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9.12.06

Debêntures BNDESpar

Como tenho sido bastante questionado sobre a pertinência ou não de investir nestes papéis, tomei a liberdade de trazer para cá o texto redigido pelo amigo Bancotario em seu site www.elucubracoesgrafistas.blogspot.com que descreve com fidelidade os aspectos principais desta alternativa de aplicação:

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Trata-se de uma dívida de longo prazo da BNDESpar. Os credores, pulverizados, serão pequenos e médios investidores. Eles receberão juros anuais e poderão revender os papéis se desejarem - resgatar antes do vencimento.

Há três componentes para calcularmos o rendimento: correção pela inflação medida pelo IPCA; pagamento de juros anuais fixos de 6% e o desconto a ser obtido na aquisição da debênture.

Se cada uma das debêntures for vendida com um desconto (por exemplo) de 10%, você poderá adquiri-la pelo valor nominal de R$ 1.000,00 pagando R$900,00 cada, o que representa a uma remuneração real, ou seja, acima do IPCA, de aproximadamente 8,5% ao ano.

Com isso, o BNDESpar anseia captar recursos e estimular o desenvolvimento do mercado de dívida privada. Nos países mais desenvolvidos, é muito comum poupadores comprarem papéis de grandes empresas que costumam pagar bem mais do que o Tesouro Nacional. No Brasil, esse mercado ainda é muito pequeno e estamos dando os primeiros passos.Você nessa aquisição, poderá estipular o preço máximo que aceita pagar. Seu pedido de reserva só será aceito caso o preço final do leilão for igual ou menor ao preço determinado por você.

O vencimento final será em 15 de janeiro de 2012, porém você poderá negociá-la antecipadamente pelo preço do dia. Mas respondendo a pergunta se vale a pena...

Uma decisão muito pessoal, que serve como alternativa para diversificação de "risco". Vejo como uma boa proposta para o LONGO PRAZO... poderia até encará-la como uma "Previdência". Penso que um bom nível de "desconto" tem que ser no mínimo de 10%, caso contrário, o próprio Tesouro Direto, hoje, nos oferece melhor remuneração.

O imposto de renda incidente é a tradicional escala cronológica para Renda Fixa, e tem que se atentar para a taxa de administração que os grandes Bancos estão querendo morder...

Ambas aplicações - Títulos do Governo e Debêntures - são garantidas, porém os papéis governamentais ainda estão com um prêmio melhor e portanto um maior lucro para o investidor. Sempre lembrando que não vejo a Debênture como um ativo especulativo para o curto prazo.

Bancotario

2 comentários:

Anônimo disse...

Guardei esta matéria do jornal Valor que considero bem explicativa e pode ajudar a esclarecer quem ainda tem alguma dúvida:

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Os interessados em investir nas debêntures da BNDESPar, empresa de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), conseguiram algumas vantagens adicionais. Além da isenção da taxa de corretagem na compra dos papéis em muitas corretoras - só haverá cobrança quando o investidor vender o papel -, quem comprar a debênture pagará menos para guardá-la na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).

Outra boa notícia para os investidores é que o Bradesco e o Banco do Brasil oferecerão diariamente preços de compra e venda para as debêntures, permitindo ao investidor se desfazer do papel antes do vencimento. Eles farão o papel de formadores de mercado para os títulos.

O acordo dá uma vantagem às debêntures do BNDES em relação aos papéis do Tesouro Direto, sistema de negociação de títulos federais via internet para o varejo. No Tesouro Direto, há normalmente cobrança de corretagem anual, que pode chegar a 4% em algumas corretoras, e também há taxa de custódia, de 0,40% ao ano.


Esta é a maior operação de venda de debêntures para a pessoa física realizada até agora. O vencimento do papel acontece em 15 de janeiro de 2012. O prazo de reserva vai até o dia 12 de dezembro. Os investidores de varejo poderão aplicar entre R$ 1 mil e R$ 500 mil. Serão oferecidas 500 mil debêntures simples, numa operação de R$ 500 milhões. Desse total, 30%, ou R$ 150 milhões, vão para investidores de varejo.


Além das taxas, porém, o investidor terá de ficar atento à rentabilidade que o papel pagará e que dependerá do preço que a debênture vai alcançar no leilão. Se houver um desconto alto, o investidor ganhará mais. Isso porque ele receberá 6% ao ano de juros mais o IPCA sobre R$ 100,00. Se houver um desconto de 10%, por exemplo, o retorno será maior pois o investidor terá comprado o papel por R$ 90,00. O deságio é necessário para que a debênture pague uma taxa próxima à que o investidor conseguiria no Tesouro Direto ao comprar uma NTN-B, que segue o mesmo indicador e pagava ontem 8,5% ao ano mais IPCA.


Vale lembrar que o investidor pessoa física não participará do processo de formação de preço das debêntures. O desconto que o papel será calculado com base na intenção de compra dos investidores institucionais - fundos de pensão, seguradoras e fundos de investimento. Isso quer dizer que os valores indicados nos pedidos de reserva no varejo não serão computados para a fixação do preço. O que se espera, no entanto, é que os institucionais puxem esse deságio para cima para terem um papel com retorno interessante.


O desconto tem de ser maior que 10% para a debênture valer a pena frente ao papel do Tesouro Direto, diz José Pio Martins, economista e autor do livro "Educação financeira ao alcance de todos". Ele lembra ainda a questão da liquidez das debêntures, muito menor que a dos títulos do Tesouro Direto, que são recomprados semanalmente. Mas, na opinião do economista, os papéis se mostram uma opção interessante de investimento já que protegem o patrimônio contra a inflação e dão a chance de a pessoa física investir no BNDES. "É uma oportunidade de o investidor obter uma boa rentabilidade até 2012 e, houver algum problema inflacionário, o patrimônio estará protegido", diz.


Em termos de risco de crédito, não há praticamente diferença entre os papéis do governo e do BNDES, avalia o administrador de investimentos Fabio Colombo. O executivo chama a atenção, no entanto, para o fato de que o Bradesco e o Banco do Brasil oferecerão diariamente preços de compra e venda. Na visão dele, o investidor interessado em comprar o papel não deve aplicar mais do que 10% dos recursos aplicados em juros.

Conforme a procura dos investidores pelas debêntures, a oferta total poderá ser aumentada em até 20%, ou R$ 100 milhões. Caso a demanda no varejo supere a oferta, cada aplicador terá garantidas até 15 debêntures. Acima disso, o rateio será proporcional. A emissão é de debêntures simples, ou seja, no vencimento o papel será resgatado, e não convertido em ações.

É sempre bom lembrar que, apesar de o BNDES ser uma empresa pública, o governo federal não tem obrigação de honrar os compromissos do banco, que está sujeito a eventuais problemas de liquidez, como alerta o edital. Apesar de analistas acharem baixa a chance de o governo permitir um calote numa operação desse tipo.

Fonte: Valor Online

Seagull disse...

Amanhã - dia 12/12 - é o último dia para decidir, e na sexta-feira será divulgado o valor do desconto.

Para que o IR cobrado seja de 15%, conforme a tabela regressiva, a primeira parcela dos juros será paga apenas em 2009, após 2 anos de aplicação - o que reforça a recomendação de ser um investimento para LP.