Independente do resultado da consulta, que será realizada nesta primeira semana de setembro, a Vale do Rio Doce cresceu e expandiu-se desde seu leilão em 1997. Se o negócio saiu por U$ 3,3 bi - pelo equivalente a 34% de suas ações - hoje ela tem um valor de mercado estimado em U$ 120 bilhões.
Que grande aquisição fez o "Consórcio Brasil", liderado pela CSN. E mesmo com a redistribuição do seu capital, o free float da companhia continua na casa dos 62%. Dificilmente o mercado sairá perdendo, seja lá o que der.
Mas chama a atenção o enfoque da pergunta que virá nas cédulas de votação:
"Em 1997, a Companhia Vale do Rio Doce - patrimônio construído pelo povo brasileiro - foi fraudulentamente privatizada, ação que o Governo e o Poder Judiciário podem anular. A Vale deve continuar nas mãos do capital privado?".
O que você responderia diante a forma como a coisa está sendo colocada?
E a eficiência conquistada, os investimentos realizados, a maior rentabilidade da empresa, a compra da mineradora canadense de níquel INCO... tudo voltaria a ser mais um cabide de empregos, com os cargos loteados politicamente? E como seria feita a indenização aos vencedores do leilão?
Anular o leilão, simplesmente, não seria o mais complicado. Mas não podemos desconsiderar que, 10 anos depois, os números agora são outros... ^v^
Que grande aquisição fez o "Consórcio Brasil", liderado pela CSN. E mesmo com a redistribuição do seu capital, o free float da companhia continua na casa dos 62%. Dificilmente o mercado sairá perdendo, seja lá o que der.
Mas chama a atenção o enfoque da pergunta que virá nas cédulas de votação:
"Em 1997, a Companhia Vale do Rio Doce - patrimônio construído pelo povo brasileiro - foi fraudulentamente privatizada, ação que o Governo e o Poder Judiciário podem anular. A Vale deve continuar nas mãos do capital privado?".
O que você responderia diante a forma como a coisa está sendo colocada?
E a eficiência conquistada, os investimentos realizados, a maior rentabilidade da empresa, a compra da mineradora canadense de níquel INCO... tudo voltaria a ser mais um cabide de empregos, com os cargos loteados politicamente? E como seria feita a indenização aos vencedores do leilão?
Anular o leilão, simplesmente, não seria o mais complicado. Mas não podemos desconsiderar que, 10 anos depois, os números agora são outros... ^v^
12 comentários:
Se o leilao foi bom para a empresa, para quem a entregou, e também para os compradores, quem saiu perdendo?
O povo brasileiro e a soberania nacional? Só pode ser.
isto não pode ser sério!!!
Soberania nacional?? Haha!!
Como dizia Roberto Campos: O único erro da privatização da Vale foi não ter feito antes!!
Se a Vale ainda fosse estatal, com certeza estaria junto nos escândalos, como os Correios, BB e Petrobrás!!
Plebiscito onde?? Só se for na sede do PSTU!
A esquerda sempre precisa de um inimigo pra combater!!
Parece piada, não é?
^v^
O Partidão precisa das estatais para manter um fluxo de caixa constante!!
Correios, BB, Eletrobrás, Petrobrás... Mensalões, sacolas, malas e cuecas cheias de dinheiro!!
Educação e saúde nda!! E dá-lhe bolsa família para ganhar voto na próxima eleição...
Mas tudo pelo grande e belo ideal socialista!!
Nem vou entrar na discussão empresa estatal x empresa privada, ela é mais complexa que as generalizações da mídia. Concordo que falar em reestatização é piada - de muito mal gosto, diga-se - não pelo fato de ela voltar às mãos do Estado, mas porque o negócio foi feito, agora "Inês é morta"...
Por outro lado, a sociedade deveria sim exigir uma ampla investigação sobre a venda da CVRD. Mesmo que fique provado que não houve má fé, uma meia dúzia de pessoas deveria ir para trás das grades no mínimo por jogar fora bilhões em dinheiro público.
Só para terminar: há que se levar em conta que essa valorização da Vale não é só resultado da privatização. Nesse meio tempo, o mundo cresceu a um ritmo vertiginoso e as commodities viveram um enorme boom, puxando todo o setor para cima...
E só pra ser do contra, não dá pra deixar de imaginar uma mega-estatal do aço:
Imaginem a Vale, a CSN, a Usiminas, bem geridas, formando um dos maiores grupos do mundo...
Bem geridas, sim. Por quem?
De fato o período de prosperidade teria o mesmo efeito para qualquer um.
Acontece que quando um conglomerado deste porte apresenta resultados muito consistentes, sem o controle de um dono, os "ralos" que se formam permitem desperdícios (e roubos) que não aparecem claramente devido à grandeza dos números apresentados.
E por mais que façam auditorias, interferências políticas podem vir a pressionar os envolvidos e colocar em dúvida a imparcialidade do que venha a ser apurado.
Ainda custo a crer que isto está realmente acontecendo... mas parece que o plebiscito vai sair mesmo! ^v^
A vale ainda é pública!! Quantos milhões de trabalhadores investiram seu FGTS nela? Quantos estão colhendo os louros de uma boa administração somada a um ambiente favorável??
Peter Drucker já disse a 30 anos atrás: os EUA se tornaram a maior democracia socialista do planeta, pois os fundos de pensões dos trabalhadores são donos das maiores empresas!
Esse plebiscito daria mais um capítulo do livro "Manual do Perfeito Idiota Latino-americano", do peruano Vargas Llosa!
Mas fazer o quê?? Nossos comunistas não gostam de frequentar bancos escolares...
Prezado Anônimo,
vc demonstra ter bastante conhecimentos e um alto nível cultural (fica claro pelas citações literárias). Havendo interesse em integrar o time, pode deixar seu endereço aqui ou mandar um email para marelvas_arroba hotmail que eu te envio um convite para participar.
A mim não importa se concordamos ou pensamos de forma diferente, eu valorizo o enriquecimento do debate e a defesa de idéias, embora em questões políticas seja muito difícil um consenso entre quem assume posições opostas. Por isso, eu evito explorar este lado. Mas faz parte do contexto, sem dúvida, estas implicações.
Fique a vontade para participar, seja sempre bem-vindo, como um membro da equipe ou mesmo anonimamente!
Abs ^v^
Da Folha
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia que o PT decidiu apoiar o plebiscito para anulação da privatização da Companhia Vale do Rio Doce a fim de “fazer média” com os movimentos sociais, segundo expressão dele próprio em conversa reservada. Lula acha ainda que, se o governo desse gás à iniciativa, haveria forte impacto negativo na economia, desorganizando contratos e afugentando investimentos privados. Por isso, ele é contra.
Na opinião do presidente, o PT pretendeu agradar à Igreja Católica e ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ao dar apoio institucional a um plebiscito para anular a venda da Vale, ocorrida em 1997. A decisão do PT foi tomada no 3º Congresso do partido, no final de semana. A igreja e o MST são as entidades que comandam a campanha.
De acordo com ministros próximos a Lula, acuado politicamente pela decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de aceitar a denúncia do mensalão contra 40 acusados, o PT deu guarida ao plebiscito para reconquistar uma marca de esquerda perante a opinião pública de um modo geral e os militantes em particular. Ou seja, uma tentativa de guinada à esquerda, reaproximando-se dos movimentos sociais, para fazer contraponto à perda do pilar ético após o mensalão.
A Folha apurou que Lula acha que uma reestatização desorganizaria todos os contratos entre Estado e iniciativa privada, além de desestabilizar investimentos em andamento e que poderão ser feitos no futuro no Brasil. Ele considera que, depois de dedicar o primeiro mandato a ganhar credibilidade perante investidores estrangeiros, seria um erro embarcar na reestatização da Vale.
Lula disse em reunião anteontem com seus principais ministros que a campanha pela reestatização da Vale “não é assunto do governo”. Orientou os ministros a não dar corda a essa iniciativa, que chamou de “inconveniente” e “irrealista”.
Um auxiliar direto de Lula diz que “é muito boa, de muita confiança” a relação entre o presidente e diretor-presidente da Vale, Roger Agnelli. O comandante da empresa tem acesso direto a Lula e transita bem na Casa Civil da ministra Dilma Rousseff. Petistas como o senador Aloizio Mercadante (SP) apóiam lobbies da empresa no governo e no Congresso.
Quatro petistas cotados para concorrer ao Palácio do Planalto em 2010 são contrários a anular a privatização da Vale.
O governador da Bahia, Jaques Wagner, considerou “intempestivo” realizar o plebiscito. Disse que foi contra a privatização da empresa na época, mas que considera esse “processo concluso”. Afirmou que só “fatos novos” e “relevantes” poderiam alterar sua opinião.
O prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, disse que a proposta do PT “é inócua”. Afirmou que custaria muito caro o Estado recomprar a empresa e que não vê justificativa para anular o leilão.
“Uma reestatização seria uma quebra de contrato e, portanto, muito ruim para a economia do Brasil. Todos os países desenvolvidos têm, no seu núcleo duro da economia, empresas de capital nacional. A Vale é uma empresa estratégica para o país”, disse Pimentel.
Já o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, disse durante o encontro do PT que havia sido voto vencido na decisão que aprovou o apoio ao plebiscito. “Tenho uma avaliação muito crítica sobre o leilão da Vale, mas, como integrante do governo, tenho também a responsabilidade de governo. Não sei no que o plebiscito pode contribuir”, disse Patrus.
Por meio da sua assessoria, a ministra do Turismo, Marta Suplicy, disse: “Sou contra a ação [o plebiscito]. É fora de hora e de século”.
Procurada nos últimos dois dias, a assessoria da Vale disse que Agnelli, seu diretor-presidente, está fora do país e que a empresa não se manifestaria.
Um último comentário: Segundo o que escreveu o Antonio Machado, Previ (Banco do Brasil) e BNDES detém 53,3% das ações com direito a voto!
http://cidadebiz.oi.com.br/paginas/40001_41000/40667-1.html
A Vale faz parte do real socialismo Brasileiro!!
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