31.3.10
18.3.10
Bolsas voando alto (até demais)
Então os juros permaneceram como estavam, tanto nos EUA como aqui... por enquanto. A decisão do Copom não foi unânime e deixou indicada essa tendência de aumento para a partir de abril...
Isso SE o juízo do próximo presidente do BC e o conselho monetário não se deixarem influenciar por questões políticas. Até lá a RF continua pagando aquela merreca e a bolsa fica no rame-rame, congestionada, no alto, com toda pinta de distribuição. Mas lá fora o mercado se mantém firme, e isso pode ser bom para a Bovespa. Como sempre dizem... é o soberano!
Aquela queda do IG foi, de certa forma, fácil de antecipar, a recuperação nos 30k mais ainda... e é sempre mais tranquilo operar comprado em ações quando estamos perto do fundo. A maior dificuldade está em trabalhar os índices, nestas alturas, e acertar as pontas com a volatilidade. Sendo tiro curto não tem grandes riscos, segue o TS e deixa o stop armado... vai beliscando aos pouquinhos, pelas beiradas e buscando somar na conta. Se errar encerra o trade rápido e parte para outra, que o saldo ainda permanece favorável.
E na questão de position, em se tratando de bolsas ( índices como INDFUT, S&P, etc) eu concordo com quem acha que o perigo de ficar vendido é menor: nenhuma notícia bombástica - descoberta de novos poços, minas de ouro, diamantes, ou até a cura do cancer - pode causar um gap no dia seguinte a ponto de quebrar um trader (desde que não tenha lançado descoberto em opções). Já estando comprado, sempre pode acontecer algo "apolcalíptico" (Xô coisa ruim!) levando o mercado a abrir com uma fenda do tamanho do Grand Canyon... e se disparar os CBs complica mais ainda.
Enfim... aquelas palavras mágicas e salvadoras:
Controle de risco e manejo no tamanho da posição !
Resumindo: Money Management rules!
Abs ^v^
17.3.10
Juros: ontem e hoje
Fed manteve sua taxa inalterada e declarou que os juros ainda devem permanecer baixos por muito tempo; hoje sai o veredito do Copom: há quem aposte em aumento de 0,25% na Selic, e outros que acham que isso só vai acontecer em abril...
O fato é que nos EUA não tem mais como descer abaixo de zero, e aqui um novo viés está sendo estabelecido. Estimam a taxa básica acima de 11% no ano que vem... se isto já está precificado?
Lembrei do nosso amigo Fabio Bispo e as suas mensagens sobre correlação inversa entre juros x bolsa... o dinheiro que entrou no país foi para a RV, e agora com esses números da inflação estourando a meta? Para nós, o que vale é calcular o retorno em termos de ganhos reais, mesmo sendo a nossa taxa nominal uma das maiores do mundo. Para os estrangeiros, então, considerando o baixo risco dos títulos do Tesouro, o lucro é certo e líquido!
16.3.10
Sobre os Royalties do petróleo
Essa discussão não faz o menor sentido... coisa de políticos... e palanques! O marco é do petróleo (que já existe) e não apenas para o pré-sal (ainda um projeto). Hoje temos um modelo em que os estados produtores são beneficiados.
Acho que, quando houver mais o que distribuir, que seja feito de forma justa, sem necessariamente, tirar aquilo que cada estado já tem direito. Agora, supostamente, querer igualdade para todos, tornaria o rateio desproporcional, e abriria brechas para má aplicação dos recursos. Pior ainda se seguirem essa emenda "Ibsen" que adota critérios dos fundos de participação dos Estados e Municípios, onde o principal produtor receberia menos do que os outros, aumentando ainda mais a distorção. Muitos interesses ocultos estão em jogo.
Nosso povo é ignorante e acomodado, vai cair nesta estória de que as Olimpíadas ficam inviáveis sem a verba... e as escolas, hospitais e segurança pública que cada estado precisa?
A riqueza é do país, mas o objetivo desta celeuma é mais político (e eleitoreiro) do que uma questão de finanças. O governo está muito mais para populista do que voltado ao social. Tudo parece marketing de campanha, e o dinheiro mesmo a gente sabe para onde eles querem levar...
Fomc e Copom
Mercado começou o dia bem. Ásia, Europa e futuros americanos em alta moderada.
Nos EUA o número de novas casas e de permissões para construções foi positivo, acima das expectativas. Mas os fatos marcantes serão mesmo as decisões do Fed, com seu devido pronunciamento, e o início da reunião do Copom.
Espera-se ainda pela manutenção dos juros entre 0 e 0,25% pelo Fomc, mas o foco estará voltado para as indicações futuras que podem vir.
E aqui, as novidades não são novidades... a Petro anuncia outro poço, rs. Destaque tb nos últimos pregões para os papeis da MILK, após o anuncio de acordo com o grupo GP.
O dia na Bovespa tem tudo para um novo teste aos 70k. Os futuros já estão com +0,40%, aos 69700...
Bons trades a todos.
12.3.10
Marolinha
Então o resultado do PIB ficou negativo em 2009... eu acreditava desde o início da crise que ficar no 0x0 seria lucro.
Parece que ter encarado a crise como apenas uma marolinha foi sério erro de avaliação. Um belo registro para ficar no histórico do governo Lula, a primeira recessão desde 1992... quando o Collor entrou no lugar do Sarney - o mesmo que hoje comanda e loteou o Senado, e será novamente o eventual sucessor do presidente em caso de afastamento deste.
Mas resultados passados ficaram para trás. Os números do último trimestre já indicam uma boa retomada do crescimento. Resta saber se a economia mundial vai continuar dentro da perspectiva atual. Como as coisas mudam, a verdade de agora pode não ser a mesma amanhã... o que estamos vendo no Chile é que depois do terremoto devastador, vários outros abalos secundários continuam ocorrendo na região. E o alerta de tsunami está sendo acionado a cada nova sacudida.
O cenário hoje é outro... as notícias bem mais favoráveis, mas tudo pode mudar, dentro deste contexto globalizado. O Brasil está melhor preparado, o incentivo ao consumo - através dos estímulos fiscais - fez com que o mercado interno compensasse a queda nas transações comerciais, embora a poupança tenha ficado penalizada e o nível de endividamento da população bastante elevado.
Se tudo correr bem daqui para frente, a queda do PIB está assimilada... caso a situação piore na Europa, EUA e/ou China, teremos mais dificuldades, principalmente se o Meirelles deixar o BC, e a política monetária ficar nas mãos da "ala" desenvolvimentista, totalmente focada nas eleições deste ano.
Abs ^v^
11.3.10
PETR4 - Petrobras PN
"Após fechar o trade do pivot de baixa com lucro, agora parece estar consolidando mudança de sentimento no mercado, para bullish, com o gold cross das médias curtas.
O trader agressivo que opera position já pode cogitar posição comprada no fechamento da semana. No entanto estamos próximos do topo anterior, o que pode sugerir volatilidade nessa área. Então ficar de olho no controle de risco." ...
Pois é... apesar de, na maioria das vezes, as duas principais bluechips (Petr e Vale) andarem juntas, ultimamente, com o spread relativo entre elas beirando 1,3, talvez agora não fosse um mal momento para estudar uma arbitragem.
Embora as operações com pares seja mais eficiente considerando ações da mesma empresa (ONxPN) ou até papeis de um setor específico - caso possuam fluxos de caixa semelhantes - sabemos que muita gente gosta de alternar as posições da mineradora com a estatal de petróleo.
Muito burburinho envolvendo a Petrobras não é bom, mas sendo a empresa que é, com tantas perspectivas favoráveis (mesmo admitindo o óleo como uma fonte poluente e passível de substituição na matriz energética), ela fica sujeita a todos estes fatores políticos, que podem ser questionáveis, mas acaba sendo peça importante no marketing do governo, com consequente influência no comportamento dos preços.
Sempre há chance de anunciarem novos(as) "poções" mágicos(as) para turbinar o caldeirão de notícias!
9.3.10
S&P e bolsas internacionais
O S&P500 bateu ontem de volta nos 1.140, coincidentemente próximo ao último topo... e acomodou.
Se a maioria dos gráficos em tempos diários da Bovespa insinuam a formação de um OCOI(zinho?), o que parece estar querendo se desenhar no semanal do SPX é justamente um OCO(zão!).
Hoje as bolsas do mundo inteiro abriram fracas: Na Ásia, o SSEC subiu 0,5%, e os demais índices ficaram no vermelho, em baixas moderadas. A Europa opera em queda, com o anúncio do maior deficit da história da Grã-Bretanha, FTSE -0,59, DAX -0,42 e CAC -0,41 no momento. Os futuros americanos também negativos: SP -0,33, Nasdaq -0,29.
Vamos ver se alguma coisa extraordinária inverte esta tendência que se anuncia hoje para o intraday.
8.3.10
Panorama na pre abertura dos mercados
Bolsas da Ásia positivas com destaque para Nikkei e Hang Seng, em alta acima de 2%. Europa morna ainda com as expectativas de ajuda da França à Grécia, e a possibilidade de que o problemas não contaminem outros países do continente. Futuros americanos indefinidos, por hora estáveis, mas ainda sujeitos à volatilidade.
No cenário doméstico, pesa o aumento da inflação, com alta no IGP, IPC e seus derivados, o que está levando o governo a considerar a possibilidade de subir os juros já na próxima reunião do Copom. A equipe economica está bem dividida entre os monetaristas e desenvolvimentistas. Quem vai ter voz mais ativa nessa disputa, considerando que estamos em ano eleitoral?
Portanto, vamos ficar atentos à esta faixa de congestão do Bovespa, levando em conta a alta expressiva das blue chips - em detrimento das small caps - nas últimas sessões, muito em função da valorização nas commodities, e da proximidade do vencimento de opções. Podem ate puxar mais um pouco na abertura e causar um calor nos vendidos, mas uma resposta deve vir em contraponto.
Lembrando que são quase 40M em descobertas na VALEC46 e C48, e o nível de aluguel da PETR4 também está acima de 60M.
Abs ^v^
4.3.10
E eu nem falei da China, mas...
A queda de quase 2,5% no SSEC nesta madrugada não foi movida apenas pelos problemas na Europa, com o efeito que um calote da Grécia pode causar ao mercado, e suas consequências, caso outros países sigam na mesma linha.
O Banco Industrial da China (BIC, rs?) previu um crescimento menor do crédito. Os temores quanto a esse tema influenciaram as ações de instituições financeiras da região. Segundo matéria do Estadão, a abertura do Congresso Nacional do Povo chinês, no encontro anual de cerca de 10 dias, pode ser a oportunidade para uma apreciação do yuan. Com objetivo de conter a expansão econômica, uma revalorização da moeda poderia ainda ser o sinal para o aperto da taxa de referência de um ano, que é calibrada pelo PBOC (o banco central chinês), atualmente em 5,31%.
Além disso, existe o risco de a economia chinesa enfrentar um hard landing ainda neste ano, fazendo com que a economia, depois de registrar um crescimento da ordem de 12%, passe a experimentar uma expansão do PIB de apenas um dígito.
Não pensem que chinês enxerga menos por ter os olhinhos puxados... ;-|
Fatos e cenários do mercado - Atualização
Mercado abriu para cima - até como uma forma de compensar a correção do final de pregão ontem, mas sem muita força, pode devolver os ganhos iniciais e até inverter a tendência ao longo do dia. Questiona-se a sustentabilidade desta recuperação na economia em contraponto com o tamanho da onda de alavancagem que está movendo os mercados em cima de expectativas.
A Ásia refletiu o final da sessão no Ocidente e as bolsas fecharam em queda. Shangai caiu 2,38%. Na Europa, após o encaminhamento de uma solução para Grécia, que vai exigir um esforço no controle dos gastos públicos e medidas para organizar suas finanças, o BC europeu manteve a taxa de juros em 1%.
Ainda há preocupações para que outros países do bloco não corram o risco de dar calote em suas dívidas. O nível de trabalho nunca esteve tão em baixa na Espanha, e agora a França vê sua taxa de desemprego atingir os dois dígitos.
Contudo, o dia em Wall Street iniciou mais tranquilo, com os futuros dando sinais de estabilidade. O Livro Bege não trouxe novidades mas deu um alento. O consumo melhorou ligeiramente e a atividade industrial se fortaleceu. A utilização da mão de obra permanece fraca, assim como o setor de imóveis continua debilitado, devido tb ao maior rigor imposto para concessão de financiamentos, que acabaram reduzindo o volume dos empréstimos. E assim o sistema financeiro volta a sua vulnerabilidade, com os bancos menores ficando pressionados pela baixa liquidez. Como o foco principal de Obama parece estar mais concentrado em agilizar a aprovação das reformas dos planos de saúde, o mercado fica em compasso de espera por uma melhor definição do cenário economico.
As commodities operam no vermelho, depois de um rush na busca por ativos de maior segurança. Óleo e metais estão em queda, assim como no câmbio, o euro perde valor em relação ao dolar.
Aqui, a cautela continua sendo a palavra de ordem, enquanto a Bovespa estiver encaixotada nestas alturas. Trades curtos e baixa exposição permanecem como as linhas estratégicas mais indicadas, NMHO.
Abs ^v^
1.3.10
Bolsa de Pindorama
É público que eu acho pouco útil analisar a Bovespa sem confrontá-la com os demais mercados. Mas estamos de novo na casa dos 67k... já foi, voltou, fez que ia, que não vai, e continuamos por aqui!
Intimamente eu não descartei uma nova investida até o último topo (ou mesmo chegando ao TH), daí minha cautela e estado permanente de alerta quando ao próximo price action que virá. A volatilidade está aumentando, e o mais racional é tentar seguir o tendência, ficar de olho nessa congestão (nas alturas, apostar é um perigo), principalmente com todos esses acontecimentos que vão completar o mosaico do mercado financeiro.
No MP, eu ainda acredito em uma queda mais expressiva, quando as melhoras da economia ficarem mais claras, levando os juros a uma retomada (a inflação já está dando sinais de vida), com a consequente maior procura pelo dolar, novas realizações na RV , e migração do capital para os titulos americanos. E nem falei sobre a China...
Acho mesmo complicado tentar enxergar depois da curva, além do alcance dos meus olhos...
Portanto, minha estratégia ainda é permanecer no curto... e grosso!
Abs ^v^
É para que o Meirelles adie seus planos políticos e decida continuar à frente do Banco Central.
Mas a mosquinha está zunindo na sua orelha... hoje sai a decisão mais importante para a economia do país.
Caso ele resolva concorrer a algum cargo eletivo, nossa política monetária vai ficar mais "política" ainda...
Cruzem os dedos!