Plus500

19.10.11

Juros e dívidas


Hoje termina mais uma reunião do Copom. E deve haver outro corte nas taxas de juros. Isto é bom?

Depende do ponto de vista... para o aplicador em renda fixa, a remuneração de seus títulos vai diminuir, para o governo o custo de carregamento da dívida também. Mas isso não é o mais importante... na condução da política monetária vários fatores são determinantes no resultado. Uma pena que as decisões tomadas atualmente tenham um foco mais político do que técnico.

Em um cenário de redução do ritmo da economia mundial (com riscos de recessão), tudo indica que o Brasil não vai conseguir atingir suas metas de crescimento no PIB, assim como deve estourar qualquer previsão inflacionária.

Mas, algum tempo atrás, havia quem se vangloriasse de acabar com a dívida externa. Embora, em essência, o fato seja positivo, considerando que o câmbio oscilou bastante neste período, podemos questionar o momento em que isso foi feito em função da paridade do dolar com a nossa moeda.

Ainda acumulamos reservas, que hoje chegam à casa dos U$450 bilhões. Se isto será suficiente para blindar o país no caso de um agravamento da crise internacional é outra estória. A verdade é que a dívida pública mobiliária vem aumentando assustadoramente em valores nominais - embora na relação com o PIB, o que seria mais representativo, ela estava decrescendo. Mas as projeções para 2011 já mostram uma inversão desta tendência, justificada pela mudança cambial.

Tomando por base a variação da dívida, podemos observar que ela dobrou nos últimos 10 anos, enquanto os juros - que vinham diminuindo - voltaram a subir. Para um governo que gasta a maior parte do dinheiro com programas assistencialistas (apesar da notável redução da miséria, mais eleitoreiros do que sociais) em detrimento de investir em estrutura e serviços básicos para TODA a população, realmente ninguém tem dúvida de quem vai segurar essa conta.

Dívida externa, dívida interna... a dívida é ETERNA! Simplesmente impagável.

Como é ruim ter que ficar batendo na mesma tecla! E o pior é saber que nas próximas eleições muito pouca coisa deve mudar. Triste sina de um país que se esforça em não ir para frente.

Então, vai fazer o que com seu dinheiro? Ações, títulos públicos, moeda estrangeira... cuidado para não investir em coisas podres!

Quer saber mais números sobre a dívida pública

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