Mas, destes dados, o que teria mais peso para o mercado de ações. Acreditam que a baixa da inflação serioa a senha para anteciparem os cortes nos juros americanos. A queda nas construções tb indica que os financiamentos não estão compensando nestes níveis... ou seja, havia de fato motivos para os discursos otimistas do Bernanke no Congresso!
O problema é se os imóveis começarem a perder valor de verdade. Aí a coisa pode ficar feia, pois nos EUA tem muita gente se financiando com a valorização imobiliária.
Seria uma recessão...
Tem um estudo que mostra que, em períodos de recessão, as bolsa - de lá - cai em média 28%. Voltaríamos aos 10K, mais ou menos.
(Pra mim me parece até curiosa essa alta toda, quase uma "exuberância irracional". Não seria justamente uma "preparação" para quando vier a recessão o mercado poder perder 25/30 por cento, sem no entanto perder o suportão dos 10K e, consequentemente, se manter em alta no longo prazo?)
ps: isso são considerações para um tempo maior, não para o mês que vem.
Sinceramente, acredito que antes do Bush deixar o governo a coisa fica feia. Essas fusões e aquisições e a consequente valorização dos ativos lembra bastante o cenário pré-87.
O título deste post foi plagiado de um artigo homônimo do L. C. Mendonça de Barros, publicado há uns dois anos.
Na época ele alertava principalmente para os déficits gêmeos.
Note que a cada ano surge um fator que poderia desencadear um mini-crash.
04/05 - déficts gêmeos 05/06 - alta do petróleo 06/07 - bolha imobiliária
Como não acontece nada e os ativos continuam subindo, a gente vai esquecendo, mas a bomba está ali. Hoje por exemplo, pouco se fala dos déficits ou do que o petróleo nesse patamar representa para a economia mundial... É como a questão cambial no Brasil: a gente já se acostumou com o dólar nesse preço e só vai se dar conta do estrago quando for tarde demais... Depois posto uma entrevista do FHC sobre o assunto.
1. Havia divisão no governo sobre câmbio, um grupo falando uma coisa, outro grupo falando outro. Como não havia consenso, nem segurança sobre os efeitos de uma correção do câmbio, acabava criando um impasse interno.
2. Externamente, todos os analistas diziam que não deveríamos desvalorizar o câmbio. Internamente, toda a imprensa e quase todos os analistas repetiam isso. Eu acreditei.
3. Havia um grupo pequeno de analistas apontando os erros do câmbio. Mas, dentro do dia a dia do governo, os alertas chegavam muito mais como idéia fixa daqueles “chatos insistentes”.
4. A situação do Lula, hoje em dia, é semelhante à que chegamos em 1996. O quadro econômico está aparentemente tranqüilo, então não há pressões por mudanças no câmbio. Os únicos que reclamam do câmbio são os “chatos insistentes”.
5. Com isso, ele irá empurrando com a barriga até que estoure uma crise mais adiante que obrigue à mudança. Se eu, que tinha mais conhecimento que ele, não fui capaz de entender esse processo, ele menos ainda.
Eheheh... nem esquenta com estes lapsos de digitação. O importante é que a mensagem foi coerente e claríssima.
A euforia deve-se ainda à enorme liquidez mundial, liderada pelos EUA. Não adianta tentar evitar correlações. O mundo está cada vez mais globalizado... queiram ou não.
E é quase certo que o Bush não faz seu sucessor. Mesmo que invente um ataque ao Irã!!! O cultivo do medo para governar como "salvador" já não tem tanta eficácia.
Com a liderança democrata, muita coisa ruim vai emergir das sombras deste governo hipócrita, que impôs um crescimento artificial sem medir as consequências. A bomba fica para o próximo. Hillary? Acho que não será nada hilário o desdobramento desta política errônea! :-(
7 comentários:
Em compensação, a inflação veio OK.
Estamos ligados e sintonizados... :-)
Mas, destes dados, o que teria mais peso para o mercado de ações. Acreditam que a baixa da inflação serioa a senha para anteciparem os cortes nos juros americanos. A queda nas construções tb indica que os financiamentos não estão compensando nestes níveis... ou seja, havia de fato motivos para os discursos otimistas do Bernanke no Congresso!
Abs ^v^
Seu raciocínio é correto, Seagull.
O problema é se os imóveis começarem a perder valor de verdade. Aí a coisa pode ficar feia, pois nos EUA tem muita gente se financiando com a valorização imobiliária.
Seria uma recessão...
Tem um estudo que mostra que, em períodos de recessão, as bolsa - de lá - cai em média 28%. Voltaríamos aos 10K, mais ou menos.
(Pra mim me parece até curiosa essa alta toda, quase uma "exuberância irracional". Não seria justamente uma "preparação" para quando vier a recessão o mercado poder perder 25/30 por cento, sem no entanto perder o suportão dos 10K e, consequentemente, se manter em alta no longo prazo?)
ps: isso são considerações para um tempo maior, não para o mês que vem.
Sinceramente, acredito que antes do Bush deixar o governo a coisa fica feia. Essas fusões e aquisições e a consequente valorização dos ativos lembra bastante o cenário pré-87.
"as bolsa"
Que coisa feia! "a bolsa"
Só complementando:
O título deste post foi plagiado de um artigo homônimo do L. C. Mendonça de Barros, publicado há uns dois anos.
Na época ele alertava principalmente para os déficits gêmeos.
Note que a cada ano surge um fator que poderia desencadear um mini-crash.
04/05 - déficts gêmeos
05/06 - alta do petróleo
06/07 - bolha imobiliária
Como não acontece nada e os ativos continuam subindo, a gente vai esquecendo, mas a bomba está ali. Hoje por exemplo, pouco se fala dos déficits ou do que o petróleo nesse patamar representa para a economia mundial... É como a questão cambial no Brasil: a gente já se acostumou com o dólar nesse preço e só vai se dar conta do estrago quando for tarde demais... Depois posto uma entrevista do FHC sobre o assunto.
FHC em entrevista ao Nassif, sobre o câmbio:
1. Havia divisão no governo sobre câmbio, um grupo falando uma coisa, outro grupo falando outro. Como não havia consenso, nem segurança sobre os efeitos de uma correção do câmbio, acabava criando um impasse interno.
2. Externamente, todos os analistas diziam que não deveríamos desvalorizar o câmbio. Internamente, toda a imprensa e quase todos os analistas repetiam isso. Eu acreditei.
3. Havia um grupo pequeno de analistas apontando os erros do câmbio. Mas, dentro do dia a dia do governo, os alertas chegavam muito mais como idéia fixa daqueles “chatos insistentes”.
4. A situação do Lula, hoje em dia, é semelhante à que chegamos em 1996. O quadro econômico está aparentemente tranqüilo, então não há pressões por mudanças no câmbio. Os únicos que reclamam do câmbio são os “chatos insistentes”.
5. Com isso, ele irá empurrando com a barriga até que estoure uma crise mais adiante que obrigue à mudança. Se eu, que tinha mais conhecimento que ele, não fui capaz de entender esse processo, ele menos ainda.
Eheheh... nem esquenta com estes lapsos de digitação. O importante é que a mensagem foi coerente e claríssima.
A euforia deve-se ainda à enorme liquidez mundial, liderada pelos EUA.
Não adianta tentar evitar correlações. O mundo está cada vez mais globalizado... queiram ou não.
E é quase certo que o Bush não faz seu sucessor. Mesmo que invente um ataque ao Irã!!! O cultivo do medo para governar como "salvador" já não tem tanta eficácia.
Com a liderança democrata, muita coisa ruim vai emergir das sombras deste governo hipócrita, que impôs um crescimento artificial sem medir as consequências. A bomba fica para o próximo. Hillary? Acho que não será nada hilário o desdobramento desta política errônea! :-(
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