Quanto à crise americana, melhor dizendo, a crise mundial, como vocês bem sabem as opiniões variam, mas os prognósticos frequentemente não são dos melhores.
Fala-se agora na explosão, dentro de poucas semanas, de uma crise ainda maior do que a do mercado financeiro ligado ao setor imobiliário. Dizem os entendidos que existe uma quantia enorme de financiamentos que terão que ser "rolados" dentro de umas duas ou três semanas, se não me engano. Sucede que alguns dizem que há sérias dúvidas de que o mercado terá tanto recursos quanto disposição para assumir compromissos e investir montantes estratosféricos numa conjuntura, no mínimo, extremamente duvidosa.
Aqui nos States, continuam as demissões, aos milhares, de funcionários, sobretudo das financeiras ligadas ao mercado de hipotecas, bem como andam balançando muito várias instituições antes julgadas fortíssimas.
Um exemplo: A financeira Countrywide, gigantíssima, esteve tecnicamente insolvente. Conseguiu faz alguns dias um empréstimo do Bank of America, no valor de dois bilhões de dólares, dando como garantia ações. Ora, um empréstimo desses foi feito para salvar a companhia, pois as ações dela não valem grande coisa. Basta dizer que agora até os próprios funcionários dela (os que sobraram, pois já foi anunciada a demissão de doze mil - 20% do efetivo) entraram na justiça para defender os seus direitos. Alegam que foram enganados longo tempo pela alta direção da empresa que escondia deles a situação real de risco da empresa e que essa, ainda por cima, continuava a induzi-los a aumentar a quantidade de ações da empresa na previdência privada de cada um deles: ou seja, os patrões faziam caixa vendendo para eles papel que sabiam ser de alto risco e de valor indefinível.
Num quadro desses, o normal seria que ninguém aceitasse, nem forçado, colocar mais qualquer dinheiro nesse aparente buraco sem fundo. Pois hoje a Countrywide anunciou que conseguiu financiamentos no valor de 12 BILHÕES, isso mesmo, bilhões, para se manter solvente e continuar atuante no mercado de hipotecas que não pode parar nem se desestruturar (sabendo-se que o americano típico compra sua casa através de financiamento garantido por hipotecas de 15, e sobretudo, 30 anos. Ou seja, isso tudo dá a medida dos esforços que estão sendo feitos para segurar as pontas e não deixar a crise se agravar ainda mais. E se fala que mais alguns dias o FED irá baixar a taxa de juros.
Complementando, veja o título e abertura de notícia do jornal The Guardian, da Inglaterra, sobre ações tomadas no dia 13
· Northern Rock forced to seek emergency funding
· Savers are assured that their money is secure
The Bank of England was last night forced to hand emergency funding to one of Britain's biggest mortgage providers - Northern Rock - as it became the first major financial institution in the UK to run into serious trouble as a result of the credit crisis that has caused turmoil in world financial markets.
É crise de gente grande. Imagine como ficam os bagrinhos.
Os correntistas são tranquilizados quanto aos seus depósitos. Não sei qual é o limite na Inglaterra. Nos States qualquer depósito num banco é garantido (para simplificar digamos que pelo Governo) até o montante de cem mil dólares por depositante. A proteção atinge quaisquer depósitos em quaisquer bancos, desde que respeitado em cada um o limite.
Sobre o que virá, efetivamente, a acontecer daqui para frente, não tenho a menor idéia....
Mas é isso aí... a imaginação do povo é fértil!Fala-se agora na explosão, dentro de poucas semanas, de uma crise ainda maior do que a do mercado financeiro ligado ao setor imobiliário. Dizem os entendidos que existe uma quantia enorme de financiamentos que terão que ser "rolados" dentro de umas duas ou três semanas, se não me engano. Sucede que alguns dizem que há sérias dúvidas de que o mercado terá tanto recursos quanto disposição para assumir compromissos e investir montantes estratosféricos numa conjuntura, no mínimo, extremamente duvidosa.
Aqui nos States, continuam as demissões, aos milhares, de funcionários, sobretudo das financeiras ligadas ao mercado de hipotecas, bem como andam balançando muito várias instituições antes julgadas fortíssimas.
Um exemplo: A financeira Countrywide, gigantíssima, esteve tecnicamente insolvente. Conseguiu faz alguns dias um empréstimo do Bank of America, no valor de dois bilhões de dólares, dando como garantia ações. Ora, um empréstimo desses foi feito para salvar a companhia, pois as ações dela não valem grande coisa. Basta dizer que agora até os próprios funcionários dela (os que sobraram, pois já foi anunciada a demissão de doze mil - 20% do efetivo) entraram na justiça para defender os seus direitos. Alegam que foram enganados longo tempo pela alta direção da empresa que escondia deles a situação real de risco da empresa e que essa, ainda por cima, continuava a induzi-los a aumentar a quantidade de ações da empresa na previdência privada de cada um deles: ou seja, os patrões faziam caixa vendendo para eles papel que sabiam ser de alto risco e de valor indefinível.
Num quadro desses, o normal seria que ninguém aceitasse, nem forçado, colocar mais qualquer dinheiro nesse aparente buraco sem fundo. Pois hoje a Countrywide anunciou que conseguiu financiamentos no valor de 12 BILHÕES, isso mesmo, bilhões, para se manter solvente e continuar atuante no mercado de hipotecas que não pode parar nem se desestruturar (sabendo-se que o americano típico compra sua casa através de financiamento garantido por hipotecas de 15, e sobretudo, 30 anos. Ou seja, isso tudo dá a medida dos esforços que estão sendo feitos para segurar as pontas e não deixar a crise se agravar ainda mais. E se fala que mais alguns dias o FED irá baixar a taxa de juros.
Complementando, veja o título e abertura de notícia do jornal The Guardian, da Inglaterra, sobre ações tomadas no dia 13
Bank of England in dramatic intervention
· Northern Rock forced to seek emergency funding
· Savers are assured that their money is secure
The Bank of England was last night forced to hand emergency funding to one of Britain's biggest mortgage providers - Northern Rock - as it became the first major financial institution in the UK to run into serious trouble as a result of the credit crisis that has caused turmoil in world financial markets.
É crise de gente grande. Imagine como ficam os bagrinhos.
Os correntistas são tranquilizados quanto aos seus depósitos. Não sei qual é o limite na Inglaterra. Nos States qualquer depósito num banco é garantido (para simplificar digamos que pelo Governo) até o montante de cem mil dólares por depositante. A proteção atinge quaisquer depósitos em quaisquer bancos, desde que respeitado em cada um o limite.
Sobre o que virá, efetivamente, a acontecer daqui para frente, não tenho a menor idéia....
Um abraço
Um comentário:
Obrigado pelas notícias e leituras!
A esta altura temos mesmo que ficar de olho no que acontece em todas as principais praças do mercado. Tem muita coisa além da Matriz, embora tudo esteja vindo em consequência desta origem.
Abs ^v^
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