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14.6.07

E com o dolar barato...

Consumo interno foi carro-chefe do PIB no 1º trimestre

O crescimento de 6% no consumo das famílias no primeiro trimestre de 2007 ante igual período do ano passado foi o maior apurado pelo IBGE desde o primeiro trimestre de 2000. Esse foi o 14º resultado positivo trimestral consecutivo. Claudia Dionisio, técnica da coordenação de contas nacionais do IBGE, explica que a expansão no consumo foi conseqüência do aumento da massa salarial real e do crescimento nominal de 24,6% do saldo de operações de crédito do sistema financeira para pessoas físicas. O aumento da renda disponível bruta no país do primeiro trimestre do ano passado para igual período de 2007 fez com que, mesmo com o aumento do consumo, a taxa de poupança (poupança bruta/PIB) também crescesse. Segundo o IBGE, a taxa de poupança foi de 17,4% no primeiro trimestre de 2007, acima da taxa de 16,4% do primeiro trimestre do ano passado.

Câmbio – A valorização do real impediu que a taxa de investimento (Formação Bruta de Capital Fixo/PIB) ficasse acima dos 17,2% apurados pelo IBGE no primeiro trimestre de 2007. Como o cálculo da taxa é feito a partir de valores nominais correntes, o preço dos produtos acaba influenciando no resultado final. Com as importações de bens de capital crescendo muito, os preços mais reduzidos acabaram impedindo um aumento maior da taxa. Mesmo com essa limitação, a taxa do primeiro trimestre deste ano foi igual à do primeiro trimestre de 2006 e manteve-se como a maior para um primeiro trimestre desde 2001. Essa foi a influência mais visível do câmbio nos dados do PIB do primeiro trimestre. Não é possível afirmar que a queda do dólar tenha efeitos negativos sobre o PIB.

Importações – A taxa de crescimento das importações mais uma vez superou a das exportações e manteve contribuição negativa do setor externo para o PIB no primeiro trimestre deste ano, como já vem ocorrendo desde o primeiro trimestre de 2006. No primeiro trimestre de 2007, ante igual período do ano passado, as exportações de bens e serviços cresceram 5,9%, enquanto as importações aumentaram 19,9%. Os destaques das importações foram bens de capital e bens de consumo não-duráveis. Mesmo que as importações tenham sempre contribuição negativa para o cálculo do PIB, por outro lado contribuem positivamente com a maior oferta de bens em geral, como máquinas e equipamentos.

2 comentários:

Seagull disse...

Com os dados do PIB sendo divulgados - houve um crescimento de 4,3% no trimestre em relaçõa ao mesmo período no ano passado - mesmo abaixo da expectativa do mercado, nota-se que a industria vem perdendo espaço para o setor de prestação de serviços (financeiros e telefonia foram os destaques).

Devido a um real altamente apreciado a economia vem se voltando cada vez mais para o mercado interno, reflexo das dificuldades encontradas pelos exportadores com a situação do câmbio.

Cresceu o PIB, mas ainda não convenceu...

Anônimo disse...

Mas o PIB não pode convencer com o dólar barato.

Ou a gente quer o PIB para nós ou para os outros.

O notebook é barato por causa do dólar barato.

Com um dólar alto, o notebook deixa de ser barato e o PIB cresce, é óbvio.

Quem ganha?

O "seu Gerdau"?

O PIB argentino cresceu 8%, mas tomou 12% de inflação.(dizem que a inflação é administrada)

Cresceu ou inflou?

?????

Pimon