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26.10.11

Let's make money!

Depois de escrever um livro sobre as mazelas da "globalização", John Perkins expõe publicamente suas atividades em favor do poderio econômico.

Já ouviu falar em Corporatocracy?

Vejam esse vídeo com um pequeno trecho do documentário, e pesquise por outros do mesmo autor na internet.




(Alemanha, 2008, 108min. - Direção: Erwin Wagenhofer)

Documentário de altíssimo nível, essencial para se entender o mundo em que vivemos pela ótica financeira internacional. Dos mesmos criadores do documentário "We Feed the World".

Apesar de todo o velho discurso feito pelos neoliberais de que a globalização traria benefícios para todos os países ajudando a diminuir a pobreza no 3° Mundo, o que viu-se de fato foi em geral aumento desenfreado da miséria, onde o salário de um indivíduo geralmente mal cobre uma pobre subsistência.

O documentário mostra as chamadas "economias emergentes" por dentro, na visão de grandes investidores, bem como o cotidiano miserável dos homens, mulheres e crianças trabalhadoras nesses países.

Mostra também as idéias do Consenso de Washington, responsável pelas políticas liberais que moldaram nosso mundo econômico atual, assim como os mecanismos de colonização moderna como o FMI e Banco Mundial, perpetuando a injusta dívida dos países mais pobres em troca de suas riquezas. Explica o que são os paraísos fiscais, por onde passa a maioria do capital financeiro para encobrir os donos corruptos.

John Perkins, antigo assassino de economias, que também já apareceu aqui no documentário "The War on Democracy", explica detalhadamente como era o seu ofício de levar as riquezas de países de 3° Mundo, sob a supervisão das instituições internacionais.

Passa ainda pela miséria que aflora nos EUA e pelas raízes da crise econômica espanhola causada pela bolha imobiliária.

"Na privatização, a sociedade é privada de um determinado bem ou serviço público no qual um investidor está interessado por razões de lucro."

19.10.11

Juros e dívidas


Hoje termina mais uma reunião do Copom. E deve haver outro corte nas taxas de juros. Isto é bom?

Depende do ponto de vista... para o aplicador em renda fixa, a remuneração de seus títulos vai diminuir, para o governo o custo de carregamento da dívida também. Mas isso não é o mais importante... na condução da política monetária vários fatores são determinantes no resultado. Uma pena que as decisões tomadas atualmente tenham um foco mais político do que técnico.

Em um cenário de redução do ritmo da economia mundial (com riscos de recessão), tudo indica que o Brasil não vai conseguir atingir suas metas de crescimento no PIB, assim como deve estourar qualquer previsão inflacionária.

Mas, algum tempo atrás, havia quem se vangloriasse de acabar com a dívida externa. Embora, em essência, o fato seja positivo, considerando que o câmbio oscilou bastante neste período, podemos questionar o momento em que isso foi feito em função da paridade do dolar com a nossa moeda.

Ainda acumulamos reservas, que hoje chegam à casa dos U$450 bilhões. Se isto será suficiente para blindar o país no caso de um agravamento da crise internacional é outra estória. A verdade é que a dívida pública mobiliária vem aumentando assustadoramente em valores nominais - embora na relação com o PIB, o que seria mais representativo, ela estava decrescendo. Mas as projeções para 2011 já mostram uma inversão desta tendência, justificada pela mudança cambial.

Tomando por base a variação da dívida, podemos observar que ela dobrou nos últimos 10 anos, enquanto os juros - que vinham diminuindo - voltaram a subir. Para um governo que gasta a maior parte do dinheiro com programas assistencialistas (apesar da notável redução da miséria, mais eleitoreiros do que sociais) em detrimento de investir em estrutura e serviços básicos para TODA a população, realmente ninguém tem dúvida de quem vai segurar essa conta.

Dívida externa, dívida interna... a dívida é ETERNA! Simplesmente impagável.

Como é ruim ter que ficar batendo na mesma tecla! E o pior é saber que nas próximas eleições muito pouca coisa deve mudar. Triste sina de um país que se esforça em não ir para frente.

Então, vai fazer o que com seu dinheiro? Ações, títulos públicos, moeda estrangeira... cuidado para não investir em coisas podres!

Quer saber mais números sobre a dívida pública

14.10.11

Gestão Racional do Patrimônio

Nos últimos anos o que mais tem preocupado a cabeça dos investidores é a crise econômica. Dentre idas e vindas, tsunamis e "marolinhas", percebe-se que a situação é mesmo grave, e a possibilidade do mundo, iminentemente, mergulhar em um período de recessão mais profunda talvez seja o cenário mais plausível. E o que os cidadãos comuns podem fazer para buscar a melhor defesa do seu patrimônio?


Uma gestão equilibrada dos recursos. Mas para isso não existe uma regra geral, cada perfil demanda uma análise diferente e individualizada, em função dos objetivos pessoais, situação financeira, e principalmente, tolerância ao risco. Já passou da hora de refletir e tomar decisões importantes para a saúde dos negócios e bem estar das famílias.


Em um contexto "normal", para quem administra o patrimônio de forma conservadora, deve-se procurar manter uma distribuição equilibrada dos assets. Investimento é aquilo que gera renda, então preservar o cargo na empresa é o melhor a fazer neste momento, já que o salário é o provedor de boa parte da receita que custeia os nossos gastos cotidianos. Considerando que a estabilidade no emprego é coisa do passado - o que vale é o "trabalho" - os empreendedores, comerciantes e empresários também devem usar toda cautela no planejamento de seus negócios.



Enquanto os juros (reais) estiverem altos, muito capital estrangeiro ainda vai aportar em nossas praias atrás dos elevados rendimentos da renda fixa. Entretanto, depois da mudança de governo, a autonomia do Banco Central ficou reduzida, e mesmo com a perspectiva de que as metas inflacionárias não serão cumpridas, a taxa de juros já começou a fechar, seguindo determinação da maior autoridade monetária atual - o próprio Palácio do Planalto.



Continua...
Leia o texto na íntegra clicando no link abaixo



11.10.11

Ocupação total




E as manifestações do povo americano contra a ganância financeira já extrapolaram Wall Street. "Zumbis corporativos" ocupam vários quarteirões de NY, e os reflexos disso se espalham no velho continente - assim como pelo mundo todo.


Menos aqui, país da marolinha, onde tudo é festa, lotam as ruas com passeatas a favor da liberação de droga, pela diversidade sexual, mas quando o movimento é contra a corrupção endêmica no poder, são raras adesões. E ainda programam as marchas no meio de um feriado, na beira da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Depois reclamam que tudo acaba em Carnaval...

Bom, sobre o mercado... dizer o quê? Não há muito a acrescentar, tento não ser repetitivo, mas não tem jeito. As bolsas continuam mal... agências de classificação de risco rebaixam bancos, economias, reduzem instituições a lixo, como os "compradores" (cadê eles?) podem fazer os índices voltarem a subir? Com os repiques, a especulação, na contra-tendência, levantando para bater, mais uma vez. Muito improvável crer em uma reversão iminente.

Cheguei a conclusão que minha preferência pela condição de trader é muito mais função de não acreditar no sistema (da forma que está) do que mera alternativa, ou perfil de investidor. Observo os movimentos macro, e procuro, dentro deles, além de diversificar o portfólio, entrar e sair sempre que possível, a fim de minimizar a exposição aos riscos. Entrar nas baixas, e girar para diminuir os custos. Vender no alto, e zerar sempre que o lucro for satisfatório, pelos mesmos motivos.

Contudo, mesmo sem ver sinais próximos de inversão definitiva da tendência - as bolsas podem até permanecer em queda - sempre haverá distorções. Por exemplo: quem ainda guarda cotas do FGTS-Petrobras deve estar desanimado com o drawdown... quantas vezes pensou em migrar suas aplicações para os convencionais 3% ao ano + TR (a metade do rendimento da poupança)? Neste caso, agora, talvez, não seja mais a melhor hora para jogar a toalha e desistir...

Enfim, mesmo que os índices se mantenham caindo - ainda estamos longe do fundo no auge da crise - abaixo de 7.000 pontos no DJIA, e para o Ibovespa falta muito para os 30 mil - existem papeis cotados por menos de seus VPAs. Entre parêntesis, o Valor Patrimonial por Ação: PETR4 (24,78), USIM5 (17,65), HYPE3 (10,82), GFSA3 (8,73)... só para citar alguns.

Sem me referir ao fatídico "preço-médio", para quem tem o perfil de holder, e acredita no longo prazo, caso tenha realizado lucro mais no alto, pode ser uma boa oportunidade para começar a remontar a carteira. Com objetivo de retorno a perder de vista... se até lá ainda estivermos vivos.

Saúde!!!


5.10.11

Petróleo e os royalties


Essa briga vai ser dura... em disputa os royalties de um petróleo que ainda nem foi extraído. É muito interesse em jogo, e os estados (e municípios) produtores devem perder, sendo obrigados a dividir suas receitas com o restante do Brasil, atendendo a vontade dos deputados que querem mostrar serviço para suas bases eleitorais - e de um governo fisiologista que faz de tudo para se manter no poder. Sempre entendi que um "acordo" é bom quando beneficia os dois lados. Nesse caso, o Rio de Janeiro não tem como sair ganhando, pois, na melhor das hipóteses (improvável, quase impossível) ficaria como está.

É tudo jogo de cena... o fato é que o mundo se encaminha (?) para um longo período de recessão global. E se a tendência de desemprego continuar, os povos vão deixar de consumir, e comércio não terá para quem vender. Some a isto, no Brasil, o sucateamento dos parques industriais, penalizados com o câmbio desfavorável e a concorrência dos produtos importados. Sem falar que o governo insiste nessa aposta do petróleo, enquanto o planeta busca outras fontes de energia para tornar a matriz sustentável. Difícil equacionar tudo.

Enquanto isso, as ações da Petrobras continuam desvalorizadas. Quem se importa? Depois da oferta pública, os que receberam dinheiro dos investidores já fizeram bom (?) uso deste capital. Agora não adianta chorar o óleo derramado!

Esse é o país da Partilha! O "Partido da Quadrilha". Deadline coming!