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19.10.07

Crimes econômicos: metade das empresas já enfrentaram o problema

Quase metade das empresas brasileiras de grande e médio porte sofreram algum tipo de fraude nos últimos dois anos. Segundo uma pesquisa sobre crimes econômicos divulgada nesta quarta-feira pela PricewaterhouseCoopers (PwC), o percentual em 2007 foi de 46%. A versão brasileira do estudo teve a participação de 76 empresas, cerca de 60% delas com mais de mil empregados. O resultado está em linha com o de outras regiões do mundo. Na América Latina e Central, o percentual de respostas afirmativas a esse questionamento foi de 39%. Na América do Norte, o dado sobe para 52%. O percentual mais alto na América do Norte não significa que ocorram mais fraudes na região, mas que os controles são mais rígidos e, portanto, mais crimes são descobertos, de acordo com a avaliação da PwC. A maior parte dos crimes brasileiros, 53%, foram desvendados graças às denúncias das pessoas, tanto de dentro quanto de fora das corporações. Os controles internos das organizações, como auditoria, segurança corporativa, rotação de pessoal e sistemas eletrônicos de detecção foram os responsáveis por outros 43%. O estudo conclui, também, que os programas de conscientização dos funcionários contribuem para identificar procedimentos fraudulentos. Por outro lado, 67% das fraudes são cometidas por funcionários internos.

Mesmo com o grande percentual de empresas brasileiras que já sofrem crimes econômicos, apenas 3,5% dos consultados responderam que achavam “muito provável” que suas companhias se deparem com o problema nos próximos dois anos. Outros 54% disseram considerar “muito improvável” que isso ocorra. “Uma hipótese para justificar esse dado é a de que os administradores estejam subestimando a capacidade e a motivação de potenciais fraudadores em obter vantagens indevidas nas organizações”, aponta o levantamento.

por Simone Fernandes

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