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27.5.07

Diversificação dos Investimentos

Não coloque todos os ovos na mesma cesta
Luis Carlos Ewald

Com as taxas tupiniquins em ritmo de baixa, o dólar em queda livre, e as Bolsas de valores registrando índices recordes dia após dia, vale voltar ao assunto da diversificação da carteira de investimentos para acalmar os eufóricos de última hora.

E é aí que mora o perigo, pois a diversificação dos investimentos é fundamental para a diluição dos riscos, ainda mais que é sabido que “quanto maior o lucro, maior o risco”. Deve-se, então, planejar uma cesta de investimentos que defina uma estratégia global para proteger a poupança de toda uma vida, com um sortimento de produtos econômico-financeiros tal que o risco seja definido como o mais adequado.

Senão, vejamos: a caderneta de poupança é considerada um investimento de baixíssimo risco e agora está novamente prestigiada, mas teve um dia que uns malucos destemperados tascaram-na e ficou muita gente “a não ver navios”. Foi um trauma que certamente mudou o comportamento de todas as gerações presentes ao triste evento, o qual além do mais não deu certo. E, então: não era seguro? Era, foi até devolvido o montante com reajuste, para os que restaram vivos, física ou financeiramente...

E os imóveis, não são bens de raiz, como dizem? São, mas, além da baixa liquidez, estão literalmente sujeitos às intempéries, tanto estruturais e físicas, como econômicas, e do que jeito que andam as coisas podem até ser invadidos. E o dólar, que todo mundo achava que era ótima aplicação, totalmente garantida? Olha só no que deu...

Daí, meus amigos, que é bom ouvir a razão e relembrar os sábios ditados que dizem que “cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”. Não se deve arriscar, donde “não colocar todos os ovos na mesma cesta!”.

Para os dias de hoje, não é difícil planejar e diversificar estruturalmente seus investimentos. Basta simplesmente dividir as atenções para quatro segmentos básicos, em partes aproximadamente iguais em valor investidos: imóveis, ações, renda fixa e o saldo em caderneta de poupança e dólar.

Os imóveis pequenos, que têm grande procura, numa economia que torcemos para chegar à uma estabilidade sustentada, tendem a buscar uma rentabilidade até no entorno de 1% ao mês, como proprietário. Pode-se também aplicar em fundos imobiliários e afins.

As ações, como se sabe e já mostrado em vários artigos anteriores, são um grande negócio, desde que compradas para longo prazo, na baixa, sem euforia, com a carteira selecionada e acompanhada, mais ou menos a cada seis meses, por assessores. Entrar no barco da euforia atual pode ser um risco muito grande...

As aplicações em renda fixa, explorando-se a concorrência entre os bons fundos ainda dão um razoável retorno no contexto atual, se pesquisar e procurar as menores taxas de administração. Se for muito alto o valor envolvido, uma assessoria de um “private bank” pode direcionar para um bom CDB ou criar um fundo exclusivo.

O que sobra, deixar em poupança e um pouquinho em dólar, não faz mal a ninguém e completa o quadro. A poupança tem a vantagem de não pagar IR e poder ser transferida na hora para a conta corrente, e depois de três meses fica isenta da mordida da Contribuição Permanente sobre Movimentações Financeiras.

O dólar tem liquidez total, pode ser vendido até mesmo depois do horário bancário e ainda permite que se tenha a alternativa de se sentir superior visitando os States ou mesmo os hermanos na Argentina...

Um comentário:

Seagull disse...

Grande Zara,

Sobre este tema eu prefiro um artigo ainda da época do MF, que faz uma abordagem um pouco diferente.

Não que este texto publicado não tenha sua valia. Mas trata de forma elementar a questão, sendo indicado para os mais iniciantes no mercado.

De qq maneira, como nunca é demais falarmos sobre educação financeira, vou então, republicá-lo a seguir como um novo tópico.

Abs ^v^