Plus500

25.12.06

A CVM deu de presente ao mico o maior mico do saco de Noel!!!

E agora aja, mico, e haja saco, mico!

Gentem, por essa vocês não esperavam, nem eu.

Tô que tô viciado em escrever abobrinhas tangenciando o mercado, porque dele nada entendo e por isso deixo para os amigos virtuais a responsabilidade de avaliá-lo, analisá-lo, esculachá-lo, exaltá-lo, chutá-lo e outros á-los e ou alôs que não vem ao caso, nem por acaso nem por descuido.

Natal, data maior da cristandade, animos serenados, solidariedade farta mesmo onde "farta", sic, tudo, paz em todos os espíritos, de tudo, de todos e pra todos só se espera troca de congratulações e desenhos robustos de votos de felicidades, paz, saúde, harmonia e afins, enfim.

E num é que num cenário pacífico desses a respeitável autarquia parece que está confundindo mico com macaco!!! ou então tão achando que mico é apelido de algum gorila...

Surpresa, enorme surpresa pro mico, eis que às vésperas do bom Natal a CVM houve por bem, tudo mal pra mim, presentear-me com uma correspondência confidencial, com direito a carimbo exaltando tal condição de sigilo, entrega rápida Sedex, recibo recibado no AR devido, só faltou exigirem firma reconhecida do documento comprobatório da intimação consumada.

Hesitei, sem êxito, em abrir o dito cujo imediatamente, pois não tinha conhecimento das consequências legais e que tais de tal ato à toa, situação jurídica que recomenda a presença de assessoria advocatícia competente a fim de que se evite, por grave erro formal, infringir mais dispositivos legais do que a eficiente CVM pode interpretar ou aplicar.

A dúvida persistiu ainda por um bom tempo, abro, não abro, vou abrir, vou não, coidiloco, sô, eta trem ruim de decidir decididamente...Vou pedir ajuda a um causídico bem caustico que não economize os cascos se isso for necessário para defesa do réu mico.

Parei, tentei pensar, e como todas as vezes em que tento pensar nas coisas do cassinão fiquei com uma dor-de-cabeça desgraçada.

Matutei, matutei de novo, rematutei, remasterizei a matutagem inicial e por mais esforço que tenha feito não conseguia imaginar qual a causa de uma confidencia tão formal por parte de gloriosa CVM, a ponto de mandá-la sedexmente com AR e tudo o mais de direito. Será que agí torto?

Será que estou processado pelas mensagens postas nos fóruns da vida virtual.Se for por causa das bobagens e da quantidade delas, estou flaudido, vou ser condenado à morte e executado no pano-verde do cassinão111%.

Será que a vida do mico está em jogo, no jogo ou jogada às traças? será que o mico vai virar pó propriamente dito?

Pô, mico, vai abrir essa confidêncial ou não vai? pombas você é o destinatário, tem o livre arbítrio de abrí-la a qualquer hora, ou até não fazê-lo, mas não tem o direito de nos colocar nessa expectativa enervante e impaciente tal qual passageiro da Tam em aeroporto brasileiro.Tá bem, em respeito aos leitores prometo-lhes abrir imediatamente. Não sem antes dizer-lhes que o desconforto da situação preocupante não impediu que o mico sentisse um fiozinho de vaidade, de orgulho, por ter tido a honra de ser alvo de tão importante órgão fiscalizador e zelador do bom nome e dos bons negócios do mercado bursátil.

Quanta honra, quanta vaidade exalada, embora azarada, quanto ego inchado...

Inobstante a espada de Dâmocles, decidi abrir o objeto misterioso, pensei em fazê-lo em plena ceia para demonstrar à criançada que o mico velho também era lembrado e presenteado pelo velho do saco vermelho, só que com uma missiva de encher o saco...

Pronto, abri, agora não reclamem mais, nem menos.O presente é uma intimação para explicar porque fiz uns pífios e insignificantes, até então, negócios com opções, transações de quantidades irrisórias consumadas no século passado, exatamente em 1.999.

Ah! seo mico, tenha jeito, serve geito mesmo, se manca, hoje é dia de respeito, num vem com gozação não, desde quando a impoluta CVM vai se preocupar em gastar recursos administrativos de monta e gabarito para intimar um mico que, dizem os cães, só opera no virtual, só nos fóruns da sardinhada?

Não, gentem, manos eu não estou brincando não, antes estivesse, pois saibam tantos quantos este virem ou dele conhecimento tiverem (esta parte me está sendo ditada pelo escrivente-ditador aqui da floresta...) que além de intimar o animal a explicar por que fez as operações, com base em que tipo de análise, (será que eles acham que uso aquele método dos "centavinhos"?), se as fiz por conta e risco próprio ou se a elas fui induzido ou se recebi de outrem sugestão para executá-las, se estou ou estava ligado à corretoras, se nelas já trabalhei, etc, etc e bota etc nisso, além disso tudo acena com uma multa diária de 1.000 reau por dia que atrasar na apresentação dos esclarecimentos.

Já lhes adiantei que não me lembro nem do que comi no café da manhã, se é que comi algo, e que nem lembro qual a última cagada que fiz no recinto próprio, pois pode até ter acontecido de eu ter esquecido de lá ir para consumá-la.

Então como vou lembrar das causas, motivos, fundamentos que me levaram às operações? é brincadeira de mau gosto, né não, oceis num acham?

Como a maioria, no bom sentido literal, dos amigos do fórum, não tenho contador que as tenha registrado em livros próprios, autênticados nas Juntas Comerciais, para receber assentos dos negócios ultimados, com guarda da documentação por 10 anos ou tantos quantos suficientes para configurar a prescrição.Sou um animal comum, igual a vocês, com todo o respeito, e decido meus negócios pelo famoso jeitão, patente registrada pelo mico, ou com base no Jornal Nacional e ainda com a ajuda dos filosóficos apontamentos dos engraxates do quiosque da BM&F.

É verdade que vez ou outra entrei em contato, via cipótel, com o amigo Black, que também utiliza dos serviços dos profissionais dos shoes... para decidir sobre uns deltas que haviam tomado muita cana misturada com gamma e ficaram bebados como umas vacas que levam bois pros brejos....

Mas o contato foi normal, regular, dentro dos parâmetros sabiamente delineados pelas autoridades mercadantes, digo, disciplinadores do mercado, nada havendo de desvio de conduta, de desvio padrão ou de desvio para evitar uma agulhada do Didi, que dizem está bolando um gráfico com uma média folha-seca, que cai de repente no gol inimigo.

No mercado só tenho amigos, percebi que os tenho até na inestimável CVM, e só me surpreendi com a maneira pouco protocolar e muito menos frugal de se lembrarem de mim nas festas natalinas. Não achei graça alguma.

Eu acho que a esta hora, contando-se o prazo dia à dia, hora à hora, o mico já deve estar sendo garfado com a primeira multa de 1 mil reau. Vou ter que alavancar minhas travas complexas e perplexas da petro para ganhar também para pagar as multas.

Gentem, num é mole não, a coisa tá braba, a coisa tá preta, quem não for filho de Deus, tá na unha do capeta.Apesar do cenário tenebroso ainda curto uma longa esperança, tipo brasileira e di-grátis, de que amanhã o amarelinho do Sedex traga uma mensagem dando o dito ao mico como não dito, deixando o mico em paz.

Até de repente, gentem, continuarei aqui no mesmo local, mesmo horário e mesmo patrocinador aguardando o desfecho do contraditório instaurado contra minha vontade e do auditório, por isso qualquer gesto de soladariedade, apoio moral, amoral, imoral, pode ser enviado em reau através da conta do mico no bradescão.

ps: só não aceito doação cuja origem seja de recursos não contabilizados; digo, não aceito na conta corrente, podem mandar por mala mesmo.

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