Na contramão das 53 ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) já realizadas neste ano, em breve, deve iniciar um novo movimento na Bovespa: o de cancelamento dos registros de companhia aberta. “O fechamento de capital é uma tendência”, sentenciou Fersen Lamas Lambranho, co-presidente da GP Investimentos, durante o seminário “Abertura de Capital: Alternativas e Desafios”, na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). Muitas das empresas que abriram o capital aproveitando o bom momento vivido pelo mercado nos últimos três anos não têm uma intensa negociação de ações – o que não é interessante para o mercado. “O sistema é darwinista. Só as melhores vão permanecer”, acrescenta.
As empresas que não conseguirem ter liquidez e proporcionar rentabilidade para os acionistas minoritários não se sustentarão na lista da Bovespa. “Até porque as decisões duras, com o intuito de melhorar os resultados financeiros, são mais fáceis de ser tomadas em uma ‘ditadura’”, brinca Lambranho, dizendo que é complicado convencer acionistas de uma companhia aberta de que uma escolha drástica pode ser necessária. É normal que as companhias tenham fases de “ditadura” e “democracia” – analogia de Lambranho para capital fechado e aberto, respectivamente. Esse é um movimento acontece em todas as bolsas do mundo. Enquanto algumas empresas abrem capital, outras fecham, e assim o mercado se renova. (Fernanda Arechavaleta)
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