Plus500

31.8.11

E o balão vai subindo

Pasmem! Ibovespa já bateu e passou para cima dos 56k... os índices da Europa também operam em alta, mas nos EUA as bolsas ficam perto da estabilidade (com a Nasdaq ainda no campo negativo).

Final de mês sempre ocorre uma movimentação maior por parte dos fundos, onde os gestores buscam recuperar a rentabilidade de seus produtos para fechar balanço, e não desagradar os clientes. Mesmo assim, dificilmente conseguirão eliminar as perdas do decorrer do período.

Quanto à inflação, o IGP-M que vinha em queda nos últimos 60 dias, voltou a subir (bem), na casa de 0,44% - grande parte desta alta é atribuída aos alimentos. E os juros continuam altos... muito complicado praticar uma política monetária equilibrada, quando o custeio da máquina, os gastos com pessoal e a previdência aumentam paulatinamente. Em contrapartida, os investimentos permanecem minguando.

Essa herança maldita do presidente anterior nos faz pagar caro pelo elevado nível de popularidade com que ele deixou o governo. Com todo esforço na faxina ética promovida atualmente, não há como desmantelar esse corporativismo no congresso. Cassar o mandato de corruptos(as) nem pensar... quase todos estão com o rabo preso.

Pergunta ao Obama como é administrar um país sem apoio dos parlamentares. Mas tudo tem seu preço...

Apostar no Brasil como "futura" potência, se nem ao menos conseguirmos a transparência e governança necessárias na gestão pública, acaba sendo uma tarefa inglória. Como o povo brasileiro não desiste nunca, resta torcer para os "nobres" deputados deixarem de usurpar o país. Cometer crimes antes do mandato pode!?!?


29.8.11

SPX Diário


Entrou volume no primeiro fundo e agora desenha um segundo... 1.100 fazendo suporte, os indicadores reagiram, mas não dá para afirmar que parou por aí. Ainda tem resistência pela frente, e as mínimas de 2009 estão muito abaixo.

24.8.11

Pouso duro ou arremetida



Faz pouco tempo e questionavam se a economia americana seria capaz de fazer um "soft landing". Hoje o que se percebe é que o pouso deste avião ficou mais complicado, e para evitar o crash, o melhor seria promover uma manobra evasiva, do tipo "Go Around"!



Na Europa, os países mais prejudicados pela crise - ou má gestão? - foram justamente (e por coincidência) aqueles que adotaram regimes socialistas. Grécia, Portugal e Espanha são exemplos de que a política de "distribuição" da renda não pode ficar restrita aos governantes e seus apadrinhados.

É muito triste observar a síndrome depressiva se espelhar nos olhos de desempregados, cidadãos que foram alijados do mercado, sem meios de prover o seu sustento e da família.

Depois da Standard&Poor´s rebaixar os EUA, agora é a Moody´s que se manifesta sobre a dívida soberana do Japão. E isto não vai parar enquanto as contas públicas não forem equacionadas. Os gastos aumentam, emitem mais títulos, e cortam investimentos.

Assim, o mundo não pode voltar ao ciclo de crescimento, onde a prosperidade era geral (???) na ala desenvolvida do planeta, mesmo embora isso se devesse em parte aos emergentes. A pergunta que permanece sem resposta é: quem paga a fatura?

Do Brasil ainda se espera um milagre. A nova presidente pegou um pepino em formato de abacaxi. Como o executivo depende do congresso para aprovar suas medidas, o canal de corrupção continua aberto, seja via compra de votos, benesses, e/ou distribuição de cargos por todos os escalões. Temos os juros mais altos do mundo, uma dívida interna impagável, e a constante ameaça de volta da inflação. Mas a preocupação do povo é saber quem matou o personagem da novela...

Bem, os EUA foram parar no Serasa, a Grécia deu calote, o Japão foi rebaixado, e até a Inglaterra está convivendo com arrastões... a conclusão é que se o nosso país ainda não conseguiu entrar para a elite, o primeiro mundo está ficando igual ao Brasil.

16.8.11

Se a palavra é de prata, a atitude vale ouro!


Reparem no gráfico do GOLD, desde que a sua cotação testava o nível de USD 1.000... isso foi no final de 2009. Em outubro deste mesmo ano eu fiz diversas postagens alertando para uma nova "corrida do ouro". (clique no link)

Então, mais do que as palavras escritas (ou proferidas) o que vale é a atitude. Quem investiu no metal precioso não tem do que reclamar... além de ser uma excelente reserva de valor para momentos de crise, ainda ofereceu uma considerável rentabilidade neste período. No gráfico, as linhas de tendência se inclinam para cima cada vez mais... onde isso vai parar?

Agora, depois de quase dobrar seu preço, as mazelas econômicas globais voltam a chamar atenção para o ouro (beirando 2 mil dolares). A questão é saber se dentro de um contexto onde a busca por segurança nos investimentos, e demanda por ativos reais, as commodities terão espaço para seguir crescendo.

Se a palavra é de prata, o silêncio não é de ouro. O que vale é a ATITUDE!



14.8.11

Tendências


No final do século XIX, Charles Henry Dow, entre outras coisas, formulou uma teoria que serve de base para a análise técnica até os tempos atuais.

Os mercados se movem em tendências de alta ou de baixa... quanto à sua duração, podem ser primárias, secundárias ou terciárias. A tendência é vigente até que seja substituída por outra oposta.


Enquanto não houver uma confirmação dos índices, graficamente, considera-se que a tendência antiga segue em vigor, apesar de eventuais sinalizações de mudança. Este princípio procura evitar a prematura troca de posição.

Além dos períodos em que os índices podem ficar congestionados, para que se configure uma reversão é preciso haver quebra na sequência de topos e fundos - mais altos ou baixos. É muito comum observarmos movimentos como repiques ou pequenas correções sem que isto acarrete necessariamente na mudança da tendência. E a variação do volume também deve ser considerada, assim como o timeframe das estratégias.

Tudo pode ser apenas teoria... mas na prática não é muito diferente.

Portanto, cuidado para não se precipitar nas conclusões.


9.8.11

Gráficos e fundamentos

Depois de mais essa precipitação anunciada nas bolsas, com o recrudescimento da crise mundial, o lado psicológico do investidor ficou muito abalado, e a credibilidade na recuperação da economia bastante prejudicada.

Nessas horas lembramos das análises tendenciosas. O critério é "jogar a favor" dos seus interesses. Se não funcionar, basta um sumiço providencial para cair em esquecimento. Até porque tem muita gente que perde grana seguindo as orientações desses "mestres, magos, gurus, vacas sagradas..." da obra pronta.

Sobre esse aspecto, nunca me apresentei como "analista". Eu gosto de estudar o mercado e comentar minhas impressões. Mesmo que seja um comentarista do dia seguinte, olhando os fatos pelo retrovisor... mas sempre atento aos acontecimentos atuais e seus desdobramentos futuros.

Na minha filosofia operacional, eu também utilizo os gráficos. Porque se 30% do mercado segue as indicações da análise técnica, esta não pode ser totalmente desprezada. Mas prefiro usar com moderação... afinal, certos estudos beiram o ridículo, tentam parecer mágica, traçam tantas linhas de tendência, fibonaccis... que uma hora eles acabam acertando!

Então, qual será o próximo suporte, onde está o fundo?... Isso agora não é o mais importante. Penso que, para quem realizou lucro na faixa de 70k e está capitalizado para novas investidas, uma filtragem das ações que estão com preço cotado abaixo de seu valor patrimonial deve ser avaliada. E quais seriam estas? Agora, várias... vale pesquisar os fundamentos, prospectar os maiores dividend yields. Vale lembrar que as empresas de capital aberto devem distribuir ao menos 25% de seu lucro entre seus acionistas!

Ninguém dá dinheiro de graça... e só existem duas hipóteses de ajuste para tais distorções no mercado: ou o preço da ação sobe para empatar com o VPA; ou este vai cair! Mas isso só acontecerá se a crise extrapolar todos os limites, a economia global sucumbir de vez, e as empresas pararem de produzir e vender (não deixa de ser uma possibilidade).

O fato é que mesmo com a Europa mal das pernas - Espanha com desemprego de 20%, Itália no mesmo caminho, Grécia, Portugal, Irlanda... quebrados - o BCE também possui a sua maquininha de fabricar dinheiro. E nunca podemos subjugar o poderio norte-americano. Tirando as brigas políticas pelo poder, a capacidade de reação desta potência não pode ser desprezada.

Enfim, o momento é bom para desenvolver novas estratégias, redistribuir os assets, equilibrar o portfólio de forma ponderada... pânico e desespero não ajudam em nada! A hora é de racionalizar os procedimentos em busca do melhor resultado para as suas finanças de acordo com o perfil ( e tolerância ao risco) de cada um.

Boa sorte... e melhoras!




8.8.11

Bolsas em Liquidação


Calma! Não se trata de nenhum shopping ou loja queimando estoques... muito menos as grifes de acessórios femininos. Nada de Louis Vuitton, Prada, Channel, Fendi, Gucci... o que estão colocando para baixo são os índices Dow Jones, DAX, Nikkei, Ibovespa...

Os mercados mundiais que amanheceram em clima de pânico com o rebaixamento do rating americano. Investidores enviam ordens de vendas maciças para suas ações. Será que ainda acionam algum circuit breaker para estancar a queda?

A crise - mais que anunciada - não chegou ao fim. Infelizmente, ainda dão muito crédito (coisa que vem ficando escassa) para as agências de classificação de risco. Como podem tirar o triple A dos EUA com base em um cálculo contendo erro de U$ 2 trilhões?

Houve uma ameaça de calote na dívida americana, mas isso foi muito mais função da briga no poder entre republicanos e democratas, do que pela deterioração da economia yankee. Querem a cabeça de Obama antes das próximas eleições.

O mundo está entregue. Não que a Fitch ou Moody´s sejam melhores, mas para a Standard & Poor´s... a economia global agora é "padrão e pobre"!

Ninguém ganha com crises. É possível até embolsar uns trocados na especulação... mas as perdas econômicas do planeta são bem maiores. Para todo mundo!

5.8.11

O próximo suporte

Depois de perder a base do caixote, agora todos se perguntam: onde isso vai parar?

Durante este longo período em que o índice ficou congestionado, após se recuperar do primeiro susto com a crise, muitos acreditaram que a economia mundial estava voltando aos eixos, e o movimento lateral seria de acumulação, para romper com força em direção a novas máximas - e fazer topos mais altos. Ledo engano... o mercado estava mesmo distribuindo (esperanças, ilusões, armadilhas)!

Agora entra em campo, novamente, a equipe dos catadores de fundo!


Se não foi aos 57... poderia ser nesta faixa entre 52/53k... ou ainda mais abaixo? 48? ou 42? Do chão não passa, e o mais interessante é ver os mesmos "analistas" que projetavam (como?) o Ibovespa nos 200 mil pontos já se manifestarem pelos 30.000.

Renda variável não é brincadeira, mas o comportamento dos investidores chega a ser divertido. E mais do que as pessoas que vivem da bolsa, existe muita gente viva, que vive de quem vive na bolsa. Deu pra entender?

Da euforia ao pânico.... dos risos às lágrimas! Quem lida com ações tem que ser proativo!


4.8.11

Igual sorvete no asfalto

As bolsas de valores derretem no mundo todo - essa foi a descrição (e justificativa) - do nosso ministro da Fazenda para o que está acontecendo na Bovespa.

Mas será que o Mantega entende tanto assim de mercados, economia e finanças para enxergar o óbvio, ou a sua "fazenda" é de gado? Com a carne, leite, queijo e mante(i)ga ele parece bem familiarizado... por que também não aproveita para plantar umas batatas e melhorar nossa agricultura?

O fato é que o caixote foi para as cucuias (outra hora posto o gráfico).

Quem arriscou no suporte deve ter sido bem estopado - ainda bem que este recurso existe. Não fosse isso as perdas seriam maiores. Um trader é diferente do investidor comum: enquanto um age rápido para defender seu capital, o outro está sempre na torcida pela recuperação e/ou melhora do mercado.

Não podemos confundir otimismo com tolice! Pensar positivamente é sempre acreditar na evolução do patrimônio, independente da tendência, alocando os recursos em ativos com mais chances de proporcionar ganhos, ou entrando na venda... e nunca virar refém dos acontecimentos.

Seja pelos fundamentos ou pela técnica - melhor usar os dois - a coisa está complicada.

Mas no final acaba dando tudo certo! (?). Se ainda não deu certo é porque o final não chegou. O problema é se um dia o final chegar antes, sem aviso, e comprometer o "happy end" dos romances e contos de heróis.

Em bolsa de valores ninguém é bonzinho. Todos querem ganhar o seu! Já dizia um amigo que mora na Europa: "a vida em Wall Street é dura... não existe compaixão. Quem procura amor que compre um cachorro; para quem busca adrenalina o melhor é ir para Las Vegas."

Dinheiro é coisa séria. Cuide do seu patrimônio com responsabilidade!

Thats it!

3.8.11

O buraco é fundo

De minha parte acreditava na possibilidade de que haveria algum suporte na faixa de 57k, mas, pelo jeito, o buraco é mais embaixo!

Base do caixote passou batida sem esboço de reação por um eventual violino ou nada parecido. O mais incrível é que Wall Street ainda fechou no positivo - mesmo que ligeiramente abaixo de 12 mil pontos.

A qualquer sinal de perigo os gringos ficam apavorados e tratam de levar seu dinheiro para praias mais protegidas. Não sei quais seriam elas, a esta altura, mas se o fluxo de recursos estrangeiros é de saída, não há compras na bolsa. Pelo contrário, aumenta a manada dos que não saíram no alto, e o volume de vendas cresce para gerar liquidez.

Enfim, sós! É cada um por si, esse negócio de correlação nunca foi muito seguido à risca, mas... quem manda ainda é o SPX! Muda o câmbio, e/ou as cotações nas ADRs de lá, corrige na mesma hora aqui - ou vice-versa.

Mas afinal, é fundo ou os catadores vão se aprofundar mais? O problema é que o primeiro mundo todo está num buraco! E como não deixam os emergentes crescerem, quem vai pagar os desperdícios e deficits criados por causas mal resolvidas e contas pessimamente administradas?

Ainda há quem torça para, ao invés de um violino, ser um contra-baixo, mais para um violoncelo, com o alcance do arco maior que permita uma tentativa de repique. Caso contrário (sempre os contrarians)...


2.8.11

Elevaram o teto... mas o telhado é de vidro!

De que adianta ter como se endividar (mais), e não poder gastar? E como ficam os investimentos?

A economia dos EUA vive do consumo... com as contrapartidas do acordo fechado pelo congresso, os cortes de gastos serão maiores que o tamanho da elevação no teto.

O "Império" virou uma ficção. Imprimem dinheiro sem lastro e emitem títulos impagáveis... o maior credor é a China (o Brasil está "apenas" em 5º lugar nesta lista), que compra os bonds americanos, e as commodities do mundo afora para fabricar produtos a custos mais baixos, e depois revende os mesmos em grandes quantidade ao preço de mercado - beneficiada pelo câmbio engessado do yuan. Quem compra?

Moral da história: a riqueza circula e termina no mesmo lugar. Enquanto a China trabalha e produz, os americanos pagam a fatura com o dinheiro "emprestado".

Tempos difíceis... ainda bem que podemos operar nas duas pontas! Compra e/ou venda!

E ainda existem os contrarians (que às vezes até acertam) para garantir a liquidez do mercado.

Se o gato que subiu no telhado tem sete vidas... quantas será que restam?

1.8.11

O gato subiu no telhado

Congressistas chegam a um acordo nos EUA e aprovam elevação do teto da dívida.

Agora o país pode se endividar mais para evitar um calote nos seus títulos. Ou seja, o rombo vai aumentar para não arrebentar a corda! Mas o buraco é mais embaixo... e logo virá a manifestação das agências de rating (como se estas também não precisassem de uma reclassificação!)

O dinheiro, há tempos, passou a ser uma coisa quase que "virtual". Porém, no mundo real, os dados divulgados sobre o crescimento (pífio) da indústria americana pesaram, e as bolsas mundiais reagiram negativamente.

Quem utiliza os fundamentos macroeconômicos para tomada de decisão deve estar apreensivo. E os que se baseiam (e acreditam) em análise técnica, na nossa bolsa, o gráfico do índice Bovespa continua patinando sobre uma linha tênue que suporta a base do caixote.

Tudo parecia estar sob controle... e agora, muita coisa mudou?

Melhor ficar de olho no S&P!