Plus500

11.10.11

Ocupação total




E as manifestações do povo americano contra a ganância financeira já extrapolaram Wall Street. "Zumbis corporativos" ocupam vários quarteirões de NY, e os reflexos disso se espalham no velho continente - assim como pelo mundo todo.


Menos aqui, país da marolinha, onde tudo é festa, lotam as ruas com passeatas a favor da liberação de droga, pela diversidade sexual, mas quando o movimento é contra a corrupção endêmica no poder, são raras adesões. E ainda programam as marchas no meio de um feriado, na beira da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Depois reclamam que tudo acaba em Carnaval...

Bom, sobre o mercado... dizer o quê? Não há muito a acrescentar, tento não ser repetitivo, mas não tem jeito. As bolsas continuam mal... agências de classificação de risco rebaixam bancos, economias, reduzem instituições a lixo, como os "compradores" (cadê eles?) podem fazer os índices voltarem a subir? Com os repiques, a especulação, na contra-tendência, levantando para bater, mais uma vez. Muito improvável crer em uma reversão iminente.

Cheguei a conclusão que minha preferência pela condição de trader é muito mais função de não acreditar no sistema (da forma que está) do que mera alternativa, ou perfil de investidor. Observo os movimentos macro, e procuro, dentro deles, além de diversificar o portfólio, entrar e sair sempre que possível, a fim de minimizar a exposição aos riscos. Entrar nas baixas, e girar para diminuir os custos. Vender no alto, e zerar sempre que o lucro for satisfatório, pelos mesmos motivos.

Contudo, mesmo sem ver sinais próximos de inversão definitiva da tendência - as bolsas podem até permanecer em queda - sempre haverá distorções. Por exemplo: quem ainda guarda cotas do FGTS-Petrobras deve estar desanimado com o drawdown... quantas vezes pensou em migrar suas aplicações para os convencionais 3% ao ano + TR (a metade do rendimento da poupança)? Neste caso, agora, talvez, não seja mais a melhor hora para jogar a toalha e desistir...

Enfim, mesmo que os índices se mantenham caindo - ainda estamos longe do fundo no auge da crise - abaixo de 7.000 pontos no DJIA, e para o Ibovespa falta muito para os 30 mil - existem papeis cotados por menos de seus VPAs. Entre parêntesis, o Valor Patrimonial por Ação: PETR4 (24,78), USIM5 (17,65), HYPE3 (10,82), GFSA3 (8,73)... só para citar alguns.

Sem me referir ao fatídico "preço-médio", para quem tem o perfil de holder, e acredita no longo prazo, caso tenha realizado lucro mais no alto, pode ser uma boa oportunidade para começar a remontar a carteira. Com objetivo de retorno a perder de vista... se até lá ainda estivermos vivos.

Saúde!!!


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