmente ela esteja mais para um atentado às crenças populares do que propriamente uma colaboração. Com sinceridade. E os pés no chão.
Aparentemente muito bem, conforme as boas postagens dos colaboradores e grandes lucros que as bolsas têm oferecido aos investidores de todas as partes do planeta. Como sou declaradamente um aplicador convencional em títulos do governo americano, toda esta euforia que vem contagiando os mercados poderia, de certa forma, estar-me causando algum tipo de desconforto diante o comparativo entre as rentabilidades proporcionadas pela renda variável e as aplicações convencionais.
Talvez por isso, eu não seja a melhor referência para quem tem mais apetite ao risco, contrariando todo o incentivo e material de estudos enviado por nosso caro Seagull, que vem se esforçando, segundo suas próprias palavras, para "abrir um pouco a minha cabeça", no sentido de buscar uma maior diversificação em meus investimentos e remunerar melhor minhas economias. Agradeço o empenho, mas continuo um "osso duro de roer".
Explico: foram anos de trabalho árduo, porém recompensante, que proporcionaram a relativa tranquilidade com que gozo atualmente na minha aposentadoria. Tudo que construí foi para meu bem-estar e conforto dos filhos e netos, sempre na esperança de que o investimento em estudos possa permitir a todos que multipliquem o legado durante suas vidas produtivas.
A situação que vivenciamos não admite aventuras. Sei que muitos interpretarão como tolice, mas a segurança, no meu entendimento, traz-me um conforto que eu seria capaz de jurar improvável àqueles que vivem dos altos e baixos (concordo que bem mais altos ultimamente) do mercado de capitais. É isto que julgo insensato.
As leis americanas asseguram um valor aplicado de até U$ 100 mil para a conta bancária por instituição. Assim, tornei-me cliente de várias delas, minimizando os riscos - que nunca vão deixar de existir. Não quero aqui fazer um anti-marketing da proposta altamente responsável de apoio que os amigos se propõem a compartilhar. E longe de ser um piloto (apenas passageiro de avião por extrema necessidade), prefiro manter os pés no chão. O que se vê, aqui nos States, parece um conto de fadas que não convence nem mesmo o autor da fábula. Mas não serei um candidato a desmanchar ilusões. Apenas sugiro uma leitura mais aprofundada dos fatos para que todos tenham ciência do real quadro que a maior economia do mundo está desenhando.
Quando a carruagem virar abóbora, não vão faltar famintos para entender o que é ficar sem jabá para acompanhar o jerimum. Não é assim que se diz na região nordeste? Felizes os que lutam contra a miséria e agradecem pela farinha e rapadura do dia. Conheci bem esta área e sei como é a luta deste sofrido povo que vive com bravura e orgulho de ser brasileiro. Na América, a população acostumou-se à fartura, mas as disparidades sociais vêm sendo encobertas por uma vaidade e por um patriotismo que opõe tudo contra todos. O império está em decadência, e salvar-se-ão apenas os que preservarem seu maior bem: o sentimento humanitário, tão em falta neste dias de soberba. A ambição pode ser uma virtude, mas nunca confundida com ganância.
Desculpe-me, Márcio, pelo tom pouco alinhado com o momento de prosperidade que os noticiários tentam disseminar. Quem vive aqui sabe que a realidade é bem diferente da prepotência com que invadem terras alheias. Os ciclos passam e a humanidade teima em não evoluir. Fico com os meus trocados, mas (ainda) durmo relativamente tranquilo.
É isso aí.
Um abraço
PS: se considerar esta mensagem lesiva aos interesses de sua comunidade, não receie em abstraí-la. Possivelmente ela esteja mais para um atentado às crenças populares do que propriamente uma colaboração. Com sinceridade. E os pés no chão.
5 comentários:
Interessante a postagem, entretanto gostaria de abrir um parêntese sobre o que disse o Mineiro "a fase da bonança na bovespa vai acabar e vai levar muita gente com ela "
- Tenho ouvido diversas pessoas falando sobre o assunto porém não consigo entender pois pesquizando no INI em 5 anos a Vale5 rendeu 761% a Ggbr4 1143% será que esse nºs estão errados, peço a todos que me ajudem a entender, pois estou no mercado somente há 2 anos, e nesse período já dobrei meu capital só comprando, p/ LP.
( )'s Carlos
"Não tem cara de Tiozão..." :-)
Zara, aqui vc manda! Com toda esta elegância, pode até falar mal do meu Fluminense!
Seu ponto de vista conservador eu já conheço. Fiz minhas tentativas de flexibilizá-lo, mas agora é que não é a hora mesmo!
Fico só imaginando em quantas centenas de bancos o Sr. teve que abrir conta para confiar no sistema. rs
Obrigado pela sinceridade, doa a quem doer! Posso não concordar em tudo, mas respeito o que vem de quem tem direito! ;-)
Abs ^v^
Carlos,
dentro do seu peril, vc é um vencedor. Buy and Hold nunca poderia ter sido uma melhor escolha para este período. Mesmo com uma correção, seus ganhos não estão ameaçados. Durante os piores dias, quem teve estômago (ou simplesmente ficou longe do computador) nem sentiu os baques.
Para vc, SEU saldo é o que importa, e estás de parabéns.
Aproveite para desenvolver suas técnica com essa mão forte, pq nem tudo dura para sempre, sendo uma oportunidade para evoluir os métodos e ampliar seus horizontes bursatéis.
Forte abraço
^v^
Márcio, obrigado pelo elogio, porém continuo com a dúvida, há mesmo a possibilidade de uma queda tão grande dos papéis da VALE por exemplo(que não fosse pontual)pois sigo a estratégia do "Bancotário", e tenho alocado em bolsa cerca de 80 % do meu capital p/ LP. Obrigado
( )'s
Que isso Carlos, não faço favor em expressar meus pontos de vista.
Renda Variável é assim mesmo. Sobe e cai. Como o Zarautz mesmo falou, ultimamente tem subido bem mais. Pode virar? Sempre!
Mas seus ganhos jamais serão corroídos pela gordura que acumulou.
Acho que 80% do capital é muita coisa, mas deu certo, neste período. Dentro de um perfil conservador (investidor de LP) ate que fostes bastante agressivo na alocação de sue patrimônio.
Pode subir mais? Claro que sim, mas não seria uma boa hora de apropriar os lucros (ou parte deles) e esperar uma oportunidade de reentrada com outra distribuição do capital.
Gerdau, Vale, Petro, Weg, CPFL, BBDC, Ambev, etc... são top-picks eternamente. mas a bolsa tem seus ciclos.
uma queda súbita tão grande não é pior do que um movimento de baixa prolongado. Ninguém sabe o futuro, mas sabemos que lucro no bolso não há quem tire!
Abs
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