A Bovespa ensaiou nesta quinta-feira seu 40º recorde de fechamento do ano, mas não resistiu à cautela e realização de lucro que teve início no mercado de ações de Nova York. Conseqüência: fechou em baixa. O Ibovespa, principal índice, encerrou o dia com perda de 1,17%, aos 62.456 pontos. O pregão foi de forte oscilação: pouco depois da abertura, o índice cravava nova pontuação máxima histórica (conhecida como recorde intraday), ao avançar 1,54% e superar os 64 mil pontos (aos 64.169 pontos); já no pior momento a queda foi de 2,71%. A volatilidade se deu em linha com o movimento de Wall Street, onde dois dos três principais índices acionários também bateram recorde intraday e onde, pela tarde, as ações do setor de tecnologia puxaram a fila na inversão de tendência do pregão. O índice Nasdaq, da Bolsa eletrônica, cedeu 1,40% e o Dow Jones, índice mais tradicional, recuou 0,45%, segundo dados preliminares.
Razões – Operadores consultados pela agência de notícias Dow Jones disseram que o gatilho para a baixa pode ter sido o comentário negativo do banco de investimentos JP Morgan sobre a ação da popular companhia de internet chinesa Baidu, que poderá cair mais de 10%. Outros citaram programas de vendas e comentários de um membro do Banco Central Europeu (BCE), Axel Weber, que disse que o juro na zona do euro pode ter que subir. "O fato é: apenas Deus sabe porque este mercado virou e ele não vai nos contar", disse o estrategista-chefe de mercado da Jefferies & Co., Art Hogan. "Obviamente, ficamos nervosos logo depois de atingirmos novas máximas. Ainda há muitas preocupações, começando pelos indicadores econômicos ruins, que podem manter o Fed (banco central dos EUA) de lado, ou deixar o Fed mais agressivo, mas apontando para uma recessão", acrescentou.
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