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3.10.07

Superavit Comercial em Queda

Apesar do bom momento que o Brasil experimenta no cenário mundial, em função da elevada apreçiação do real perante o dolar, a demanda por produtos importados vem crescendo, o que reduz há quatro meses o saldo positivo na nossa balança comercial.

Fundamentalmente, os exportadores vêm sendo penalizados pelo câmbio desfavorável mas, indo um pouco além, o que se percebe é que o Brasil vende para o exterior ítens básicos, matérias-primas e produtos agrícolas, commodities, sem dúvida, porém de baixo valor agregado. Enquanto isso, a chegada de produtos acabados leva o empresariado nacional a não investir em novas tecnologias, o que ocasiona uma deterioração na qualidade da pesquisa e desenvolvimento próprios, com perda de knowhow e competitividade em nosso parque industrial.

De fato a melhora de nossa economia fez aumentar o consumo interno, abastecido por importados, o que tira um pouco da pressão sobre a nossa moeda e equilibra as taxas de câmbio, mas também elimina diversos postos de trabalho e não estimula a geração de novos empregos.

Para compensar esta situação, o país tenta imprimir um "choque de gestão às avessas" expandindo a contratação de servidores públicos para inchar ainda mais a folha de pagamento e o custo da máquina governamental. O veto do Senado à criação de uma secretaria para ações de LP, pode levar o presidente a lançar uma medida provisória visando assegurar os cargos de seus escolhidos. Não seria o caso de investirem em uma maior produtividade para o serviço público ao invés de inventarem novos cabides de emprego?

Por estas e outras é que o Investment Grade pode demorar a sair!

Um comentário:

Anônimo disse...

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta segunda-feira, 1, a expansão do serviço público. Para o presidente, é preciso investir na contratação de novos funcionários capacitados e na remuneração adequada do funcionalismo para melhorar os serviços prestados pelo governo aos brasileiros.

Em discurso, na solenidade de inauguração Centro de Produção de Antígenos Virais de Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na zona norte do Rio, Lula se queixou de a criação da Secretaria de Ações de Longo Prazo, liderada pelo ministro Roberto Mangabeira Unger, não ter sido aprovada pelo Senado. Ele cobrou do Congresso essa responsabilidade.

Para o presidente, choque de gestão é contratar mais gente, ter mais pessoas qualificadas trabalhando. "É preciso parar com essa mania de que todo servidor público é marajá", disse o presidente.

Segundo Lula, além dos cerca de 80 cargos da Secretaria, o governo tem tido dificuldade para contratar professores para novas escolas técnicas e universidades.

Lula visitou a nova unidade do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz (Bio-Manguinhos) e comemorou a meta de nacionalizar a produção da vacina tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) até 2010. Ao lado do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), Lula cobrou de governadores e prefeitos o investimento em Saúde e defendeu a regulamentação da chamada emenda 29, que estabelece a obrigatoriedade de destinação para a Saúde de um percentual mínimo de recursos orçamentários. "Quando dá certo, o mérito é do prefeito e do governador, mas quando dá errado, cai tudo nas costas do ministro da Saúde".
Fonte: O Estadão