Plus500

15.4.20

Tombos do mercado

Todos sabem que as bolsas sobem de escada e descem de elevador. O ideal é comprar na hora que o mundo vai acabar e vender quando acham que vai subir pra sempre. Mas é muito difícil acertar o topo e o fundo, o que importa é estar dentro nas altas, vendido durante as quedas, e fora quando a tendência fica indefinida. A menos que consiga uma estratégia consistente até para os períodos de aumento da volatilidade.

Mesmo assim toda operação bem sucedida tem prazo de validade. E apesar do risco de errar, o uso dos stops ainda é a melhor proteção entre todas as defesas.

A diferença entre a mentalidade dos americanos e dos investidores do leste europeu é que os yankees querem entrar com all-in na operação boa, enquanto no velho continente uma operação quando boa não precisa que se arrisque todo capital. Enfim, o bom juízo recomenda nunca colocar todos os ovos na mesma cesta. Respeitando o money management, mesmo neste período de adversidades é possível encontrar oportunidades de bater o mercado, quem sabe recomprar aquilo que foi vendido acima de 100 mil pontos da B3

A bolha de vidro estourou com a expansão do vírus. Agora é juntar os cacos e usar a experiência adquirida para ganhar de novo os recursos que porventura tenha deixado neste colapso global. O mais importante é ter uma boa estratégia e seguir fiel ao planejamento dentro do seu timeframe. Circuit breaks ocorrem ocasionalmente, mas a sequência traumatiza. Mercado tem todo dia, quem estiver vivo pode aproveitar as próximas chances.

28.1.20

Segue o baile


 Com o Brasil abrindo novas fronteiras econômicas no Fórum de Davos, Paulo Guedes atraindo a atenção dos investidores internacionais, o Presidente fechando importantes e lucrativos acordos comerciais com novos parceiros, bolsa  beirando os 120 mil pontos, tudo indicando que a tendência de alta continua firme, as cotas dos fundos imobiliários não param de subir, opa!

Uma sopa de morcego em feira popular na China disseminou um problema que ainda não teve suas proporções dimensionadas. Entre a ignorância do que realmente acontece, e o pânico causado pelo medo das piores consequências, a gangorra do mercado tinha que pender para o outro lado.

Talvez, se não fosse o risco de uma epidemia global - já se falou até em plano de redução populacional, algum outro motivo qualquer poderia ser suficiente para segurar o ímpeto do bull market. Não se trata de gráficos ou análise fundamentalista, de teorias conspiratórias, o próprio acaso, a ação do homem, ou desígnios da natureza.

A verdade é que o Brasil não tem como se descolar do fluxo econômico mundial, o câmbio é perverso, e a possibilidade de isolar um dos maiores players do tabuleiro comercial afeta qualquer expectativa futura que já não vinha sendo muito auspiciosa no contexto macro, considerando também a estagnação da Europa e seus problemas migratórios.

A questão política americana e o fantasma, sempre alimentado pela mídia incendiária, de uma nova guerra mundial, com conflitos pontuais se intensificando, podem criar a faísca necessária para detonar o barril de pólvora. Mas tudo será muito menos do que conclamam os profetas do apocalipse. É com tempo ruim que se destacam os melhores navegantes.

Mercado é mercado há muitos anos. Oferta e procura. Euforia e pânico. Tem que subir, precisa cair, impossível prever seus movimentos. Bem sucedido é o investidor que consegue ajustar suas posições em tempo, mas, acima disso, mantém sempre uma estratégia consistente e flexível diante os solavancos habituais, usando os momentos de maior volatilidade para aproveitar as chances de potencializar seus ganhos e apropriar os lucros.

Afinal, o dinheiro só é nosso quando está no bolso. Enquanto estiver no risco é apenas valor contábil.