Plus500

17.5.08

Asset allocation

Qual a alocação ideal entre Renda Fixa (RF) x Renda Variável (RV).
Eu gostaria de colocar tudo em RV, até porque tudo que poupei é para longo prazo.

Li uma matéria no NYT baseada num estudo publicado na Financial Services Review, dos profs. Harold Scleef e Robert Eisenger, da Lewis & Clark College, simulando (com dados do mercado americano) portfolios de investimento de 30 anos, dados de 1926 a 1986.

Os resultados, considerando um aporte de US$11.000/ano:
- partindo de 78%(RV)x22%(RF) aos 35 anos, chegando a 40%(RV)x60%(RF) aos 65 anos, existe apenas 29% de chance e acumular US$1 milhão no período. E esta carteira teria chance de 62% de atingir apenas US$750k.

- fazendo a alocação inversa, partindo de 40%(RV)x60%(RF), chegando a 78%(RV)x22%(RF), a probabilidade de chegar a US$1 milhão, sobe a 45%! E teria 70% de chance de chegar a R$750k.

O que explica a diferença é a tal da volatilidade dos mercados. Se levar azar, e entrar num TH, ferrou. Mas se tive sorte e entrar numa baixa, é só alegria!

Bom, verdade que são dados do mercado americano, e que é tudo meramente exercício de estatistica e matemática, mas o resultado é exatamente o inverso daquilo que me ensinaram a vida inteira. Pra pensar.....

3 comentários:

Anônimo disse...

Acho que deve ser isso mesmo, Seagull.

O x questão é que como modelo estatístico, o estudo deve pegar o ganho médio.

No mercado, pra ganhar dinheiro, é necessário estar acima da média...

pop

Seagull disse...

Wil,
sua postagem foi excelente sob o ponto de vista matemático (estatístico) considerando o cenário americano. E olha que o período de amostargem foi dos anos 20 até 1986.

Apesar das mudanças no mercado, e a grande fase de prosperidade que vivenciamos nos anos 90 e início do sec XXI, o resultado teórico parece não diferir do observado na prática.

Digo isto pois uma das pessoas (próximas) que mais admiro - dentro dos padrões normais do ser humano - é o Zarautz.

E em recente almoço que tivemos no Jockey Club, ele me confidenciou exatamente isto: enquanto manteve suas aplicações em RF, sua filha "ousou" em operações mistas contemplando a RV. Não sei bem qual foi a ponderação do patrimonio (embora ele seja essencialmente adepto dos treasuries) o comparativo entre a rentabilidade de ambos mostrou que houve quase um empate técnico.

Claro que o tempo de amostragem não foi maior do que 15 anos (pouco para considerar toda uma vida produtiva) mas não deixa de ser emblemático.

E ao final da mensagem vc fez uma ressalva de extrema importância neste contexto... o timing!

Se entrou em um "fundo" e ganhou durante todo um ciclo de alta, é festa no céu! Mas caso contrário, até recuperar a renda perdida com as correções...

Enfim, a diversificação e portabilidade do patrimonio, a devida alocação dos recursos no tempo certo, são fundamentais para apuração do resultado.

Considerando o mercado brasileiro onde os ganhos (e talvez a volatilidade) são maiores, a coisa pode diferir um pouco... mesmo no "buy and hold", sem especular, pode ser que uma carteira composta por Vale e Petro tenha superado qualquer taxa bem acima do CDI nos últimos anos.

Mas ninguem garante que isto vai durar para sempre.


Pop, quem escreveu a postagem foi o Wilson (wil123) a quem cabe os créditos e méritos por levantar tão relevante questão.

Que isto o incentive a cada vez escrever mais! ;-)

Abs aos dois!

Marcelo disse...

Opa, foi mal Wilson!