Com essa história de lançamento do Pop, estava buscando na minha memória alguns capítulos de meus estudos com opções: as posições sintéticas.
A put sintética (aluguel e venda do papel + compra de call) é uma operação que eu já montei, mas devido aos seus custos (aluguel, corretagem, etc) depende de uma queda mais forte, como a de maio do ano passado, por exemplo. Talvez por isso seja uma estratégia desconhecida por muitos, dado que estamos há anos em um mercado de alta. O resultado é semelhante ao de uma put original. Seu prejuízo é limitado (seria o “valor sintético” de sua put) e o lucro ilimitado, crescendo de acordo com a queda do papel.
De qualquer forma, a put sintética é um quebra-galho. Se tivéssemos puts eu não veria porque montar posições sintéticas.
E o que isso tem a ver com o POP?
Bom, o POP é formado por um tripé, nas seguintes proporções: compra do papel (1000), compra de put (1000), venda de call (200). Eu ainda não entendi o papel dessas calls, mas excluindo elas, teríamos justamente uma call sintética!
Se a put sintética, cujos instrumentos (call e papel à vista) estão disponíveis no mercado não é muito conhecida, é claro que call sintética, que depende de puts, é totalmente ignorada por aqui. Mas ela está nos livros, se é que minha memória não está me pregando peças...
Então eu pergunto: qual a vantagem de se operar uma call sintética ao invés de uma call original? O volume disponibilizado para o investimento é bem maior. Logo, as corretagens serão maiores (sobre 47, 48 mil reais). Além disso, precisa-se de opções que não têm liquidez alguma (puts).
Vamos esperar o valor do lançamento, na sexta e refazer as contas...
3 comentários:
Mico, cadê você?
Muito boa colocação, "iggy" pOp.
Existem sim semelhanças teóricas, mas na prática (que não sabemos se o produto vai realmente vingar) a idéia é oferecer uma "pacote" de operações que retrinja a perda e pague um "pedágio" pelo lucro. E não apenas uma estratégia direcional que, neste caso, como vc bem escreveu, haveria outras possibilidades mais lucrativas e menos onerosas.
Como temos observado, fica difícil avaliar a aceitação do mercado para uma compra de papel casada com opções para vencimento em um ano!?!
Quem seria o lançador do POP? E o quanto ele estaria recebendo por isso efetivamente. Seu retorno será o valor do "seguro" ou o ágio (a gordura) que o comprador estaria pagando...
É complicado avaliarmos uma coisa que ainda não existe, vem sendo questionada pela órgão regulamentador (CVM) e não temos a menor idéia se terá liquidez.
Vou aguardar os desdobramentos desta proposta - muito interessante, sem dúvida - mas prefiro, enquanto isso, não perder muito tempo matutando, e continuar no feijão-com-arroz até que tudo se esclareça.
No fundo (ou no topo?) isto tudo me leva a pensar no porquê de estarem criando alternativas para proteger o investidor de uma suposta queda.
Afinal, já são 4 anos de bonança... será que eles sabem de algo que ainda não atinamos? ;-)
Abs ^v^
A intenção parece boa, mas sinceramente não entendo porque tentar dar vida às puts justamente às custas do investidor inexperiente, que deveria ser protegido...
Sei lá: por que não fazer compra à vista + venda à termo + call (um pó qualquer).
A operação teria prazo limitado - poderiam ser os mesmos 6 meses, quando venceria o termo e a opção de compra.
A taxa do termo pagaria pela opção. Se o papel subisse bastante, o investidor teria lucro, caso contrário, sairia no 0x0...
Só não gosto desta história de chamar ele pra bolsa com uma operação bem complexa, pra depois de 6 meses deixá-lo por conta própria...
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