Parabéns, Seagull, pela forma objetiva e clara de comparar essas 2 situações de compra, uma seca de opção ( L46 por 1,20) e outra com trava de alta (+L44 - L46) com o mesmo desembolso.
Também ficaram bem evidenciados os riscos diferentes entre elas, risco maior na compra a seco e limitado na outra. Claro que isso decorre das respectivas probabilidades de ganho, ilimitada na compra a seco e limitada na trava.
Afinal, todas as expectativas das operações com opções são diretamente proporcionais aos riscos assumidos.No entanto, e se me permite - tenho certeza que sim - parece comportar algum reparo a conclusão de que a escolha por uma identificará o comportamento técnico de quem escolher a trava ou a postura de jogador de quem optar pela compra a seco.
Não me parece correta essa afirmação. A escolha de uma delas simplesmente decide o grau de risco a assumir.
Não é a escolha da operação que revela perfil de jogador ou não. O que caracteriza o viés de aposta é a alavancagem, a fixação de quantidades incompatíveis com níveis de riscos sensatos normalmente suportáveis pelo patrimônio de quem está operando.
O mercado de opções tem nitidamente as características de pano-verde, de jogo dissimulado. Evidencia isso, por exemplo, a proporção - ou desproporção - entre quantidade à vista negociada na ação, hoje cerca de 3 milhões, e o total das opções, mais de 50 milhões.
Esse não é um mercado de hedge que serve subsidiariamente como jogo para alguns; pelo contrário, é, infelizmente, um mercado de jogo que serve eventual e pontualmente para uns poucos fazerem hedge.
As ultimas estatísticas da Bovespa não deixam dúvida quanto a isso, informam que as instituições financeiras (que dizem, no puro chutômetro, serem as campeãs de hedge) são responsáveis por cerca de apenas 7% do volume das opções, enquanto as pessoas físicas respondem por quase 80%.
Considerando-se ainda que normalmente cerca de 50% dos contratos em aberto se referem a posições descobertas, com grande concentração no núcleo-duro das mais líquidas, portanto as de maior risco, e tem-se aí mais um foco a evidenciar o caráter apostativo, sic, desse mercado dito soberano, será mesmo?
Tomei a liberdade de expôr mais uma vez este meu polêmico ponto-de-vista porque tenho convicção absoluta de que você me entenderá e o receberá como uma forma franca, sincera, de expor minha opinião e não a terá, tenho certeza, como uma provocação ou insinuação de desrespeito pela sua corretíssima exposição comparativa de duas modalidades de compra.
Por oportuno, registro não ter nada contra o mercado de opões, que opero segundo meu jeitão e meus limitados parcimoniosos objetivos, e o faço partindo da premissa - que pode perfeitamente não ser verdadeira, mas aceito-a como tal - de que estou participando de um jogo de alto risco e de velocíssimo vencimento, 30 dias voam e voam em condições de risco tais quais às dos nossos aviões nos céus desses brasis, inseguro até nas vias aéreas...
Ao bater teimosamente nessa tecla simplesmente deixo consignado um registro para quem sabe servir de alerta para os novatos no mercado, porque iniciante deve iniciar investindo em ações, só em ações e quem sabe pensar em opções somente depois de um estagiozinho de no mínimo 5 anos em que tenham ocorrido grandes ganhos e grandes perdas e quebras.
Soa paradoxal constatar-se comportamentos ditos bem-intencionados oferecendo a iniciantes proteção e tutela não solicitada, ao mesmo tempo que são atraídos precocemente para o jogo das opções, com comprometimento de despesas operacionais mensais desproporcionais e desnecessárias para um estágio incial.
Boa noite, gentem, e bom descanso.
Também ficaram bem evidenciados os riscos diferentes entre elas, risco maior na compra a seco e limitado na outra. Claro que isso decorre das respectivas probabilidades de ganho, ilimitada na compra a seco e limitada na trava.
Afinal, todas as expectativas das operações com opções são diretamente proporcionais aos riscos assumidos.No entanto, e se me permite - tenho certeza que sim - parece comportar algum reparo a conclusão de que a escolha por uma identificará o comportamento técnico de quem escolher a trava ou a postura de jogador de quem optar pela compra a seco.
Não me parece correta essa afirmação. A escolha de uma delas simplesmente decide o grau de risco a assumir.
Não é a escolha da operação que revela perfil de jogador ou não. O que caracteriza o viés de aposta é a alavancagem, a fixação de quantidades incompatíveis com níveis de riscos sensatos normalmente suportáveis pelo patrimônio de quem está operando.
O mercado de opções tem nitidamente as características de pano-verde, de jogo dissimulado. Evidencia isso, por exemplo, a proporção - ou desproporção - entre quantidade à vista negociada na ação, hoje cerca de 3 milhões, e o total das opções, mais de 50 milhões.
Esse não é um mercado de hedge que serve subsidiariamente como jogo para alguns; pelo contrário, é, infelizmente, um mercado de jogo que serve eventual e pontualmente para uns poucos fazerem hedge.
As ultimas estatísticas da Bovespa não deixam dúvida quanto a isso, informam que as instituições financeiras (que dizem, no puro chutômetro, serem as campeãs de hedge) são responsáveis por cerca de apenas 7% do volume das opções, enquanto as pessoas físicas respondem por quase 80%.
Considerando-se ainda que normalmente cerca de 50% dos contratos em aberto se referem a posições descobertas, com grande concentração no núcleo-duro das mais líquidas, portanto as de maior risco, e tem-se aí mais um foco a evidenciar o caráter apostativo, sic, desse mercado dito soberano, será mesmo?
Tomei a liberdade de expôr mais uma vez este meu polêmico ponto-de-vista porque tenho convicção absoluta de que você me entenderá e o receberá como uma forma franca, sincera, de expor minha opinião e não a terá, tenho certeza, como uma provocação ou insinuação de desrespeito pela sua corretíssima exposição comparativa de duas modalidades de compra.
Por oportuno, registro não ter nada contra o mercado de opões, que opero segundo meu jeitão e meus limitados parcimoniosos objetivos, e o faço partindo da premissa - que pode perfeitamente não ser verdadeira, mas aceito-a como tal - de que estou participando de um jogo de alto risco e de velocíssimo vencimento, 30 dias voam e voam em condições de risco tais quais às dos nossos aviões nos céus desses brasis, inseguro até nas vias aéreas...
Ao bater teimosamente nessa tecla simplesmente deixo consignado um registro para quem sabe servir de alerta para os novatos no mercado, porque iniciante deve iniciar investindo em ações, só em ações e quem sabe pensar em opções somente depois de um estagiozinho de no mínimo 5 anos em que tenham ocorrido grandes ganhos e grandes perdas e quebras.
Soa paradoxal constatar-se comportamentos ditos bem-intencionados oferecendo a iniciantes proteção e tutela não solicitada, ao mesmo tempo que são atraídos precocemente para o jogo das opções, com comprometimento de despesas operacionais mensais desproporcionais e desnecessárias para um estágio incial.
Boa noite, gentem, e bom descanso.
Um comentário:
mico,
suas pertinentes colocações e a maneira gentil que se refere a mim, muito me honram e complementam de forma maestral a idéia que tentei passar.
De forma simplificada, não me ative às quantidades operadas, muito menos ao money-management, que vc bem enfatizou, e nunca pode ser desprezado.
Eu me restringi ao conceito do risco e a avaliação da conveniência entre travar ou entrar com tudo no seco (no game= all in)... mas pelo visto, repercussão e quantidade de mensagens por email que recebi, peço a vc (e a todos) que nos ajudem a desenvolver este tema com mais profundidade.
O tópico está aberto:
Operações com derivativos!
Um grande abraço e muito obrigado.
Marcio Relvas - Seagull ^v^
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