O Marco Aurélio publicou um artigo muito oportuno no MI:
Recomendo a leitura
AQUIApesar de focado na análise gráfica ele é muito bem fundamentado! E tem toda razão quando ressalva a necessidade de estabelecer um plano, dentro da aplicação do método, e executá-lo com extrema disciplina.
Eu venho há pouco tempo manifestando a intenção de, a partir de certo ponto, começar a compor uma carteira real. Isto não deve servir como incentivo ou estímulo a que outros façam o mesmo. Como o texto aborda, tudo deve ser feito de acordo com as possibilidades de cada um e expectativas de retorno em um determinado prazo.
Lembro, inclusive, há uns cinco (ou seis) anos atrás, quando estava almoçando em um restaurante, o mercado indicava claramente a possibilidade de uma correção, e encontrei um famoso e competente fundamentalista que me disse estar, na ocasião, comprando papéis mesmo sabendo que poderia perder no CP.
Eu não entendi e contestei tanto quanto os que hoje usam a mesma argumentação que ofereci na época. Por que não esperar para comprar ainda mais "barato"? De fato, ele poderia ter adquirido seus papéis a preços mais em conta, como também perdido a oportunidade de se beneficiar nos anos seguintes da forte valorização da bolsa. E, certamente, ele veio a multiplicar consideralmente o seu patrimônio tempos depois.
O ponto ideal, as mínimas, o fundo, são coisa "mágicas". Preço-médio para baixo é um contrasenso. Mas supondo que vc não vai "investir" todos os recursos de uma só vez, devido a entradas periódicas na conta, as compras escalonadas em pequenas quantidades podem servir como forma de capitalização para LP.
O risco existe até em aplicações de RF. Um banco quebrar, mudança na legislação, alteração nas taxas praticadas pelo mercado, perda de liquidez, tudo são fatores a serem considerados.
A verdade é que o mundo está entrando em uma séria recessão. Pode (deve) mesmo durar anos, as commodities irão certamente reajustar seus preços, os compradores vão se retrair, etc. Mas, neste ponto, o Brasil tem algumas características diferenciadas. Além de ser exportador (o que o faz se beneficiar com um câmbio mais realista) possui um consolidado mercado interno. E com o crédito - ainda baixo - em expansão, contrariamente ao resto das economias fortes que chegaram acima de seus limites.
Enfim, das crises surgem as novas potências econômicas, sejam nações ou empresas de vanguarda que vão se aproveitar de oportunidades. Como especuladores podemos ganhar o suficiente para comprar pizzas, organizar churrascos, trocar de carro... mas é investindo que se constrói fortunas.
Se a idéia é juntar capital para acertar a "grande tacada", muito bem! Que a natureza e as coisas correlatas conspirem a favor, e o dinheiro seja presevado até lá. Compras são sempre arriscadas, principalmente em renda variável. Mas o risco está embutido em toda atividade, inclusive na empresarial. Então saber lidar com ele e investir aos poucos aquilo que não vai ser utilizado e excede as despesas cobertas pela renda familiar é sempre uma alternativa.
Que todos possam se planejar para o prazo que objetivam colher seus retornos!
Abs ^v^
Continua no Fórum Monitor Financeiro
De volta para baixo dos 40k...
E assim a volatilidade continua a fazer seus estragos!