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9.1.08

Finalmente saiu: Telemar compra a Brasil Telecom

Há duas semanas o negócio estava por um fio para ser fechado. Os fundos de pensão e o Citibank (controladores da BrT) pediam 16 bilhões de reais pela operadora, o que significa 5,2 bilhões de reais pela participação deles. A oferta da Telemar era de 15 bilhões - ou 4,5 bilhões de reais pela parte dos fundos/Citi. O acordo final acabou saindo por 4,8 bilhões. Ou seja, a metade do caminho entre as duas propostas.

O acerto foi feito. Agora, é necessário que a Anatel altere a lei que regulamenta as telecomunicações para que a transação seja concluída - e isso acontecerá ainda este mês. Pela legislação em vigor, a compra não é permitida. Mas a ordem para a alteração na lei já foi transmitida pelo Palácio do Planalto que, no último trimestre do ano passado, deu o sinal verde para que o negócio fosse tocado. A idéia é que seja criada uma grande empresa de telefonia de capital nacional para competir com os espanhóis (Telefonica e Vivo) e mexicanos (Claro e Embratel).

Depois de dois meses de negociações, o grupo Telemar/Oi fechou na segunda-feira à noite a compra da Brasil Telecom. A nova super operadora terá dois controladores: Andrade Gutierrez, do empresário Sérgio Andrade, e La Fonte, de Carlos Jereissati. O BNDES vai financiar parte do negócio. A GP, uma das atuais controladoras da Telemar, sai da empresa. E o Citi deixa a BrT.

Com informações da Veja Online

2 comentários:

Seagull disse...

Oi e BrT admitem negociação, mas negam acordo fechado

| 10/01/2008

Aposta em fusão faz ações da Oi (ex-Telemar) dispararem de novo na Bovespa


A Brasil Telecom e a Oi (ex-Telemar) divulgaram novos fatos relevantes em que negam que já tenham assinado um acordo que levaria à fusão das duas operadoras. Segundo reportagens publicadas desde ontem em diversos órgãos de imprensa, a Oi propôs pagar 4,8 bilhões de reais pelo controle da Brasil Telecom, que já aceitou a oferta. O acordo também levaria à saída da fundo de private equity GP do bloco de controle da Oi e implicaria ainda na venda da parte do Citigroup na Brasil Telecom. O acordo seria oficializado assim que o governo federal alterar a lei que regula o setor e impede o negócio. Não haveria, entretanto, resistências dentro do governo para bloquear a fusão.

Questionada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Oi divulgou hoje nota para informar que realiza estudos para a reestruturação acionária e que analisa a compra de empresas de telecomunicação. Especificamente em relação à Brasil Telecom, a Oi diz que manteve conversas com seus controladores "que se intensificaram nas últimas horas, não tendo sido firmado documento de qualquer natureza até o momento". Além disso, a Oi disse que os valores discutidos até o momento são "meramente indicativos". Já a nota da Brasil Telecom afirmou que não firmou nenhum entendimento, "mesmo que preliminar, sobre fusão ou compra ou venda com a Oi/Telemar ou com qualquer outra empresa ou veículo de investimento".

Anônimo disse...

Fusão (Miriam Leitão)

Oi e Brasil Telecom controlariam 70% da telefonia fixa

Se a fusão entre a Oi e a Brasil Telecom for mesmo concretizada, a nova empresa terá o controle de cerca de 70% do mercado de telefonia fixa, avaliou o ex-ministro das Comunicações Juarez Quadros, para quem o negócio não deve ser permitido. O argumento de Juarez é que a nova empresa fere o atual Plano Geral de Outorgas (PGO), criado justamente para que um mesmo grupo não tenha predominância no setor. Mas o atual ocupante da pasta, Hélio Costa, já afirmou que o governo não vai se opor e que pode alterar o PGO.

Sobre a análise de que a telefonia fixa já não tem a mesma importância no setor de telecomunicações, o ex-ministro argumentou que isso pode acontecer nas contas de clientes residenciais, que perderam força para a telefonia celular, mas que as contas do setor corporativo ainda são altamente disputadas. Ele disse ainda que o único argumento utilizado pelo governo para justificar a fusão (ter um grupo nacional forte no setor) não faz sentido, pois nada impede que a empresa seja vendida depois para um grupo estrangeiro.

- Não vejo vantagem alguma na fusão, nem para o mercado e nem para os consumidores. A Anatel terá dificuldades para atuar contra um grupo tão forte.