28.12.11
Vai subir!
26.12.11
Para onde vai nossa riqueza?
22.12.11
Acendem-se as luzes
Presentes? Este é o lado comercial da festa, totalmente dispensável. Fartura à mesa... que todos tenham o que comer durante o ano inteiro. Saúde para vivermos com qualidade. Educação que nos permita compreender o mundo. Paz entre os povos do planeta (afinal, somos um só!). Que o mercado se consolide e encontrem uma solução factível para os problemas financeiros e econômicos dos EUA e Europa de forma a que o mundo volte a prosperar. Mas o que resume o espírito de Natal é o AMOR... e o objetivo maior: a FELICIDADE!
Meus sinceros e melhores desejos aos amigos.
^v^
14.12.11
E o rally de Natal...
9.12.11
Mais um indicador
8.12.11
Análise Estatística: Reversão à Média
Você já se encontrou na seguinte posição:
Está comprado em determinado ativo, os preços ao longo de vários dias começam a cair, dia após dia, até o momento em que aquilo que foi ganho a custo de meses se perde em uma fração desse tempo.
Nesse momento existem dois tipos de raciocínios comumente usados:
2) Não é possível que depois do preço ter caído por tanto tempo, ele continue caindo. Ficarei comprado esperando a correção do preço.
Bem, nenhum dos dois raciocínios está necessariamente certo ou errado. Saber com certeza quando uma queda ou alta de preços entrará em reversão ou manterá seu movimento é o Santo Graal de qualquer mercado financeiro, e assim permanecerá por muito tempo, pois tal certeza é impossível.
Mas isso não significa que nós não podemos nos divertir tentando. Então vamos fazer uma análise sobre um experimento. Olhe para este gráfico, o que você vê?
Se você disse que esse é o nosso IBOV desde 1998, parabéns você acertou! Embora eu me pergunte sobre quais são as implicações desse fato sobre a sua vida social... Ao mesmo tempo raciocínio análogo poderia ser feito sobre a minha vida dado que sou eu escrevendo agora num domingo à tarde, mas esse é assunto para outro artigo improvável.
Poderia se dizer que esse é um gráfico de um ativo com tendência de longo prazo de preço crescente com várias oscilações ao redor dessa média, ou expresso em outro gráfico, poderia se dizer que esse gráfico também poderia ser visto assim:
Repare que sempre que o IBOV está abaixo da linha vermelha, que é a sua linha de crescimento médio, ele eventualmente cruza ela para cima. E sempre que está acima ele cruza ela para baixo. Isso sinaliza uma tendência de reversão à média? Será que o IBOV como indicador direto de mercado financeiro, e indireto da economia apresenta um comportamento dócil no longo prazo com oscilações em curto prazo? E se sim, seria possível operar em cima disso?
Vamos fazer uma simulação rápida.
Simulação
Vamos pegar os dados de fechamento do IBOV (A) desde 1998 até 2010.
Para toda essa série será interpolada uma função exponencial (B), o que significa uma reta estando o gráfico em escala log.
Para cada dia teremos A/B. Quando essa razão ficar abaixo de PC (Patamar de Compra) nós ficaremos comprados, quando ficar acima de PV (Patamar de Venda) ficaremos vendidos.
Hipóteses: Ordens limitadas, ausência de custos transacionais, liquidez perfeita.
Resultados
Qual o ganho que seria obtido para vários valores de PC e PV?
Os resultados estão expressos em G/N.
G = ganhos em múltiplos (quantos R$ você teria se tivesse começado com R$1)
N = Número de operações realizadas no período
PC\PV | 1.1 | 1.2 | 1.3 | 1.4 |
0.6 | 26.5 / 7 | 60.7 / 7 | 82.4 / 7 | 107 / 7 |
0.7 | 16.2 / 7 | 39.1 / 7 | 53.7 / 7 | 70.5 / 7 |
0.8 | 7.4 / 7 | 19.9 / 7 | 28.3 / 7 | 37.9 / 7 |
0.9 | 6.9 / 9 | 12.4 / 7 | 18.0 / 7 | 24.6 / 7 |
A pior combinação rendeu ganhos de 6,9x, o que é equivalente a estratégia neutra de ter ficado comprado em IBOV durante o período.
“Uau! Então essa é uma estratégia que apresenta ganhos bem superiores aos ganhos da média do mercado com freqüência inferior a uma operação por ano? Finalmente poderei me aposentar aos 40 anos com minha esposa e filhos numa mansão no Havaí e um mordomo chamado Clemêncio?”
Não tão rápido, existe uma hipóteses implícita na maneira como foi feita a simulação. Repare que a cada dia eu divido o valor de fechamento do IBOV pelo valor da sua curva interpolada, só que essa curva foi interpolada com base em todos os dados do IBOV até 2010. Mas antes dessa data eu não teria esses dados e, portanto não teria essa curva. Essa simulação nada mais fez do que pegar dados passados e otimizar dentro de um determinado modelo.
Novo experimento
Para analisar essa estratégia sem esse erro será necessário ter uma referência usando os dados até um determinado momento apenas. Ou seja, se eu estou em 23/06/2007, eu só posso usar os dados que possuo até hoje, então a minha interpolação deverá ser feita até hoje e atualizada dia após dia, conforme eu recebo novas informações.
Ela continuará a ser feita com uma função exponencial, mas agora os seus parâmetros serão ajustados ao final de cada dia, todo dia. De maneira que ao final de cada dia teremos um valor de referência (curva interpolada) que nos dará o melhor valor até então. A nova curva fica assim:
Antes de fazer uma nova simulação, vamos ver se os dados nos apontam para algum lugar.
Análise
Primeiro vamos ver se existe alguma relação entre a variação do preço do dia seguinte (D+1) e com a nossa razão A/B (preço de fechamento hoje / preço fechamento de referência):
Análise por coeficiente de regressão linear (R): R < 1%, parece que não.
Vamos ainda usar esses dois valores (var D+1, A/B) e calcular a variação média de “var D+1” para dentro de certos intervalos de A/B. A média será calculada usando média geométrica.
intervalo de A/B |
| |
< | 0.7 | 0.36% |
0.7 | 0.8 | 0.02% |
0.8 | 0.9 | -0.22% |
0.9 | 1 | -0.09% |
1 | 1.1 | 0.14% |
1.1 | 1.2 | 0.00% |
1.2 | 1.3 | 0.26% |
1.3 | 1.4 | 0.09% |
1.4 | > | -0.01% |
Também não há nenhum padrão identificável nessa tabela. Se houvesse tendência de reversão à média do IBOV ele deveria apresentar valores claramente decrescentes nessa tabela.
Para satisfação de curiosidade vamos ver qual seria o ganho obtido com o novo modelo de referência usando a simulação feita no começo do artigo.
PC\PV | 1.1 | 1.2 | 1.3 | 1.4 |
0.6 | 0 / 7 | 0.32 / 6 | 1.15 / 6 | 2.94 / 6 |
0.7 | 0 / 6 | 0 / 6 | 0 / 6 | 0.51 / 6 |
0.8 | 0 / 9 | 0 / 8 | 0 / 6 | 0 / 6 |
0.9 | 0 / 9 | 0 / 8 | 0 / 6 | 0 / 6 |
* Os campos onde aparece ganho = 0 significam que se teria perdido todo o dinheiro, isso aconteceria em qualquer momento onde se ficasse vendido enquanto o preço dobrasse.
Conclusão
O que aprendemos com tudo isso? Que muitos números e gráficos fazem a cabeça doer? Também, mas o principal é que é necessário muito cuidado quando se for analisar determinada estratégia de operação baseada em simulação com dados passados. O cuidado deve ser empregado em se usar dados apenas quando estes apareceram no tempo, fazer simulações usando um parâmetro que foi otimizado em toda a escala temporal e depois aplicado numa simulação regressiva tem um nome: Otimização.
Otimização é ótima quando se está brincando com algum experimento teórico e se quer ver números gigantescos, mas é extremamente perigosa quando se procura por parâmetros de operação que serão usados no presente. Se for simular uma operação da data X até data X+n, verifique se em qualquer data intermediária você está usando apenas dados existentes até então!
Bruno Peruchi
Dúvidas, críticas e sugestões: bruno.peruchi@hotmail.com
Artigo publicado originalmente no Monitor Investimentos
7.12.11
Produto Interno Bruto
Além da queda no ritmo das indústrias, que diminuiu a importação de máquinas - fazendo a balança apresentar um saldo favorável no 3º trimestre, a redução mais sensível foi no consumo das famílias. Tudo como previsto... aos primeiros sinais da crise internacional, com o governo trabalhando firme pela sucessão do Lula, houve um incentivo ao consumo irresponsável para manter os índices de crescimento dentro das expectativas (deles!).
Em um momento onde o mais sensato seria fomentar a poupança interna para períodos de maior dificuldade, o que se viu foi um estímulo aos gastos, com redução do IPI em diversos produtos (carros, linha branca, etc), queda dos juros e prazos de financiamentos mais dilatados - chegaram a oferecer pagamento em 60 vezes para alguns casos.
Em decorrência disso, hoje, passados 2 ou 3 anos, a renda familiar de boa parte da população está completamente comprometida com os parcelamentos assumidos a perder de vista. Sem falar que os juros cobrados pelos cartões e cheques especiais continuam exorbitantes, beirando o absurdo, quando se trata de uma economia em busca de estabilização.
Quem salvou a lavoura, literalmente, foi a agropecuária, que cresceu 3,2%... caso contrário o resultado seria ainda pior. Apesar das áreas de plantio terem se reduzido, a mandioca (também conhecida como macaxeira, aipim...) deve apresentar uma expansão na casa dos 7%, segundo o IBGE. Tomara que não seja um prenúncio de onde o povo vai se sentar no futuro.
Junte ao descontrole nos gastos públicos, o loteamento de cargos nos principais escalões, as despesas com barganhas políticas entre os partidos da base aliada - para aprovação do polêmico Código Florestal e o projeto de construção de hidrelétricas na Amazônia (incluindo Belo "Monstro"), a disputa pelos royalties do petróleo - porque compartilhar o vazamento de óleo e os prejuízos ambientais com o Rio de Janeiro ninguém quer, novas e seguidas denúncias de corrupção, desvios de verbas, propinas exigidas de ONGs, queda de ministros, e a protelada reforma no governo, fica fácil constatar que a maré não anda muito boa em Brasília.
Do outro lado do planeta e no hemisfério norte, no grupo antes conhecido como Primeiro Mundo, os países desenvolvidos também sentem os reflexos da retração na economia global. Depois de tirarem o triple A dos EUA, agora as agências de classificação de risco "ameaçam" rebaixar 15 (quinze) economias da "zona" do Euro. O que Grécia e Itália têm a ver com França e Alemanha? Vai sobrar pra todo mundo! Enquanto isso, continuam tentando fazer as bolsas subirem (artificialmente?)...
É impressionante... apesar de situações econômicas e culturas tão distintas, misturaram tudo no mesmo saco. Bem fez o Reino Unido, que aderiu à comunidade mas manteve a libra esterlina como sua moeda. Ainda assim não está imune... nem a "Pound".
Juntaram os maiores bancos centrais para tentar cobrir o rombo da Europa. Essa contabilidade é maquiada com números inventados, ou vivemos - assim como o mundo parece virtual - uma economia fictícia? Hoje a riqueza é representada pela evolução do PIB... e com a tendência da produção mundial indicando queda, vai faltar lastro.
Enfim, mesmo com os pedidos de empréstimo por parte do FMI, o Brasil ainda possui U$ 450 bilhões em reservas... isso dá uma sensação de conforto no início, mas é pouco se levarmos em conta a quantidade de dinheiro que os EUA já colocaram no mercado para segurar a crise.... o volume impresso pelas casas da moeda permite qualquer mágica contábil. A fatura com a cobrança virá, mais cedo ou tarde.
Faz tempo que venho recomendando uma estratégia defensiva de forma a proteger o patrimônio. E continuo tranquilo... ainda mais com o Mantega afirmando que a desaceleração é passageira... então o problema só pode estar nos tripulantes dessa "nave" Brasil.... Pindorama, Ilha de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz... Credo!
Como temos (?) muita sorte, no final vai dar tudo certo! Assim espero.
28.11.11
Bright Black Friday
10.11.11
As ruínas do berço da civilização
A estabilidade do euro continua seriamente ameaçada com a situação econômica da Grécia e Itália (sem falar em Irlanda, Espanha, Portugal...), e os reflexos se estendem por todo mundo globalizado. Mas o buraco é mais embaixo. Adaptando o ditado: sempre foi difícil agradar a gregos e "romanos", não seria agora com "Paparoulas" e "Berluscornos" da vida que a coisa iria funcionar direito.
Até a nata está em polvorosa, com Obama e Sarkozy sendo flagrados pela escuta de um microfone supostamente desligado quando falavam mal do premier de Israel, Benjamin Netanyahu, que anda louco (literalmente) para atacar as bases nucleares do Irã, enquanto este país continua enriquecendo urânio, sabe-se lá para que fins. Ahmadinejah deve ser o próximo a cair. Mas quem está livre disso?
As bolsas que não são... embora no Brasil, onde tudo pode acontecer, a Bovespa que já vinha ensaiando uma recuperação, insiste em destoar (mas não descolar) do mundo civilizado. Sim, porque aqui não tem essa de "moeda podre", dívidas impagáveis, os políticos são honestos...
Se até o Nem, chefe do tráfico na Rocinha, considerada a maior favela da América Latina, foi preso ontem enquanto fugia escondido na mala de um carro, escoltado por policiais civis e militares, conduzido por advogados e um funcionário do consulado do Congo (???) que chegou a alegar imunidade diplomática para não ser revistado, isto pode ser considerado um sinal de mudança dos tempos.
Sabe com quem está falando? Pois é, o povo ainda não sabe votar, e precisa urgentemente aprender a arte de se mobilizar. Não adianta pedir pelos estudantes baderneiros da USP, UNB, fazer passeatas contra a corrupção, marchas pela liberação de drogas ou por opções sexuais distintas. Tudo é uma questão de poder!
Mas será que ministro do trabalho só deixa o cargo abatido por balas de canhão? Disso - e de Halloween - a presidenta (sic) entende muito bem... que o diga o ex-indestrutível responsável pela pasta dos esportes. Chega mais, quem é o próximo da fila? Vamos esperar pela reforma do governo.
Política é um assunto podre, apesar da boa atuação (que grata surpresa) do Romário na câmara. Ele pode ainda não ser como deputado o craque que foi na grande área, mas ainda assim parece um arauto dos bons costumes. Fala Baixinho, é melhor ter a língua presa do que o rabo. O resto dos parlamentares querem é dinheiro e aparecer.
Podem aparecer... como o (des)governador do Rio, que só aparece na boa, em viagens à Paris, jatos particulares, ou helicópteros na Bahia - dessa ele escapou! Agora resolveu mostrar as caras e gastar dinheiro público fazendo um escarcéu contra a perda nos royalties do petróleo pelo seu estado-produtor.
Sendo assim, viva os sobreviventes. E eu ainda acredito que o nosso país passe bem (apesar dos pesares) por mais esta etapa da crise mundial.
26.10.11
Let's make money!
Vejam esse vídeo com um pequeno trecho do documentário, e pesquise por outros do mesmo autor na internet.
19.10.11
Juros e dívidas
14.10.11
Gestão Racional do Patrimônio
Nos últimos anos o que mais tem preocupado a cabeça dos investidores é a crise econômica. Dentre idas e vindas, tsunamis e "marolinhas", percebe-se que a situação é mesmo grave, e a possibilidade do mundo, iminentemente, mergulhar em um período de recessão mais profunda talvez seja o cenário mais plausível. E o que os cidadãos comuns podem fazer para buscar a melhor defesa do seu patrimônio?
Uma gestão equilibrada dos recursos. Mas para isso não existe uma regra geral, cada perfil demanda uma análise diferente e individualizada, em função dos objetivos pessoais, situação financeira, e principalmente, tolerância ao risco. Já passou da hora de refletir e tomar decisões importantes para a saúde dos negócios e bem estar das famílias.
Em um contexto "normal", para quem administra o patrimônio de forma conservadora, deve-se procurar manter uma distribuição equilibrada dos assets. Investimento é aquilo que gera renda, então preservar o cargo na empresa é o melhor a fazer neste momento, já que o salário é o provedor de boa parte da receita que custeia os nossos gastos cotidianos. Considerando que a estabilidade no emprego é coisa do passado - o que vale é o "trabalho" - os empreendedores, comerciantes e empresários também devem usar toda cautela no planejamento de seus negócios.
Enquanto os juros (reais) estiverem altos, muito capital estrangeiro ainda vai aportar em nossas praias atrás dos elevados rendimentos da renda fixa. Entretanto, depois da mudança de governo, a autonomia do Banco Central ficou reduzida, e mesmo com a perspectiva de que as metas inflacionárias não serão cumpridas, a taxa de juros já começou a fechar, seguindo determinação da maior autoridade monetária atual - o próprio Palácio do Planalto.
11.10.11
Ocupação total
5.10.11
Petróleo e os royalties
É tudo jogo de cena... o fato é que o mundo se encaminha (?) para um longo período de recessão global. E se a tendência de desemprego continuar, os povos vão deixar de consumir, e comércio não terá para quem vender. Some a isto, no Brasil, o sucateamento dos parques industriais, penalizados com o câmbio desfavorável e a concorrência dos produtos importados. Sem falar que o governo insiste nessa aposta do petróleo, enquanto o planeta busca outras fontes de energia para tornar a matriz sustentável. Difícil equacionar tudo.
Enquanto isso, as ações da Petrobras continuam desvalorizadas. Quem se importa? Depois da oferta pública, os que receberam dinheiro dos investidores já fizeram bom (?) uso deste capital. Agora não adianta chorar o óleo derramado!
Esse é o país da Partilha! O "Partido da Quadrilha". Deadline coming!