Plus500

9.11.12

Educação, Consumo e Investimentos


Cada um de nós vem ao mundo com uma missão, mas todos os pais (e mães) têm uma tarefa adicional e prioritária: educar seus filhos. Quem prefere delegar essa responsabilidade exclusivamente às escolas está cometendo um equívoco. A rede pública de ensino no país é fraca, então, as famílias que podem pagar colégio particular não medem esforços para tentar proporcionar a melhor formação para seus dependentes, de forma que os mesmos possam ter uma vida adulta e profissional com autonomia.


Mas o sucesso depende muito mais do apoio e participação dos pais no dia a dia das criança, impondo limites, ajudando nos estudos, e contribuindo diretamente na formação do caráter com os exemplos. Isso tudo, principalmente durante as fases do ensino fundamental e médio. Depois, não dá para se esperar muita coisa com a implementação do regime de cotas nas universidades. O nível tende a cair (muito) para não ocorrerem reprovações em massa!

Então, não convém estimular uma mentalidade consumista, assim como o governo busca fazer com a classe média mal instruída  - 53% da população, aqueles com renda per capita entre R$ 291 R$ 1.019 (???) - a base de sustentação do mercado interno, incentivada pelas pequenas prestações a perder de vista, a gastar aquilo que não têm, para comprar o que não precisa, a fim de impressionar gente que não conhece, e tentar ser uma pessoa que não é...

São esses que formam o nosso mercado interno, a mola propulsora do tênue crescimento forçado do PIB, os bolsistas apadrinhados e fiéis no voto obrigatório, que consomem sem saber se vão poder arcar com as mensalidades contratadas, que estão com o nível de endividamento comprometido, e fatalmente levarão seus financiadores a prejuízos (rateados pelos bons pagadores), quando os calotes se tronarem incontroláveis, e os índices de inadimplência extrapolarem qualquer provisão dos bancos.

Enquanto isso aumentam os impostos para cobrir as despesas superfaturadas em obras emergenciais para geração de energia - com tantas alternativas, querem construir hidrelétricas que afogam florestas e seus habitantes nativos (espécies de animais sendo extintas e tribos indígenas dizimadas) que nos livre dos apagões - assim como em projetos questionáveis de eventos esportivos para "inglês ver". O próprio povo só terá acesso à Copa do Mundo e Olimpíadas pela televisão. Os donos das redes transmissoras é que devem estar gostando...

O Brasil não fortaleceu seu parque industrial, continuamos sendo um mero fornecedor de matérias-primas para as multinacionais nos revenderem depois seus produtos acabados. O país das commodities, onde os fazendeiros destroem a mata para plantar grãos ou criar gado, o petróleo do fundo do mar, os minérios que terão um reajuste severo nos seus preços... vai sobrar o quê? A crise econômica continua, apesar do alento com a reeleição de Barack Obama nos EUA, os problemas ainda não foram solucionados. Assim como na Europa o desemprego só faz aumentar... e a China? Mesmo com o câmbio controlado, dificilmente vai conseguir o mesmo nível de crescimento dos últimos anos. Vai vender para quem?

Sendo otimista, os tempos difíceis ainda não terminaram... e como o mundo não deve acabar em dezembro, melhor agir com muita precaução, já que ninguém sabe o que pode vir por aí. Investimento bom é em educação, e ativos conservadores que remunerem o capital com menor risco. Toda especulação uma hora tem fim. Ou nosso país só é bom para gringo investir???




O ideal para o cidadão comum é fazer uma reserva e preservar sua poupança!