Diversificação da carteira Para o investidor é importante desenvolver um planejamento financeiro para poder alcançar seus objetivos de longo prazo. Uma estratégia para seleção de ativos fundamentada e com disciplina é o melhor guia para definir metas pessoais e determinar qual seria a carteira mais apropriada para cada situação.
Historicamente, possuir diversos ativos em um portfolio reduz significativamente a volatilidade no tempo. O propósito de uma alocação de ativos é conciliar seus objetivos, horizonte de investimento, tolerância ao risco e situação financeira atual à composição da carteira que atenda suas necessidades.
Em princípio, quanto mais conservador, maior a parcela dedicada aos investimentos de renda fixa. Quanto mais agressivo, maior a exposição aos mercados de renda variável. Entretanto, a moderna gestão de fundos e carteiras consegue diminuir as diferenças de relação risco-retorno desses dois tipos de investimento por meio do uso de derivativos.
Derivativos são instrumentos financeiros sofisticados, cujo valor se baseia em outro ativo, os quais propiciam a montagem de estratégias de proteção ("hedge") ou de alavancagem (maior rentabilidade e exposição ao risco). O mercado futuro de índice da BM&F e as opções de compra de ações, na Bovespa, estão disponíveis para atender a estas finalidades.
O caminho para o sucesso e vida longa no mercado
Uma vez cientes de como funciona o Mercado, devemos partir de uma linha onde tenhamos o maior acesso às informações que nos interessam. E assim, filtrando por assuntos, buscar uma compilação de tudo aquilo que possa ser útil em sua aplicabilidade na prática. Desprezar os "inputs" que só atrapalham e nos levam a hesitação. O controle emocional é tão precioso quanto o conhecimento.
A verdadeira sabedoria não é o conhecimento de tudo, mas o conhecimento do que na vida é necessário, o que é menos necessário e o que é completamente desnecessário saber. (Conde Leon Nikolaievitch Tolstoi)
Então, depois de conhecer o funcionamento do mercado, o segundo passo é ESTUDAR o máximo possível tudo que esteja relacionado a ele, para definição das estratégias. Dentre muitas, considero a Análise Técnica uma boa ferramenta de orientação nas tomadas de decisão. Sendo bem acompanhados, os gráficos tendem a proporcionar uma sensível melhora no resultado das operações, além de estabelecer boas indicações dos limites para assumir riscos e encerrar investidas frustadas.
É claro que um estudo fundamentalista, que ateste a boa saúde financeira e o nível de governança corporativa da empresa em questão, deve ser considerado antes de aplicar os recursos com base apenas nas indicações gráficas de um ativo qualquer.
Feito isto, vamos para a fase seguinte: a SIMULAÇÃO. Existem diversas maneiras de testarmos o que foi aprendido. Com certeza, simular "trades" não é o mesmo que operar, pois quando simulamos não existe o fator emocional. Mas, mesmo assim, é importante treinar, e quanto mais treino, melhor preparados estaremos. Um bom treinamento é fazer o chamado “Paper Trading”. Isto significa operar de forma simulada, registrando tudo em um papel, através de uma planilha, ou mesmo um blog pessoal, que podem até facilitar o seu acompanhamento. Mas a questão em si não é a forma como anotar, e sim de fazer os registros.
A próxima fase seria realizar um PLANEJAMENTO OPERACIONAL, definindo qual o capital disponível, e que percentual deste montante aplicar em cada investimento. Entrar no mercado sem um plano estabelecido é estar sujeito a ter vida curta na bolsa. É melhor ter um plano ruim, do que nenhum plano. Sem uma linha de atuação clara, é estar aleatóriamente ao sabor da tendência do mercado.
Escolhido seu plano, vamos agora passar a parte da EXECUÇÃO de fato. Começar com pouco dinheiro facilita bastante no aspecto emocional. Qualquer estratégia vencedora pode não funcionar se não for bem operacionalizada. E isto engloba desde a montagem da operação, seu efetivo acompanhamento, a necessidade de efetuar eventuais ajustes, e o mais importante: o fechamento do “trade” com a realização do lucro e apuração do resultado. Ficar calculando ganho contábil e não fechar a operação, correndo o risco de devolver o lucro para o mercado, não pode acontecer. Seguir à risca os pontos definidos no planejamento. Na execução quanto menos pensar melhor. A hora é de agir! Quem preferir garantir um ganho programado que satisfaça as expectativas, deve colocar no bolso quando obtiver a valorização desejada, mas a opção de deixar fluir a favor enquanto estiver na mão certa, e estancar logo o primeiro revés quando bater no "stoploss" é sempre a melhor atitude.
E assim estaria encerrado todo o ciclo? Negativo! Ele será sempre realimentado com as informações e experiências obtidas no processo anterior, e retomado novamente do ponto inicial: o ESTUDO e a busca pela ampliação do conhecimento. Um ciclo sem fim!
Só assim podemos evoluir consistentemente e nos mantermos ativos e motivados para enfrentar estes desafios diários e em um mercado totalmente desestruturado (isto no sentido de não haver regras que possam garantir o seu próximo movimento), porém cada vez mais profissionalizado e dotado de mecanismos de segurança para garantir e preservar a participação do pequeno investidor pessoa física, o maior combustível do mercado e responsável por grande parte de sua liquidez!