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21.9.07

Telemar consegue financiamento e confirma OPA a R$ 45 por ação; leilão será no dia 11 de outubro


A Telemar Participações (TmarPart) anunciou que obteve o financiamento necessário para elevar o valor da Oferta Pública de Aquisição (OPA) para ações preferenciais da Tele Norte Leste Participações (TNLP) de R$ 35,09 para R$ 45.

De acordo com comunicado enviado pela companhia, o valor total do financiamento contratado pela TmarPart é de até R$ 12,7 bilhões.

A fim de cumprir as determinações da Securities and Exchange Commission (SEC, órgão regulador do mercado norte-americano), que prevê que qualquer alteração relevante nas condições de oferta pública deve ser divulgada com, no mínimo, dez dias úteis de antecedência, o leilão Tele Norte Leste, anteriormente marcado para o dia 25 de setembro, fica definitivamente marcado para o dia 11 de outubro de 2007, às 13h15.

O prazo para registro das ações preferenciais da Tele Norte Leste fica confirmado para as 12 horas do dia 11 do próximo mês. O prazo de habilitação para o leilão fica confirmado para as 18 horas do dia 10 de outubro. A TmarPart declarou também que o valor de R$ 45 não será alterado.

A TmarPart anunciou em abril a intenção de fazer uma oferta pelas ações preferenciais das companhias negociadas em bolsa: a Telemar Norte Leste (Tmar) e a holding que está imediatamente acima desta, a Tele Norte Leste.

Em julho, foi realizado o leilão dos papéis da Tmar, mas os controladores amargaram a baixa adesão dos minoritários. A companhia pretendia adquirir até 39,2 milhões de ações, mas levou apenas 10,1 milhões.

Por volta das 11h15, as PN da Telemar eram negociadas a R$ 40,50, com acréscimo de 3,42%.

(Valor Online)

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi vence leilão e entra na telefonia celular de São Paulo

LORENNA RODRIGUES - da Folha Online, em Brasília

O grupo Oi, ex-Telemar, venceu leilão nesta terça-feira e ganhou o direito de operar em São Paulo, principal mercado da Vivo, empresa líder do setor de telefonia celular no país. Com o resultado, o Estado passará a ter cinco empresas prestadoras de serviço. Além de Oi e Vivo, há ainda TIM, Claro e Unicel --esta última arrematou a licença para a área metropolitana de São Paulo em fevereiro, por R$ 93,8 milhões, mas ainda não iniciou suas operações.

A Vivo, por sua vez, venceu dois leilões importantes. O primeiro permitirá à empresa aumentar a cobertura a partir da tecnologia CDMA, área que recebeu mais investimentos da Vivo até hoje, e o segundo colocará a Vivo em seis Estados do Nordeste (leia mais abaixo). Ao todo, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) licita nesta terça-feira 150 lotes de freqüência distribuídos por todo o país.

A Oi pagou R$ 80,55 milhões por uma freqüência para operação da chamada segunda geração de telefonia --é a utilizada atualmente pelas operadoras do setor-- em todo o Estado de São Paulo, incluindo a capital. Além deste, a Oi também adquiriu uma freqüência específica para a região de Franca (interior paulista), por R$ 1,55 milhão.

Quarta maior empresa de telefonia celular do país, a Oi detém cerca de 13% do mercado, segundo último balanço da Anatel, ficando atrás da Vivo (28,35%), TIM (25,78%) e Claro (24,67%). Telemig Celular e Brasil Telecom ocupam, respectivamente, o quinto e sexto lugar do mercado com 4,48% e 3,54% de participação.

Mais cedo, a Oi já havia vencido uma leilão de freqüências de celular para o interior de São Paulo, mas a agência suspendeu o resultado a pedido da Unicel, que também participava da disputa amparada por uma liminar.

Durante o leilão, a Anatel conseguiu derrubar a liminar na Justiça federal e desabilitou a Unicel. A empresa, porém, recorreu da decisão. A Oi pagaria R$ 42,39 milhões pelas freqüências, que excluíam a região de Franca (operada pela CTBC).

Vivo

A Vivo, por sua vez, arrematou no início da tarde oito lotes de freqüência para operar em mais cidades do interior e na capital de São Paulo, além de freqüências para os Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.

Esses lotes são estratégicos para a Vivo porque permitirão à empresa aumentar a oferta com a tecnologia CDMA, a principal da operadora hoje --a Vivo é a única que ainda usa CDMA no Brasil. A companhia entrou no mercado de GSM, tecnologia alternativa usada pelas demais companhias, apenas neste ano.

Em um segundo leilão, a Vivo arrematou por R$ 13,11 milhões freqüências para operar em seis Estados do Nordeste (Alagoas, Ceará, Paraíba, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Norte). Com isso, a empresa passa a ter cobertura nacional --a TIM já atuava em todo o país.

A tecnologia GSM (Global System for Mobile Communications, ou Sistema Global para Comunicações Móveis) é o padrão mais utilizado em telefones celulares no mundo --permite equipamentos a custos menores devido à grande escala internacional.

O padrão americano CDMA, menos usado, é o principal concorrente da GSM. Segundo a Vivo pelo padrão CDMA a empresa hoje cobre 2.295 municípios.