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17.1.07

Grau de Investimento distante

Fitch: Brasil não deve ser grau de investimento em 2007 - AE
Baixo crescimento econômico e elevado peso da dívida sobre o PIB são principais entraves apontados pela agência de risco
A Fitch Ratings divulgou ontem um relatório onde diz que "é improvável que Brasil e Colômbia sejam promovidos ao grau de investimento no curto prazo, por causa de seu nível de endividamento elevado. O crescimento do PIB do Brasil, que tem sido menos dinâmico do que o dos países de rating equivalente, limita a velocidade à qual ele pode reduzir sua pesada dívida".
Sobre o Brasil, a Fitch notou melhoras ocorridas nos últimos dois anos nas áreas externa e fiscal. "Além disso, o quadro robusto de políticas do governo brasileiro é, talvez, uma característica que o país compartilha com nações com grau de investimento. Isso resultou em inflação mais baixa - mais baixa mesmo que a da Rússia -, em uma taxa de câmbio menos volátil e em um crescimento do superávit primário do governo. No ano passado, o governo superou sua meta de superávit primário, apesar da desaceleração econômica.
Para a Fitch, "o desempenho do Brasil em termos de crescimento é consideravelmente mais fraco do que o da maioria dos países com grau de investimento e restringe a capacidade do país de superar seu problema de dívida. A taxa de investimento permanece baixa, em 21% do PIB, o que resulta em parte das taxas de juro reais elevadas, alta carga tributária e fluxo limitado de investimento estrangeiro direto (apenas 1,6% do PIB em base anual). Da mesma maneira, o investimento parece ser menos eficaz em comparação com alguns outros países latinos, que têm mostrado crescimento maior com níveis similares de investimento".
A agência acredita que "um crescimento maior poderia ser obtido no Brasil se mais reformas estruturais fossem aprovadas, incluindo a redução da carga tributária, reforma trabalhista, o relaxamento de restrições do lado da oferta, incluindo os problemas de infra-estrutura, e melhoras no cenário regulatório e legal. A independência do Banco Central poderia consagrar ainda mais a credibilidade da política monetária, reduzindo, com isso, as taxas de juro reais".

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